Guerra da Sucessão de Landshut
A Guerra da Sucessão de Landshut resultou de um acordo entre os ducados da Baviera-Munique (em alemão: Bayern-München) e da Baviera-Landshut (Bayern-Landshut), sobre a sucessão nos respetivos territórios. Estes dois ducados, que eram governados por ramos diferentes da Casa de Wittelsbach, tinham acordado que, em caso de extinção da linha masculina num dos ducados, o outro herdaria ambos os territórios.
Guerra de Sucessão de Landshut | |||
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O imperador Maximiliano chefiando as sua tropas na batalha de Wenzenbach (1504) | |||
Data | 1503 – 1505 | ||
Local | Baviera, Alto Palatinado e Palatinado Renano | ||
Desfecho |
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Este acordo desrespeitava a Lei Imperial, que estipulava que o Sacro Imperador Romano-Germânico deveria herdar um estado do Império caso a linha sucessória masculina se extinguisse.
Ora Jorge, duque da Baviera-Landshut e a sua mulher Edviges Jagelão não tiveram filhos varões, pelo que o Duque nomeou a sua filha Isabel da Baviera-Landshut como sua herdeira.
A guerra
editarLogo que o duque Jorge morreu, em 1503, e alegando a existência do acordo, o duque Alberto IV da Baviera-Munique contestou a sucessão de Isabel, originando o início da guerra. No decurso dos dois anos de conflito, muitas aldeias à volta de Landshut foram reduzidas a cinzas, caso de Ergolding.
En 1504, o conde palatino do Reno Filipe I, cujo filho mais novo (Ruperto) casara com Isabel da Baviera-Landshut, entra na guerra ao lado do filho e da nora e a guerra estende-se, então, ao Alto-Palatinado.
A superioridade numérica de Alberto IV era notória, e com a morte de Isabel e do seu marido Ruperto, Conde Palatino do Reno, a guerra terminou em 1505.
O imperador acaba por dar razão a Alberto e a Baviera-Landshut é desmembrada. Alberto IV irá reinar sobre a Baviera, unificada pela primeira vez desde os tempos de Luís IV. Uma decisão final por arbitragem é atribuída ao imperador Maximiliano I, sobrinho do duque Alberto IV.
Fim do conflito
editarAssim, a 30 de julho de 1505, na Dieta Imperial de Colónia foi decidido a repartição de territórios:
- os dois filhos de Isabel (netos de Jorge da Baviera-Landshut), Otão Henrique e Filipe, retinham os territórios a norte do Danúbio, que passavam a constituir um novo estado, chamado Palatinado-Neuburgo (Junge Pfalz),[1] numa região fragmentada que ía do Alto-Danúbio, passando pela Francónia e até à zona norte do Alto Palatinado. Neuburgo do Danúbio foi escolhida como capital do novo estado. Dado que os dois herdeiros eram menores, o seu tio, Frederico II, Conde Palatino do Reno, exerceria a regência;
- o restante território da Baviera-Landshut seria integrado na Baviera-Munique.
- o imperador ficaria com os territórios à volta de Kufstein para si próprio como recompensa pela sua mediação;
- a cidade imperial de Nuremberga ganhou também importantes territórios a leste da cidade, incluindo Lauf, Hersbruck, e Altdorf.
O pós-guerra
editarComo Conde Palatino, Otão-Henrique gastou grandes somas de dinheiro na construção de um palácio na sua nova capital, Neuburgo do Danúbio. Por herança, ele também veio a tornar-se, mais tarde, Eleitor Palatino (no Reno). Aí, empreendeu também importantes construções, nomeadamente no Castelo de Heidelberga (Ottheinrichsbau) fazendo dele um dos mais importante patronos da arquitetura Renascentista alemã.
Notas
editar- ↑ Esta designação referia-se ao ramo Palatino da Casa de Wittelsbach que, desde então, se dividiu em dois ramos: Alte-Pfalz (linha senior) que governava o Palatinado do Reno; e Junge Pfalz (linha junior) que governava no Palatinado-Neuburgo
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «War of the Succession of Landshut».
Bibliografia
editar- (em alemão) Orlop, Nikolaus - Alle Herrscher Bayerns, segunda edição, LangenMüller in der F. A. Herbig Verlagsbuchhandlung GmbH, Munique, 2006, ISBN 3-7844-3075-9, p. 346–349
- (em alemão) Orlop, Nikolaus - Von Garibald bis Ludwig III. - Verlag Heinrich Hugeldubel, Munique, 1979. ISBN 3-88034-032-3