Guilherme Ivens Ferraz

Guilherme Ivens Ferraz GCCComAGOAGCAGOIC (Ponta Delgada, 14 de Setembro de 18651956) foi um militar português, vice-almirante da Armada Portuguesa.

Guilherme Ivens Ferraz
Guilherme Ivens Ferraz
Guilherme Ivens Ferraz.
Nascimento 14 de setembro de 1865
Ponta Delgada
Morte 26 de dezembro de 1956
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Distinções
  • Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo
  • Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis
  • Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis
  • Comendador da Ordem Militar de Avis
  • Grande-Oficial da Ordem do Império

Filho do engenheiro Ricardo Júlio Ferraz, natural da Ilha da Madeira, e de Catherine Prescott Hickling Ivens natural de Ponta Delgada, de nacionalidade britânica. Frequentou o Colégio Militar entre 1878 e 1883.[1] Casou-se em Lisboa em 1901 com Laura de Sacadura Freire Corte Real Mendes de Almeida e deixou numerosa descendência.

Entre os muitos e importantes cargos que ocupou, destacam-se: governador da Companhia de Pesca das Pérolas do Bazaruto em Moçambique em 1892; herói das campanhas de África de 1891 a 1895; comandante da Esquadrilha de Lourenço Marques e ainda os seguintes navios "Sabre", "Auxiliar", "Bérrio", "Tejo", "Bengo" etc.; secretário do Conselheiro Régio António Enes em Moçambique entre 1894 e 1895; capitão do Porto de Lourenço Marques de 1895 a 1899; presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques a convite de Mouzinho de Albuquerque; nomeado oficial às ordens de El-Rei o Senhor D. Carlos I de Portugal; nomeado comissário do Governo Português na delimitação de fronteiras anglo-portuguesas na África Central; presidente da Comissão de Transportes de Tropas para França na 1.ª Grande Guerra; Comandante Chefe das Forças Navais no Oriente, onde comandava o navio Almirante o Cruzador "República"; membro do Conselho de Almirantes reunidos em Xangai; deputado às Cortes; presidente da Liga Naval; promovido a contra-almirante por distinção; chefe do Estado Maior Naval; comandante das Forças Navais do Tejo; superintendente dos serviços da Armada; 12.º presidente da Cruz Vermelha Portuguesa de 1942 a 1948. Passou à reserva em 1931.

A 11 de Março de 1919 foi feito Comendador da Ordem Militar de Avis, tendo sido elevado a Grande-Oficial da mesma Ordem a 19 de Outubro de 1920 e a Grã-Cruz a 5 de Outubro de 1928. A 29 de Maio de 1930 foi feito Comendador da Ordem Nacional da Legião de Honra de França, a 3 de Agosto de 1932 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Império Colonial e a 1 de Novembro de 1948 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.[2]

Referências

  1. Meninos da Luz – Quem é Quem II. Lisboa: Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. 2008. ISBN 989-8024-00-3 
  2. «Ordens Honoríficas Portuguesas». Presidência da República Portuguesa. Ordens.presidencia.pt