Guilherme VII de Monferrato
Guilherme VII de Monferrato (em italiano: Guglielmo VII del Monferrato, também chamado de "Guilherme VII, o Grande", Trino, 1240 – Alessandria, 6 de fevereiro de 1292) foi marquês de Monferrato de 1253 até sua morte. Foi ainda "rei titular" de Tessalónica, de 1253 até 1284. O Reino de Tessalónica havia caído em 1224, de forma que o título era apenas nominal.
Guilherme VII de Monferrato | |
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Marquês de Monferrato | |
1253 - 1292 | |
Nascimento | 1240 |
Trino | |
Morte | 6 de fevereiro de 1292 |
Alessandria | |
Nome completo | |
Guglielmo VII del Monferrato | |
Isabela de Clare Beatriz de Castela | |
Descendência | Irene de Monferrato |
Como rei de Tessalônica, seguiu-se-lhe Hugo IV, Duque da Borgonha, de 1266 até 1271.
Guilherme era o pai da imperatriz-consorte bizantina Irene de Monferrato, casada com Andrônico II Paleólogo.
Biografia
editarJuventude
editarGuilherme nasceu em Trino. Era o filho mais velho de Bonifácio II de Monferrato e Margarida de Saboia. Foi indicado como herdeiro de seu pai num testamento de 1253, o ano da morte de seu pai e de sua sucessão. Permaneceu sob regência de sua mãe até 1257. Depois de atingida sua maioridade, casou-se com Isabel, filha de Ricardo de Clare, 6.º Conde de Gloucester, em 1258. A mãe de Guilherme era prima em primeiro grau de Leonor da Provença, rainha-consorte da Inglaterra, e foi através de sua influência que o casamento foi arranjado.[1]
Política piemontesa
editarEm seus primeiros anos, Guilherme procurou exercer seu poder no sul do Piemonte, como muitos de seus antecessores tinham tentado, combatendo a independência das comunas de Alessandria e Asti. Guilherme teve aliança e apoio do rei da França e da Igreja Católica. Porém sua proximidade com o imperador do Sacro Império Romano-Germânico deixou-o em dificuldades com os gibelinos. Sua política guelfa anti-imperial e pró-França, deixo-o com problemas com relação à autoridade imperial e vizinhos imperialistas.
Sua participação na política guelfa e a planejada invasão da Lombardia com Carlos I de Nápoles causaram uma guerra com Oberto Pelavicino, o comandante gibelino chefe da região, em 1264. Guilherme resistiu com determinação e eficácia, ocupando as fortalezas de Acqui terme, Tortona e Novi Ligure e confirmando sua posse de Nizza Monferrato. Em 1265, chegaram reforços franceses. Menos de oito anos após sua ascensão, Guilherme tinha estendido seu poder a Lanzo e à vizinhança de Alessandria.
Matrimônio e descendência
editarGuilherme VII desposou em primeiras núpcias em 1258 com Isabela de Clare (1240 – 1270), filha de Ricado de Clare, da qual teve uma filha:
- Margarida, que casou-se com o infante João de Valência;
Depois da morte de Isabel casou-se em segundas núpcias em 1271 com Beatriz de Castela (1254 – 1280), filha de Afonso X de Castela (1221 – 1284) e de Iolanda de Aragão (1236 – 1301), da qual teve:
- Irene de Monferrato (1271 – 1315), também conhecida com Violante ou Yolande, que casou com Andrônico II Paleólogo (1256 – 1332)
- João I (1275 c.a. – 1305), que o sucedeu[nota 1]
- Alina de Monferrato, que casou com Bertoldo Orsini.
Ver também
editarNotas
Referências
- ↑ Howell 2001, p. 54.
Bibliografia
editar- Dante Alighieri; Henry Wadsworth Longfellow (1867), The Divine Comedy of Dante Alighieri translated by Henry Wadsworth Longfellow. Authorized Edition, II, Leipzig: B. Tauchnitz.
- Howell, Margaret (2001), Eleanor of Provence, Oxford: Blackwell.
- Morelli, Maurizio (2006), La Grande Storia del Piemonte, Florence: Bonechi.
- Settia, A. A. (2003), «Guglielmo VII, marchese di Monferrato», in: Caravale, Mario, Dizionario Biografico degli Italiani, LX, Rome.
Precedido por Bonifácio II de Monferrato |
Marquês de Monferrato 1253 — 1292 |
Sucedido por João I de Monferrato |
Precedido por Bonifácio II de Monferrato |
Rei de Tessalónica 1239 — 1253 |
Sucedido por Hugo IV da Borgonha |