Guttmann Bicho
Galdino Guttmann Bicho (Petrópolis, 23 de novembro de 1888 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1955) foi um pintor brasileiro.[1][2]
Guttmann Bicho | |
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Nascimento | 23 de novembro de 1888 Petrópolis |
Morte | 9 de julho de 1955 (66 anos) |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | pintor |
Vida e obra
editarGuttmann Bicho, nascido em Petrópolis, era filho de pai português e mãe descendente de colonos alemães que imigraram e fixaram residência nesta cidade no século XIX.[3][4]
Passou a infância em Sergipe, nas cidades de Penedo e Aracaju. Mais tarde veio a residir no Rio de Janeiro, onde iniciou-se artisticamente no Liceu de Artes e Ofícios. Durante vários anos, no início de sua carreira, Guttmann Bicho trabalhou como assistente do retratista francês radicado no Brasil August Petit, com o qual adquiriu uma sólida formação profissional.[1][4]
Frequentou como aluno livre a Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de, entre outros, Zeferino da Costa, Belmiro de Almeida, Rodolfo Amoedo e Eliseu Visconti.[1][5] Nas Exposições Gerais, Guttmann Bicho obteve menção honrosa (1906), pequena medalha de prata (1912) e o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro (1921, com o quadro Panneau decorativo). Na Europa, fixou-se em Paris, mas também passou uma temporada em Lisboa, onde realizou uma exposição particular que obteve excelente repercussão.[4][6]
De volta ao Brasil em 1924, conheceu um período de relativa consagração, conquistando na Exposição Geral de 1925 a medalha de ouro. Continuaria participando do certame, então com o nome de Salão Nacional de Belas Artes, ainda em 1954, quando recebeu o Prêmio de Viagem pelo Brasil. Embarcou então para o Maranhão, estado que lhe forneceria o tema para suas derradeiras paisagens.
Retratista admirável, foi também autor de naturezas-mortas e numerosas pinturas de paisagem. Nestas últimas, utilizou frequentemente o divisionismo, uma técnica de pintura pontilhista, pela qual Guttmann Bicho é hoje em dia presumivelmente mais lembrado. Foi também, influenciado pelo Impressionismo, e fez uso das pesquisas de luz e sombra deste movimento artístico.[5][6]
Na Escola Técnica Nacional do Rio de Janeiro, em 1947, passou a ensinar técnicas artísticas em cerâmica.[5][6] Destacou-se-se entre os artistas de sua época por sua orientação dita conservadora, aos olhos do cânone modernista brasileiro hoje vigente.[1]
Tendo residido na cidade do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador, Guttmann pintou aspectos de suas praias e areais.[1]
Guttmann Bicho era cunhado do escritor Agripino Grieco.[6]
Ligações externas
editarReferências
- ↑ a b c d e «Artes Plasticas: Guttmann Bicho» 10667 ed. Rio de Janeiro: O Jornal, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 12 de julho de 1955. p. 8. Consultado em 1 de abril de 2023
- ↑ «Guttmann Bicho». ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural. 2022. ISBN 978-85-7979-060-7. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ OLIVEIRA, Paulo Roberto Martins de (15 de novembro de 2000). «IMPERIAL COLÔNIA GERMÂNICA DE PETRÓPOLIS ATIVIDADES SOCIAIS, ARTES, HÁBITOS E COSTUMES». Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ a b c Valle, Arthur (2005). «O Ciclo de Pinturas de Guttmann Bicho no CAPS Ernesto Nazareth - Ilha do Governador/RJ». Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). I ENCONTRO DE HISTÓRIA DA ARTE do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Consultado em 20 de novembro de 2022
- ↑ a b c «Guttmann Bicho». Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Consultado em 10 de abril de 2023
- ↑ a b c d VALLE, Arthur Gomes (2007). A pintura da Escola Nacional de Belas Artes na 1ª República (1890-1930): Da formação do artista aos seus Modos estilísticos (PDF) (Tese de Doutorado). Rio de Janeiro: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 1 de abril de 2023