Hélder Proença
Hélder Proença (Bolama, 31 de dezembro de 1956[1] — Bissau, 5 de junho de 2009), foi um escritor, professor e político da Guiné-Bissau, havendo lutado na guerra de independência do país, na década de 1970.
Hélder Proença | |
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Nascimento | 31 de dezembro de 1956 Bolama, Guiné-Bissau |
Morte | 5 de junho de 2009 (52 anos) Bissau, Guiné-Bissau |
Nacionalidade | bissau-guineense |
Ocupação | Escritor, professor e político |
Magnum opus | Não posso adiar a palavra (1982) |
Biografia
editarDesde a adolescência que Proença escrevia poemas, àquele tempo sob a temática anti-colonialista, que resultou na publicação, em 1977, da primeira antologia poética guineense, sob sua coordenação, entre outros, e que também prefaciou, intitulada "Mantenhamos Para Quem Luta!".[2]
Não concluiu os estudos, havendo participado das lutas pela independência do país. Mais tarde, completou a formação no Rio de Janeiro, integrando os quadros do Ministério da Cultura de seu país, e principiando o magistério em História. Havia, antes, sido o responsável pela educação de Bolama.[2]
Na política foi deputado na Assembleia Nacional Popular e membro do Comité Central do PAIGC (Partido único, de orientação marxista, que governou o país da independência em 1974 até a democratização nos anos 1990).[2]
Ocupou, ainda, o cargo de Ministro da Defesa.
Como escritor publicou em vários periódicos, como Raízes (de Cabo-Verde), África (Portugal), e os panfletários Libertação e O Militante, ligados ao PAIGC. Em 1982 publicou o livro "Não posso adiar a palavra", que reuniu seus versos dos tempos de guerrilha.
Assassinato
editarA morte de Proença foi anunciada pelo Ministro da Defesa guineense, horas depois do anúncio do assassinato por tropas oficiais do candidato a presidente Baciro Dabó. Segundo a versão oficial, Proença seria o protagonista dum golpe de estado e morrera em seu carro, junto ao motorista e um segurança, após troca de tiros com os soldados que iam prendê-lo.[3] Já antes a imprensa mundial anunciara rumores de que o poeta também havia sido morto.[4]
Obras
editar- Não posso adiar a palavra (1982).
Referências
- ↑ «Hélder Proença, poeta da Guiné Bissau, biografia e obra». Lusofonia Poética, poesia lusófona. Consultado em 9 de junho de 2022
- ↑ a b c «Helder Proença - Vida e Obra». Consultado em 24 de maio de 2010. Arquivado do original em 5 de agosto de 2009
- ↑ «Antigo ministro da Defesa Hélder Proença também foi morto esta manhã na Guiné-Bissau». Público, AFP. 5 de junho de 2009. Consultado em 24 de maio de 2010[ligação inativa]
- ↑ «Assassinato de Baciro Dabó em Bissau na madrugada de hoje pode adiar eleições - Em Bissau, circulam fortes informações de que o poeta Hélder Proença, antigo ministro da Defesa, também foi assassinado.». África 21. 5 de junho de 2009. Consultado em 24 de maio de 2010[ligação inativa]