Hórreos Piperatários
Os Hórreos Piperatários (em latim: Horrea Piperataria) foram um complexo de armazéns (hórreos) e bazares da antiga Roma que funcionaram como centro de armazenamento e venda de pimentas e especiarias do Egito e Arábia.[1] Foram construídos pelo imperador Domiciano (r. 81–96) sobre fileiras de tabernas e o pórtico de travertino ao norte da Via Sacra, todos datáveis do reinado de Nero (r. 54–68), e que formaram as redondezas da Casa Dourada.[2][3] Foram incendiados em 191, durante o reinado de Cômodo (r. 177–192), e após restaurados, foram novamente incendiados em 284 sob Carino (r. 282–285). Depois disso, Magêncio (r. 306–312) construiu sobre as ruínas a Basílica Nova, concluída em 313 por Constantino (r. 306–337).[2]
Hórreos Piperatários | |
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Basílica Nova, que hoje está no local onde ficavam os hórreos. | |
Informações gerais | |
Tipo | Hórreo |
Construção | Final do século I |
Promotor | Domiciano |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | Região IV - Fórum da Paz |
Coordenadas | 41° 53′ 30,17″ N, 12° 29′ 16,51″ L |
Hórreos Piperatários |
Em 1899, a Via Sacra foi escavada abaixo dos níveis neronianos e detectou-se ao norte uma série de salas consecutivas que continuaram até abaixo da Basílica Nova. A publicação dessas escavações e o artigo de Christian Hülsen publicado em 1901 erroneamente atribuíram esse complexo de salas aos Hórreos Piperatários,[4] um equívoco corrigido pelas escavações de 1923 dirigidas por Miss Van Deman, que mostrou que a Via Sacra era uma estrada reta flanqueada em ambos os lados por dois grandes pórticos, de modo que, essa via curva revelada em 1899 era uma via pré-neroniana.[5]
Em 1935, dando continuidade às pesquisas, escavações foram realizadas na nave da basílica, revelando mais porções dos Hórreos Piperatários. O complexo parece ter seguido o plano típico destes mercados com quadras ou naves paralelas, flanqueadas por bancos ou câmaras de plano uniforme e abertas para elas. Seguiu a orientação geral do Templo da Paz e, segundo o Plano de Mármore, estendeu-se tão longe quanto o flanco oriental.[2]
Referências
- ↑ «Horrea» (em inglês). Consultado em 12 de janeiro de 2015
- ↑ a b c Richardson 1992, p. 194.
- ↑ Rickman 1971, p. 105.
- ↑ Rickman 1971, p. 104.
- ↑ Rickman 1971, p. 104-105.
Bibliografia
editar- Richardson, Lawrence (1992). A New Topographical Dictionary of Ancient Rome. Baltimore, Marilândia: Johns Hopkins University Press. ISBN 0-8018-4300-6
- Rickman, Geoffrey (1971). Roman Granaries and Store Buildings. Cambrígia: CUP Archive. ISBN 0521077249