H Dobal
H. Dobal (pseudônimo de Hindemburgo Dobal Teixeira, Teresina, 17 de outubro de 1927 - Teresina, 22 de maio de 2008) foi um poeta brasileiro, participante do Grupo Meridiano, de repercussão no Piauí, e pertencente cronologicamente à Geração de 1969 da literatura brasileira, embora diferindo levemente destes no trabalho inovador com o ritmo, em algumas inovações no trato com as palavras, e também quanto ao rigor formal.
Hindemburgo Dobal Teixeira | |
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Nome completo | Himdemburgo Dobal Teixeira |
Pseudónimo(s) | H. Dobal |
Nascimento | 17 de outubro de 1927 Teresina |
Morte | 22 de maio de 2008 (80 anos) Teresina |
Nacionalidade | Brasileiro |
Cônjuge | Maria Creusa Madeira Dobal Teixeira |
Filho(a)(s) | Márcio Dobal
Luciano Dobal Susana Dobal |
Ocupação | Poeta |
Prémios | Melhor escritor 2002
Prêmio da paz |
Biografia
editarNasceu no dia 17 de outubro de 1927, na cidade de Teresina, capital do estado do Piauí. Além de poeta, foi cronista e professor, tendo formação de bacharel em Direito (1952), pela Faculdade de Direito do Piauí. Destacou-se como um dos fundadores do Movimento Meridiano, atuando como diretor da revista de mesmo nome, revista Meridiano, que, de acordo com o crítico literário e antologista Assis Brasil, foi um porta-voz dos modernos escritores piauienses[1] em meados do século XX. Funcionário público concursado, aposentou-se como auditor fiscal do Tesouro Nacional. Trabalhou no Rio de Janeiro e Brasília, passou por períodos de formação em Londres e Berlim.
Segundo o crítico literário Francisco Miguel de Moura, H. Dobal começou a repercutir seu nome nacionalmente ao publicar na imprensa literária do Rio de Janeiro, participando da Antologia dos Poetas Bissextos Contemporâneos, organizada em 1964 (2ª edição) por Manuel Bandeira.[2] Publicou seu primeiro livro, O Tempo Conseqüente, em 1966 e com a segunda obra, O Dia Sem Presságios (1970), conquistou o Prêmio Jorge de Lima, do Instituto Nacional do Livro.
Sobre O Tempo Conseqüente, já dizia Manuel Bandeira: “Poeta ecumênico, chamou Odylo a Dobal no seu tão belo e compreensivo estudo apresentando o novo poeta. Mas eu prefiro dizer o poeta total, o poeta por excelência ... Só mesmo um poeta “ecumênico” como Dobal podia fixar a sua província com expressão tão exata, a um tempo tão fresca e tão seca, despojada de quaisquer sentimentalidades, mas rica do sentimento profundo, visceral da terra.”[3]
Pertencia à Academia Piauiense de Letras e à Academia Brasiliense de Letras[4].
H. Dobal faleceu em Teresina, no dia 22 de maio de 2008.
Obras publicadas
editar- O Tempo Conseqüente (1966)
- O Dia Sem Presságios (1970)
- A Viagem Imperfeita (1973)
- A Província Deserta (1974)
- A Serra Das Confusões (1978)
- A Cidade Substituída (1978)
- Os Signos E As Siglas (1986)
- Uma Antologia Provisória (1988)
- Um Homem Particular (1987)
- Cantiga De Folhas (1989)
- Roteiro Sentimental E Pitoresco De Teresina (1992)
- Ephemera (1995)
- Grandeza E Glória Nos Letreiros De Teresina (1997)
- Lírica (2000)
- Gleba dos Ausentes * Uma Antologia Provisória (2002)
Referências
- ↑ A Poesia Piauiense no Século XX: (Antologia) / organização, introdução e notas de Assis Brasil. – Rio de Janeiro: Imago Ed.; Teresina, PI: Fundação Cultural do Piauí, 1995.
- ↑ Moura, Francisco Miguel de. Literatura do Piauí, 1859 – 1999, Francisco Miguel de Moura; Ed. Academia Piauiense de Letras – convênio com o Banco do Nordeste: Teresina, 2001.
- ↑ Dobal, H. O Tempo Conseqüente. Teresina: Corisco, 2001.
- ↑ Revista da Academia Brasiliense de Letras. Ano XXII - nº 18 - Brasília, 2005.