Saracura-invisível

espécie de ave
(Redirecionado de Habroptila wallacii)

Frango-d'água-invisível[1], frango-de-água-invisível[2] ou saracura-invisível (nome científico: Habroptila wallacii) é uma espécie de ave endêmica da Indonésia e que pertence à família dos ralídeos.[3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSaracura-invisível
Adulto por Joseph Wolf, 1859
Adulto por Joseph Wolf, 1859
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Gruiformes
Família: Rallidae
Gênero: Habroptila
Gray, 1861
Espécie: H. wallacii
Nome binomial
Habroptila wallacii
Gray, 1860
Distribuição geográfica
       registros recentes        antes de 1950        Kao town O mapa mostra a localização de Halmahera na Indonésia.
       registros recentes
       antes de 1950
       Kao town
O mapa mostra a localização de Halmahera na Indonésia.
Sinónimos
  • Gallirallus wallacii

Descrição

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A saracura-invisível é uma ave de grande porte e incapaz de voar, com 33 a 40 cm de comprimento. O adulto tem o corpo predominantemente de cor cinza-ardósia escuro; plumagem marrom-escura na parte inferior do dorso, garupa e asas; e a parte superior do rabo preta. A parte inferior do corpo é ligeiramente mais pálida que o dorso; e a pele nua ao redor dos olhos, o bico longo e grosso e suas robustas pernas são de um vermelho brilhante. Ela tem uma pequena espinha na curva das asas. Os sexos são idênticos em aparência; a plumagem dos indivíduos jovens emplumados não foi descrita.

A espécie é superficialmente semelhante ao caimão-comum, Porphyrio porphyrio, que foi recentemente encontrado em Halmaera, mas essa ave é maior, com um bico vermelho curto e espesso e um escudo vermelho na testa; ela também tem plumagem roxa e área branca abaixo do rabo. A saracura-invisível se diferencia de Gallirallus calayanensis por ser maior e não ter a plumagem barrada daquela espécie; não há sobreposição entre a área de ocorrência das duas espécies.

A chamada é uma batida baixa, acompanhada por um tuk, tuk, tuk feito com as asas. A natureza da vocalização levou a uma lenda local de que o som é feito pela ave batendo com os pés em uma árvore oca ou em um galho. Gerd Heinrich anotou o nome local "soisa", que significa tambor, e descreveu a chamada como sendo um ronronar-purre-purre-purre-purre moderado de bateria que às vezes termina em um grito estridente e alto. A ave também produziu um zumbido abafado semelhante à voz do porco bandado (Sus scrofa vittatus) e que lembra o canto da saracura-roncadora (Aramidopsis plateni). O chamado é mais frequente no início da manhã ou no fim da noite, e uma pessoa batendo no tronco do sagu com um facão pode provocar uma resposta da ave. Uma versão mais silenciosa do chamado é emitida a partir do ninho. Outros sons atribuídos a este ralídeo, como gritos altos, podem estar incorretos, uma vez que são muito parecidos com aqueles produzidos por Amaurornis moluccana.

Referências

  1. «Rallidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024 
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  3. del Hoyo, Josep; Elliott, Andrew; Sargatal, Jordi; Christie, David A.; de Juana, Eduardo, eds. (2013). «Rails, Gallinules and Coots». Handbook of the Birds of the World Alive. Barcelona: Lynx Edicions 

Bibliografia

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  • Taylor, Barry; van Perlo, Ber (1998). Rails. Robertsbridge, East Sussex: Pica / Christopher Helm. ISBN 978-1-873403-59-4