Henriqueta Gomes da Costa
Henriqueta Júlia de Mira Godinho (Lagos, 30 de julho de 1863 — Lisboa, 22 de fevereiro de 1936) foi a esposa do general e antigo presidente da República Portuguesa Gomes da Costa.[1]
Henriqueta Júlia de Mira Godinho | |
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Henriqueta Júlia de Mira Godinho | |
Primeira-dama de Portugal | |
Período | 1926 |
Antecessor(a) | Maria das Dores Cabeçadas |
Sucessor(a) | Maria do Carmo Ferreira da Silva Carmona |
Dados pessoais | |
Nascimento | 30 de julho de 1863 Lagos, Portugal |
Morte | 22 de fevereiro de 1936 (72 anos) Lisboa |
Progenitores | Mãe: Maria Augusta Pereira de Mira Pai: André Francisco Godinho |
Marido | Manuel Gomes da Costa |
Biografia
editarFilha do casamento em segundas núpcias de seu pai André Francisco Godinho (1820), coronel do Regimento de Infantaria n.º24, natural de Monforte, com Maria Augusta Pereira de Mira (1836), natural de Lisboa, sendo a mais nova de três filhos, nasceu em Lagos. Descendente de uma linhagem de militares, eram seus avós paternos José Francisco Godinho e Maria Rita Andrez, maternos Manuel Pereira de Mira Franco (Moura, Santo Agostinho, baptizado aos 07/01/1810) e Maria Rosa da Conceição. Pelo seu avô materno era bisneta de Romão Pereira de Mira, professor régio de instrução primária, e Maria Rita Martins.
Casou com Gomes da Costa a 15 de Maio de 1885, em Penamacor. Deste casamento tiveram três filhos:
- Estela de Mira Godinho Gomes da Costa (1889-1968),[2] que casou com Pedro Francisco Massano de Amorim (1862-1929), governador da Índia, viúvo de Elvira Gorjão de Oliveira Amorim, sem descendência;
- Manuela de Mira Godinho Gomes da Costa (1891-1969),[2] que casou com João Herculano de Melo e Moura (1893-1990), com descendência, e posteriormente no estado de divorciada com Joaquim Nunes Ereira, de quem não teve filhos;
- Carlos Gomes da Costa (1892-1967),[2] que casou com Helena do Carmo May de Oliveira, com descendência.
Henriqueta nunca acompanhou a carreira militar do marido fora de Portugal. Quando este se encontrava no estrangeiro, dedicava-se ao trabalho doméstico, cuidando das filhas e posteriormente dos 18 netos.
Em julho de 1926,[3] parte para os Açores, aquando do exílio do marido. Em setembro de 1927, regressa a Lisboa,[4] acompanhada de seu marido, que faleceu em condições miseráveis, pobre e totalmente desligado da política a 17 de dezembro de 1929. Nesta altura, surge-lhe uma doença degenerativa.
Henriqueta Gomes da Costa faleceu a 22 de fevereiro de 1936, aos 72 anos de idade, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa. Encontra-se sepultada no Cemitério do Alto de São João.
Referências
- ↑ «Museu da Presidência da República». Museu da Presidência da República. Consultado em 17 de julho de 2019
- ↑ a b c «Manuel Gomes da Costa». Museu da Presidência da República. Consultado em 18 de setembro de 2024
- ↑ «Manuel Gomes da Costa». Presidência da República Portuguesa. Consultado em 20 de setembro de 2024
- ↑ «Fotografia de Gomes da Costa, durante o seu regresso a Lisboa após o exílio nos Açores». Arquivo Museu da Presidência da República. Consultado em 20 de setembro de 2024.
Fotografia do general Gomes da Costa, na companhia da mulher, Henriqueta Júlia de Mira Godinho, e de um dos netos, a bordo do navio Lima, regressando a Lisboa após o seu exílio, nos Açores.