Heterotaxis

género de plantas

Heterotaxis é um género botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae), ao qual foram subordinadas quinze espécies anteriormente pertencentes ao gênero Maxillaria.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaHeterotaxis
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Orchidaceae
Subfamília: Epidendroideae
Tribo: Cymbidieae
Subtribo: Maxillariinae
Género: Heterotaxis
Lindl. 1826
Distribuição geográfica

Espécies
14 espécies - ver texto
Sinónimos
Dicrypta Lindl.
Marsupiaria Hoehne
Pentulops Raf.

Sinônimos

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  • Dicrypta Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl. 44. 1830.
  • Marsupiaria Hoehne, Arq. Bot. Estado São Paulo n.s., f.m. 2: 69. 1947.
  • Maxillaria subgen. Heterotaxis (Lindl.) Brieger, An. Soc. Bot. Brasil 1972: 94. 1972.
  • Maxillaria sect. Heterotaxis (Lindl.) Brieger, Trab. Congr. Nac. Bot. (Rio de Janeiro) 26: 242-244, 1977.
  • Maxillaria sect. Iridifolieae Pfitz., Nat. Pflanzenfam. 2(6): 187. 1889.
  • Pentulops Raf., Fl. Tellur. 4: 42. 1836.

Distribuição

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Heterotaxis crassifolia

Pertence a um complexo com oito espécies difíceis de separar, com pseudobulbos; de flores amarelas, alaranjadas ou pálidas, com ou sem labelo de cor mais intensa.
 
Heterotaxis violaceopunctata

Pertence a um complexo com três espécies, com pseudobulbos; de flores geralmente brancas, excepcionalmente amarelas ou pálidas, sempre com labelo de cor muito mais intensa ou pintalgado, geralmente púrpura.
 
Heterotaxis valenzuelana

Pertence a um complexo com duas espécies sem pseudobulbos; planta em formato de leque com flores amarelas, alaranjadas ou pálidas.
 
Heterotaxis equitans

Espécie facilmente identificável tanto pela planta como pelas flores.

Geralmente ocorrem em matas secas e moderadamente sombreadas.

Histórico

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John Lindley propôs este gênero em 1826, ao descrever a Heterotaxis crassifolia. Quatro anos depois, ele mesmo propôs o novo gênero Dicrypta, ao descrever a Dicrypta baueri, uma espécie hoje considerada sinônimo da anterior. Durante alguns anos, taxonomistas descreveram ou aos poucos foram transferindo todas as espécies conhecidas até então para o gênero Dicrypta até que, na década de 1850, Heinrich Gustav Reichenbach resolveu que não havia justificativa suficiente para manter estas espécies separadas e subordinou-as todas ao gênero Maxillaria.

Em 1947 o botânico brasileiro Frederico Carlos Hoehne propôs o gênero Marsupiaria para as espécies sem pseudobulbos. Compartilharam sua opinião Garay, Senghas e Pabst, que separadamente acabaram por subordinar todo este grupo ao gênero de Hoehne.

Finalmente, Fábio de Barros publicou um trabalho em 2002 restabelecendo o gênero antigo gênero Heterotaxis, o primeiro proposto por Lindley. Tanto a filogenia moderna como todas as descrições recentes reforçam a validade deste gênero. Até hoje todas estas espécies são conhecidas somente pelos seus sinônimos Marsupiaria e Maxillaria.

Morfologia

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São plantas epífitas comparativamente grandes e robustas, geralmende de crescimento simpodial, com pseudobulbos unifoliados lateralmente comprimidos, com folhagens vistosas, quase sempre lustrosas, protegidos por diversas bainhas foliares; ou então sem pseudobulbos, com folhas dísticas e crescimento pseudo-monopodial. Todas apresentam pequenas e espessas flores campanuladas, geralmente amareladas com coluna muito curta e labelo com um amontoado de pilosidades que atrai insetos polinizadores. As inflorescências apresentam uma única flor, são laterais, curtas ou longas, em pouca quantidade, em regra mais de uma vez por ano.

Cultivo

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No cultivo das orquídeas devemos ter sempre em mente que o melhor substrato e local para elas é o seu habitat natural, mesmo com todas as adversidades por elas enfrentadas. Baseando-se nessa premissa, deve-se, então, tentar imitar ao máximo as condições do habitat de cada uma das espécies deste gênero. As Heterotaxis de modo geral são plantas de cultivo muito fácil desde que plantadas em substrato que esteja seco poucas horas após a rega, em local de iluminação moderada, bem ventilado e com umidade atmosférica, principalmente durante a noite.

Identificando as espécies

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As espécies de Heterotaxis, de modo geral, são de difícil identificação. São aceitas de seis a catorze espécies. Conforme a referência consultada, diferentes são as espécies aceitas. Isto ocorre pois alguns taxonomistas preferem dividir mais as espécies, reparando em cada variação, outros preferem agrupar espécies variáveis em complexos de espécies sob um único nome. Em cada grupo as diferenças a serem observadas para identificar as espécies são espessura e comprimento das folhas, formato dos pseudobulbos e formato da calosidade no labelo de suas flores. Combinações variadas destes caracteres recebem nomes de espécies diferentes. As espécies apresentadas aqui seguem a orientação do banco de dados do Royal Botanic Garden.

Podem dividir-se em quatro grandes grupos facilmente identificáveis:

Publicação das espécies

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Sinônimos

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Referências

  1. «Heterotaxis». World Flora Online. Consultado em 26 de janeiro de 2023 
  • Fábio de Barros, Notas taxonômicas para espécies brasileiras dos gêneros Epidendrum e Heterotaxis (Orchidaceae), Hoehnea 29: 112 (2002).
  • R. Govaerts, M.A. Campacci (Brazil, 2005), D. Holland Baptista (Brazil, 2005), P.Cribb (K, 2003), Alex George (K, 2003), K.Kreuz (2004, Europe), J.Wood (K, 2003, Europe); World Checklist of Orchidaceae. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew. «Published on the Internet» (em inglês)  acessado em 29 de Setembro de 2008; 14:35 GMT.
  • Isidro Ojeda, Germán Carnevali Fernández-Concha & Gustavo A. Romero-González; New Species and Combinations in Heterotaxis Lindley (Orchidaceae: Maxillariinae) - Novon: A Journal for Botanical Nomenclature, Volume 15, Issue 4, pp. 572–582 (Dezembro 2005).
  • Blanco, M. A. G. Carnevali, W. M. Whitten, R. Singer, S. Koehler, N. H. Williams, I. Ojeda, K. Neubig, & L. Endara. 2007. Generic Realignments in Maxillariinae (Orchidaceae). Lankesteriana 7(3): 515-537.
  • Whitten, W.M., M. A. Blanco, N. H. Williams, S. Koehler, G. Carnevali, R. B. Singer, L. Endara, & K. M. Neubig. 2007. Molecular Phylogenetics of Maxillaria and Related Genera (Orchidaceae: Cymbidieae) Based Upon Combined Molecular Data Sets. American Journal of Botany 94: 1860-1889.

Ligações externas

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