Homem Cristo Filho
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Francisco Manuel Homem Cristo (Lisboa, 5 de Março de 1892 — Roma, 12 de Junho de 1928), mais conhecido por Homem Cristo Filho, foi um intelectual e escritor português, defensor das correntes monárquicas e nacionalistas que depois o levaram ao fascismo italiano, do qual era fervoroso admirador, e aos diversos nacionalismos europeus. Fundou e dirigiu a revista Ideia Nacional[1] (1915) e o jornal Restauração.[2]
Homem Cristo Filho | |
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Nascimento | 5 de março de 1892 Lisboa |
Morte | 12 de junho de 1928 (36 anos) Roma |
Nacionalidade | Portugal |
Cidadania | Portugal |
Ocupação | Escritor e jornalista |
Biografia
editarÉ por ser filho de Francisco Manuel Homem Cristo (1860—1943) que se referencia Homem Cristo Filho, proprietário de um jornal de Aveiro, e começou aí a trabalhar. Depois, distinguiu-se em Coimbra onde fundou o semanário "A Verdade".[3] Nessa altura era um seguidor das ideias anarquistas, ainda antes da Implantação da República, que o obrigou a ter de fugir para o Brasil. Depois de 1910, aderiu, no entanto, à causa monárquica, tendo que emigrar para França, onde viria a gozar de grande prestígio.[4]
Em 1914, fundou o jornal A Restauração e depois A Ideia Nacional*. Em francês, publicou também alguns trabalhos, como Le Portugal contre l’Allemagne (1918), Le Cinema des Jours (1918), Les Porte-Flambeaux (1920).[4]
Em 1926, assumindo-se nacionalista e contra-revolucionário, volta para Portugal, fundando nesse ano outro periódico, "Informação", tendo sido o seu director[5] Devido às suas correntes políticas, foi exilado de Portugal nos seus últimos anos.[6]
Como escritor, escreveu especialmente novelas, ensaios e contos.[5] Devido às suas correntes políticas, foi exilado de Portugal nos seus últimos anos.[6]
Com o advento do fascismo, Homem Cristo tornara-se um grande admirador e amigo pessoal de Mussolini, tendo publicado, em 1923, uma obra traduzida em várias línguas, Mussolini batîsseur de l’Avenir, que preconizava uma união dos povos latinos influenciada pelo Fascismo italiano. A sua morte, ocorrida em Roma, levou a que o próprio Mussolini lhe decretasse um funeral digno de figura de Estado.[4]
Morreu em Roma em 12 de junho de 1928, vítima de um acidente de automóvel.[5] Em 9 de fevereiro de 1933, os restos mortais foram transladados para um túmulo monumental, que tinha sido construído pelo governador de Roma, por ordem de Benito Mussolini.[6] À cerimónia assistiram o seu filho, Paulo, que estava a estudar na Academia de Aeronáutica Militar de Caserta, o governador de Roma, e o ministro de Portugal na Santa Sé.[6]
O seu bisneto, Guy-Manuel de Homem-Christo, integrava o duo de musica electrónica Daft Punk.[7]
Referências
- ↑ Rita Correia (5 de fevereiro de 2015). «Ficha histórica:A ideia nacional : revista politica bi-semanal (1915)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de Janeiro de 2018
- ↑ João Mendes da Costa Amaral (Político) 1893-1981, Netsaber
- ↑ CRISTO, Francisco Manuel Homem (filho). 1892-1928, jornalista e escritor, Código de referência PT/AMAP/FAM/AALP/01-02-02/001-2586, , in In: Cartas dos Outros para Alfredo Pimenta / Arquivo Municipal Alfredo Pimenta. Guimarães: Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, 1963, p. 81
- ↑ a b c Homem Cristo Filho (1892-1928), por Manuela Parreira da Silva, Medernǃsmo - Arquivo Virtual da Geração de Orpheu
- ↑ a b c «Morreu hoje em Roma o jornalista Homem Cristo, filho». Diário de Lisboa. 8 (2202). 13 de Junho de 1928. p. 1. Consultado em 23 de Janeiro de 2018
- ↑ a b c d «Figuras do passado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1084). 16 de Fevereiro de 1933. p. 109. Consultado em 22 de janeiro de 2018
- ↑ «Daft Punk: há sangue português na dupla musical». Activa. 27 de Janeiro de 2014. Consultado em 23 de Janeiro de 2018