Hugo Panasco Alvim

militar brasileiro

Hugo Panasco Alvim (Rio de Janeiro, 12 de junho de 1901 - 29 de julho de 1978) foi um marechal do Exército Brasileiro. Veterano da Segunda Guerra Mundial, exerceu comando da Força Interamericana de Paz, constituída pela Organização dos Estados Americanos para a intervenção na guerra civil da República Dominicana.

Hugo Panasco Alvim
Hugo Panasco Alvim
Nascimento 12 de junho de 1901
Rio de Janeiro
Morte 29 de julho de 1978
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação Militar
Serviço militar
Lealdade Exército Brasileiro
Tempo de serviço 1919 - 1966
Patente Marechal
Batalhas/Guerras Segunda Guerra Mundial
Operação Power Pack

Biografia

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Oficial

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Tenente coronel Hugo Alvim, no comando do IV Grupo de Artilharia (atual 11.º Grupo de Artilharia de Campanha) da Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial.

Hugo Panasco Alvim nasceu no Rio de Janeiro, na época Distrito Federal, no dia 12 de junho de 1901.[1]

Sentou praça em abril de 1919, ingressando na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Declarado aspirante a oficial em janeiro de 1922, foi promovido a segundo-tenente em abril do mesmo ano e a primeiro-tenente em junho de 1923. Foi promovido a capitão em novembro de 1932. Entre 1935 e 1937 fez o curso da Escola Superior de Guerra da França,[2] sendo promovido a major em agosto de 1940.[1][3]

Quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial, Alvim cursou a Escola de Artilharia de Fort Sill, em Oklahoma, nos Estados Unidos. Enviado à Itália como parte da Força Expedicionária Brasileira, foi promovido a tenente-coronel e designado para comandar o 1º Regimento de Artilharia Pesada Curta,[4] durante a guerra conhecido IV Grupo de Artilharia,[5] e atualmente denominado 11.º Grupo de Artilharia de Campanha, o Grupo Montese, em referência a batalha de Montese, na qual tiveram parte.[6] Exerceu este Comando entre janeiro de 1944 e janeiro de 1946.[7]

Oficial General

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Foi promovido a general de brigada em agosto de 1956, e assumiu sucessivamente o comandado de duas escolas militares: a Academia Militar das Agulhas Negras, no período de 20 de março de 1956 a 30 de janeiro de 1958, e a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, entre 28 de fevereiro de 1958 e 19 de janeiro de 1960.[8] Posteriormente, foi comandante da 9ª Região Militar, em Campo Grande.

Por ocasião da X Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores, na qual se instituiu uma missão de pacificação no âmbito da Organização dos Estados Americanos para lidar com a guerra civil na República Dominicana, o governo brasileiro indicou Alvim para o comando da Força Interamericana de Paz (FIP).[9][10] Sobre a missão da FIP, disse que era "uma grande experiência internacional, tendo em vista evitar conflitos, mesmo os de ordem interna, como é o caso de São Domingos, na América."[3] O general Alvim foi posteriormente substituído no comando pelo general de brigada Álvaro Alves da Silva Braga.[11]

Foi promovido a general de exército em novembro de 1964.[1]

Chefiou o Departamento-Geral do Pessoal, entre 30 de maio e 25 de outubro de 1966.[12]

Em maio de 1966 passou para a reserva, com a posto de marechal.[1]

Hugo Panasco Alvim era casado com Maria Ofélia Cabral Alvim, com quem teve um filho, o também militar Júlio César Alvim. Morreu de parada cardiorrespiratória em 29 de julho de 1978.[3][1] Em maio de 2020, o 11º Grupo de Artilharia de Campanha inaugurou o Espaço Cultural Hugo Panasco Alvim, "visando perpetuar os feitos históricos desta Unidade Expedicionária."[13][14]

Referências

  1. a b c d e «ALVIM, HUGO PANASCO». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil/FGV. Consultado em 4 de abril de 2021 
  2. Araujo, Rodrigo Nabuco de (2008). «A influência francesa dentro do Exército brasileiro (1930 – 1964): declínio ou permanência?». Esboços: histórias em contextos globais (20): p. 250. ISSN 2175-7976. doi:10.5007/2175-7976.2008v15n20p245. Consultado em 18 de março de 2021. Dentre os jovens oficiais brasileiros enviados à Escola Superior de Guerra francesa em 1939, a última classe antes da conflagração internacional, destacam-se João Batista Magalhães, Fernando Sabóia Bandeira de Mello, Hugo Panasco Alvim, Nestor Penha Brasil, Henrique Baptista Duffles Teixeira Lott e Humberto de Alencar Castello Branco. Muitos deles estagiariam também no Exército estadunidense e participariam da Força Expedicionária Brasileira. 
  3. a b c «Falecimentos». Jornal do Brasil. 30 de julho de 1975. Consultado em 24 de novembro de 2020 – via Google News 
  4. Rosty, Cláudio Skora (2018). «Constituição da Força Expedicionária Brasileira para a campanha da Itália». A Defesa Nacional. 105 (836): p. 89. ISSN 0011-7641. Consultado em 18 de março de 2021 
  5. «Histórico». 11º Grupo de Artilharia de Campanha. Exército Brasileiro. Consultado em 18 de março de 2021. Cópia arquivada em 5 de junho de 2019. Criado em 1943 como 1º Regimento de Artilharia Pesada Curta para integrar a Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial, o 11º Grupo de Artilharia de Campanha, que durante o conflito recebeu a designação de IV Grupo de Artilharia, se destacou por ser a tropa de mais alto calibre da Artilharia Brasileira em solo italiano. 
  6. Brayner, Floriano de Lima (1968). A verdade sôbre a FEB: memórias de um chefe de Estado-Maior na Campanha da Itália, 1943-1945. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira 
  7. «Galeria dos Comandantes do 11º. GAC». 11º Grupo de Artilharia de Campanha. Consultado em 4 de abril de 2021. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2021 
  8. «Antigos Comandantes da ECEME». Consultado em 4 de abril de 2021 
  9. Doratioto, Francisco; Vidigal, Carlos (2014). História das Relações Internacionais do Brasil. São Paulo: Ed. Saraiva. 89 páginas. ISBN 978-85-02-61819-0. A OEA aprovou a criação de uma Força Interamericana de Paz (FIP), com o comando militar sob a responsabilidade do general brasileiro Hugo Penasco Alvim. 
  10. «General Panasco Alvim viaja para comandar forças da OEA». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de novembro de 2020 
  11. Mattos, Carlos de Meira (1967). «A força Interamericana de paz na República Dominicana: Participação Brasileira (FAIBRAS)». Biblioteca do Exército. A Defesa Nacional. 53 (614). ISSN 0011-7641. Consultado em 18 de março de 2021 
  12. «Galeria de Eternos Chefes do DGP». Consultado em 13 de maio de 2022 
  13. «Inauguração do Espaço Cultural Hugo Panasco Alvim». 11º Grupo de Artilharia de Campanha. 12 de maio de 2020. Consultado em 24 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 24 de novembro de 2020 
  14. «Grupo Montese celebra 73 anos com criação de espaço cultural». Revista Operacional. Consultado em 24 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 9 de agosto de 2020 

Precedido por
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1º Comandante do IV Grupo de Artilharia

1944 — 1946
Sucedido por
Altamiro da Fonseca Braga
Precedido por
Júlio Teles de Menezes
 
9º Comandante da AMAN

1956 — 1958
Sucedido por
João Punaro Bley
Precedido por
Emílio Maurell Filho
 
26º Comandante da ECEME

1958 — 1960
Sucedido por
Luiz Augusto da Silveira
Precedido por
Orlando Geisel
 
13º Chefe do Departamento-Geral do Pessoal

1966
Sucedido por
Carlos Luís Guedes