I-tal ou ital (/aital/) é a comida aprovada para o consumo segundo o movimento rastafári. O termo deriva da palavra vital ("vital" em inglês), com sua sílaba inicial substituída por i[1] - algo que é feito com diversas palavras no vocabulário rastafári para simbolizar a unidade de quem está falando com toda a natureza.

Os primeiros praticantes adotaram suas leis dietéticas baseando-se em sua interpretação de diversos livros da Bíblia, como o Gênesis ("Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.",[2] o Levítico e o Deuteronômio. Embora existam diferentes interpretações dentro i-tal sobre as comidas específicas, o princípio geral é de que o alimento deve ser natural, ou puro, e de terra; os rastafáris evitam comida que tenha sido modificada quimicamente ou contenha aditivos artificiais (como corantes, flavorizantes e conservas). Também evitam adicionar sal às comidas.

O rastafarianismo, assim como religiões como o islamismo, o judaísmo e o cristianismo ortodoxo etíope, proíbe o consumo de carne de porco. Alguns rastafáris também evitam comer frutos do mar porque eles, assim como os porcos, são necrófagos. A maioria dos rastas também evita o consumo de qualquer carne vermelha, e muitos não comem peixes ou peixes que tenham mais de 30 centímetros. Muitos são estritamente vegetarianos.[3]

Algumas interpretações mais rígidas também evitam comida que tenha sido preservada em latas ou que tenha sido seca, ou até mesmo proíbem o uso de utensílios de metal para cozinhar, algo que os seguidores das dietas aiurvédicas. Neste caso, apenas panelas e talheres de cerâmica e madeira são utilizados.

O rastafarianismo não permite o consumo de álcool, tabaco e café que, para o movimento, são drogas que nublam a mente. Os rastas, no entanto, acreditam que o consumo da maconha provoca um forte estado de devoção religiosa. Alguns rastafáris, especialmente em áreas pouco urbanizadas, não acreditam na medicina tradicional.

Referências

Ver também

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Ligações externas

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