Iacov Hillel (Haifa, 21 de maio de 1949 - Santo André, 2 de junho de 2020) foi um diretor de teatro, iluminador e professor universitário israelense.

Iacov Hillel
Nome completo Iacov Hillel
Nascimento 21 de maio de 1949
Haifa, Israel
Morte 2 de junho de 2020 (71 anos)
Santo André, Brasil
Nacionalidade israelense
Alma mater Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Universidade Estadual de São Francisco

Ocupação Diretor de teatro, Iluminador, Professor universitário

Estudou o método Stanislavski com Eugenio Kusnet, no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), e no Teatro de Arena, de 1965 a 1969. Fez também cursos de expressão corporal e teoria do movimento de Laban com Maria Esther Stockler e Maria Duschenes, e balé clássico e dança moderna com Marilena Ansaldi.[1]

De 1965 a 1976 participou como ator em diversas encenações de prestígio na cidade de São Paulo, entre elas Morte e Vida Severina (1965), de João Cabral de Melo Neto, dirigido por Silnei Siqueira; Hamlet (1969); O Comprador de Fazendas (1970), baseado em um conto do livro Urupês de Monteiro Lobato; e Arlequim, Servidor de Dois Amos (1971), de Carlo Goldoni.[1][2]

Sua primeira direção ocorreu em 1971, com Assunta do 21, de Nery Gomide, um monólogo com a atriz Wanda Kosmo. A partir daí dirigiu inúmeros espetáculos, entre eles Isso ou Aquilo (1975), de Marilena Ansaldi e Emilie Chamie, ganhando o prêmio de direção de dança da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA); Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu (1979), de Carlos Alberto Soffredini, com o Grupo de Teatro Mambembe; Divinas Palavras, de Ramón del Valle-Inclán, numa tradução de Renata Pallottini; O Casamento do Pequeno Burguês (1981), de Bertolt Brecht; Angels in América (1995), de Tony Kushner; A Cozinha (1997), de Arnold Wesker, com tradução de Millôr Fernandes; A Aurora da Minha Vida (2000), de Naum Alves de Souza; Os Lusíadas (2001), uma adaptação do épico de Luís de Camões, com Ruth Escobar; Hair (2004), de Gerome Ragni e James Rado; e Ópera do Malandro (2005), de Chico Buarque.[3]

A partir da segunda metade da década de 1980 começou a dirigir óperas e musicais, como Otello e Elisir d'amore, no Theatro Municipal de São Paulo, sendo que a última também foi apresentada no Festival de Ópera de Manaus, em 1999; Os Contos de Hoffman, de Jacques Offenbach, no Teatro São Pedro e no Festival de Inverno de Campos do Jordão, em 1999, além de Nabuco, de Verdi, apresentada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

Após seu premiado trabalho em Isso ou Aquilo, em 1975, passou a assinar várias iluminações para o Teatro Galpão e, a partir da década de 1980, para o Balé da Cidade de São Paulo. Freqüentemente ilumina seus próprios espetáculos.[4]

Foi professor de interpretação teatral da Escola de Arte Dramática (EAD) e Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).[5] É Master of Arts em Rádio e Televisão pela San Francisco State University.[6]

Em 1982 ganhou o Prêmio Molière (Grande Prêmio da Crítica) pelo conjunto de sua obra. Recebeu também os prêmios Mambembe e Governador do Estado.[7]

Morreu aos 71 anos, Hospital Cristóvão da Gama, localizado em Santo André após uma hemorragia no estômago.[8] Hillel, vinha lutando contra um câncer de fígado.[9]

Referências

  1. a b Cultural, Instituto Itaú. «Iacov Hillel». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 2 de junho de 2020 
  2. Anchieta, José de (6 de maio de 2016). Cenograficamente: Da cenografia ao figurino. [S.l.]: Edições Sesc 
  3. COELHO, SERGIO SALVIA (9 de julho de 2005). «Estudantes reanimam "A Ópera do Malandro"». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de junho de 2020 
  4. AE. «Diretor de teatro e ópera, Iacov Hilel morre aos 71 anos». Correio do Povo. Consultado em 2 de junho de 2020 
  5. «Iacov Hillel | ECA - Escola de Comunicações e Artes». www3.eca.usp.br. Consultado em 2 de junho de 2020 
  6. «Cultura: Especialistas discutem a ópera como empreendimento». Governo do Estado de São Paulo. 29 de maio de 2006. Consultado em 2 de junho de 2020 
  7. Casa da Ópera
  8. «Diretor de teatro e iluminador Iacov Hillel morre em São Paulo». G1. Consultado em 2 de junho de 2020 
  9. «Iacov Hillel, iluminador e diretor de óperas, morre aos 71 anos». Folha de S.Paulo. 2 de junho de 2020. Consultado em 2 de junho de 2020 

Ligações externas

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