Nota: Para o filme de Glauber Rocha, veja A Idade da Terra.

A Idade da Terra é de 4,54 mil milhões (no Brasil, bilhões) de anos (4,54 x 109 anos ± 1%).[1][2][3] Esta idade é baseada em datação radiométrica de meteoritos e é consistente com as idades das mais antigas amostras terrestres e lunares.

A Terra tal como vista a bordo da Apollo 17.

Após a revolução científica de métodos de datação radiométrica, medidas de chumbo em minerais ricos em urânio mostraram que alguns tinham milhares de milhões de anos de idade.[4] A idade mais antiga de tais minerais até hoje – pequenos cristais de zircão de Jack Hills, na Austrália Ocidental – têm pelo menos 4,404 bilhões/mil milhões de anos de idade.[5][6][7] Comparando a massa e a luminosidade do Sol com outras estrelas, parece indicar que o sistema solar não deve ser muito mais velho do que estas rochas. Inclusões ricas em cálcio e alumínio – os constituintes mais antigos que se conheça dentro de meteoritos formados no sistema solar – têm 4,567 bilhões/mil milhões de anos,[8][9] dando uma idade ao sistema solar e um limite máximo à idade da Terra. Supõe-se que a acreção da Terra começou logo após a formação das inclusões ricas em cálcio e alumínio e dos meteoritos. Como o tempo exacto de acreção da Terra não é ainda conhecido, e as previsões feitas a partir de vários modelos de acreção diferentes têm uma amplitude que varia entre alguns milhões e 100 milhões de anos, a idade exata da Terra é difícil de determinar. Também é difícil de determinar a idade exata das rochas mais antigas da Terra, expostas à superfície, uma vez que agregam minerais possivelmente com idades diferentes.

Referências

  1. «Age of the Earth». U.S. Geological Survey. 1997. Consultado em 10 de janeiro de 2006 
  2. Dalrymple, G. Brent (2001). «The age of the Earth in the twentieth century: a problem (mostly) solved». Special Publications, Geological Society of London. 190: 205–221. doi:10.1144/GSL.SP.2001.190.01.14 
  3. Manhesa, Gérard; Allègrea, Claude J.; Dupréa, Bernard; and Hamelin, Bruno (1980). «Lead isotope study of basic-ultrabasic layered complexes: Speculations about the age of the earth and primitive mantle characteristics». Earth and Planetary Science Letters, Elsevier B.V. 47: 370–382. doi:10.1016/0012-821X(80)90024-2 
  4. Boltwood, B. B. (1907). «On the ultimate disintegration products of the radio-active elements. Part II. The disintegration products of uranium». American Journal of Science. 23: 77–88 
    Para o resumo, veja: Chemical Abstracts Service, American Chemical Society (1907). Chemical Abstracts. New York, London: American Chemical Society. 817 páginas. Consultado em 19 de dezembro de 2008 
  5. Wilde, S. A.; Valley, J. W.; Peck, W. H.; Graham C. M. (11 de janeiro de 2001). «Evidence from detrital zircons for the existence of continental crust and oceans on the Earth 4.4 Gyr ago». Nature. 409 (6817): 175–178. PMID 11196637. doi:10.1038/35051550 
  6. Valley, John W.; Peck, William H.; Kin, Elizabeth M. (1999). «Zircons Are Forever» (PDF). The Outcrop, Geology Alumni Newsletter. University of Wisconsin-Madison. pp. 34–35. Consultado em 22 de dezembro de 2008 
  7. Wyche, S.; Nelson, D. R.; Riganti, A. (2004). «4350–3130 Ma detrital zircons in the Southern Cross Granite–Greenstone Terrane, Western Australia: implications for the early evolution of the Yilgarn Craton». Australian Journal of Earth Sciences. 51 (1): 31–45. doi:10.1046/j.1400-0952.2003.01042.x 
  8. Amelin, Y; Krot, An; Hutcheon, Id; Ulyanov, Aa (2002). «Lead isotopic ages of chondrules and calcium-aluminum-rich inclusions.». Science (New York, N.Y.). 297 (5587): 1678–83. ISSN 0036-8075. PMID 12215641. doi:10.1126/science.1073950 
  9. Baker, J.; Bizzarro, M.; Wittig, N.; Connelly, J.; Haack, H. (25 de agosto de 2005). «Early planetesimal melting from an age of 4.5662 Gyr for differentiated meteorites». Nature. 436 (7054): 1127–1131. PMID 16121173. doi:10.1038/nature03882 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Age of the Earth».