Igreja Católica Arménia

A Igreja Católica Arménia[PT] ou Armênia[BR] (em armênio: Հայ Կաթողիկէ Եկեղեցի; romaniz.: Hay Kat'oghike Yeveghets'i) é uma Igreja católica oriental sui iuris em plena comunhão com a Igreja Católica. Isto quer dizer que ela aceita a autoridade e primazia do Papa. Unida formal e oficialmente à Santa Sé em 1742, esta Igreja foi fruto de uma cisão ocorrida na Igreja Apostólica Armênia, que não aceita a autoridade papal. A sua sede localiza-se, desde 1749, em Bzoummar (Líbano).

Igreja Católica Armênia
Հայ Կաթողիկէ Եկեղեցի

emblema oficial
Comunhão com Igreja Católica
Hierarca Rafael Pedro XXI Minassian
Cilícia, Líbano
Rito armênio
Família Ritual armênio
Território Armênia, Artsaque e Diáspora armênia
Língua Litúrgica armênio
Fiéis 539 806[1]
Site oficial www.armeniancatholic.org

O seu rito litúrgico é o armênio e a sua língua litúrgica é o armênio. Desde 2021, esta Igreja oriental é governada pelo patriarca armênio Rafael Pedro XXI Minassian,[2] juntamente com o seu Sínodo, mas sempre sob a supervisão do Papa. Atualmente, tem cerca de 540 mil fiéis, concentrados especialmente na Arménia, Argentina, Europa Oriental (com destaque para a Roménia), Austrália, Canadá, França, Líbano, Síria, Turquia, Roménia e Estados Unidos.

História

editar

Após o cisma de 451, que separou as igrejas ortodoxas orientais (que incluiu a Igreja Apostólica Armênia) das igrejas calcedônias (que são as igrejas ortodoxa e católica), numerosos bispos apostólicos armênios tentaram restabelecer a comunhão com a Igreja Católica. Em 1195/1198, durante as Cruzadas, os ortodoxos arménios sediados no Reino Armênio da Cilícia entraram em comunhão com a Igreja Católica, que durou até a Cilícia ser conquistada pelo mamelucos em 1375. Esta união foi mais tarde restabelecida em 1441 no Concílio de Basileia-Ferrara-Florença, mas na prática não houve efeitos concretos durante séculos.

Em 1740, Abraham Petros I Ardzivian, que tinha anteriormente se tornado um católico, foi eleito patriarca de Adana (atual Turquia). Dois anos mais tarde, em 1742, o Papa Bento XIV criou formalmente a Igreja Católica Arménia, encabeçada pelo Patriarca Ardzivian, que foi reconhecido pelo Papa. Em 1749, a sede desta Igreja foi transferida para Bzoummar (Líbano). No século XIX, o Império Otomano reconheceu-a finalmente, dando-lhe o estatuto de millet (ou seja, comunidade etno-religiosa distinta dentro do império).

Durante o Genocídio Armênio em que o Império Otomano assassinou mais de um milhão de armênios (1915-1918), muitos católicos arménios, naquela altura concentrados principalmente na Cilícia, foram forçados a refugiarem-se em países vizinhos da Turquia, principalmente no Líbano, na Síria e na República Democrática da Armênia. Mais tarde, uma parte deles emigrou para os Estados Unidos e para a Europa.

Na América Latina

editar

Em 3 de julho de 1981, pela Constituição Apostólica America Latina atque Foederatae Civitates Mexicana, do Papa São João Paulo II, foi criado o Exarcado Apostólico para os fiéis de Rito Armênio residentes na América Latina e México, cuja sede fica na Catedral de São Gregório, o Iluminador, na cidade de São Paulo, no Brasil.[3][4].

Seu atual Bispo é Dom Paulo Hakimian.

Ver também

editar

Referências

  1. [1] Igrejas Católicas Orientais [2008]
  2. «Le Pape approuve l'élection du nouveau patriarche de Cilicie des Arméniens - Vatican News». www.vaticannews.va (em francês). 23 de setembro de 2021. Consultado em 23 de setembro de 2021 
  3. Ioannes Paulus II (1982). «Constitutio Apostolica America Latina atque Foederatae Civitates Mexicanae». Roma: Typis Polyglottis Vaticanis. Acta Apostolicae Sedis (em latim). LXXIV (1): 5-6. Consultado em 20 de novembro de 2011 
  4. Ioannes Paulus II (1981). «Constitutio Apostolica America Latina atque Foederatae Civitates Mexicanae» (em latim). Consultado em 20 de novembro de 2011 

Ligações externas

editar
  Este artigo sobre catolicismo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre a Igreja Católica Arménia