Igreja Evangélica de Confissão Helvética na Áustria
A Igreja Evangélica de Confissão Helvética na Áustria - IECHA também conhecida como Igreja Reformada da Áustria (em alemão Evangelische Kirche Helvetischen Bekenntnisses in Österreich) é uma denominação reformada, constituída na Áustria, em 1782, a partir da publicação da Patente de tolerância, documento que passou a permitir a existência de comunidades religiosas não católicas romanas na Áustria.[4] Em 2023, é a segunda maior denominação protestante do país.[3][5]
| Igreja Evangélica de Confissão Helvética na Áustria | |
| Classificação | Protestante |
|---|---|
| Orientação | Fé Reformada |
| Teologia | Calvinista |
| Política | Presbiteriana |
| Associações | Conselho Mundial das Igrejas[1], Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas[2] |
| Área geográfica | Áustria |
| Origem | 1782 (242 anos) |
| Separado de | Igreja Católica Romana |
| Congregações | 9 (2023) |
| Membros | 11.155 (2023)[3] |
| Site oficial | reformiertekirche |
História
editarNa primeira metade do Século XVI, cerca de 80% da população da Áustria aderiu ao Protestantismo. Todavia, a Contra-Reforma levou a perseguição dos protestantes austríacos.[1][4]
Em 1782, o Imperador José II publicou a Patente de tolerância, passando a permitir a existência oficial de comunidades religiosas não católicas romanas na Áustria. No entanto, a Patente de Tolerância, a base da liberdade religiosa na Áustria, veio com muitas restrições. As casas de oração protestantes não podiam ser reconhecidas como igrejas do lado de fora (não poderiam haver cruzes, torres ou sinos) e não poderiam ter entrada pela rua. Somente em 1861 a liberdade religiosa tornou-se irrestrita no país.[1][4]
Nos séculos seguintes, a igreja se espalhou, pela Áustria, mas enfrentou nova onde perseguição durante a Segunda Guerra Mundial, devido ao fato de ter membros judeus convertidos.[1][4]
Estatísticas
editarEm 2019, a denominação tinha 12.708 membros. Em 2020, o número de membros caiu para 12.332 pessoas.[6]
Em 2021, a denominação chegou a 11.780 membros[7] e em 2022 registrou 11.394 membros.[8]
Em 2023, conforme estatística mais recente, a denominação relatou ter 11.155 membros.[3]
Doutrina
editarA denominação subscreve o Credo dos Apóstolos e o Credo Niceno. Além disso, se distingue de outras denominações protestantes do país subscrever o Catecismo de Heidelberg e a Segunda Confissão Helvética, o que faz parte do nome da própria denominação.[4]
A denominação permite a ordenação de mulheres e apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo.[5]
Além disso, a igreja se opõe ao uso de imagens de Deus ou crucifixos.[9]
Relações inter-eclesiásticas
editarA igreja é membro do Conselho Mundial das Igrejas[1] e Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas.[2]
Possui ainda relacionamento próximo com a Igreja Evangélica de Confissão de Augsburgo na Áustria, com que forma a Igreja Evangélica na Áustria.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f «Igreja Evangélica de Confissão Helvética na Áustria». Conselho Mundial das Igrejas. Consultado em 7 de junho de 2022
- ↑ a b «Concílio Mundial das Igrejas: Membros». Consultado em 8 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 30 de dezembro de 2015
- ↑ a b c «Estatísticas das religiões na Áustria em 2023». Consultado em 23 de abril de 2024. Cópia arquivada em 9 de março de 2024
- ↑ a b c d e «Evangelische Kirche HB (Reformiert) em Österreich». Reformiert Online. 2 de fevereiro de 2006. Consultado em 24 de julho de 2022
- ↑ a b «Igreja Evangélica Reformada abre cerimônia de casamento para homossexuais». Kurier. 16 de março de 2019. Consultado em 24 de julho de 2022
- ↑ «Estatísticas das religiões na Áustria em 2020». Consultado em 11 de agosto de 2022. Cópia arquivada em 26 de fevereiro de 2020
- ↑ «Estatísticas das religiões na Áustria em 2021». Consultado em 11 de agosto de 2022. Cópia arquivada em 28 de maio de 2022
- ↑ «Estatísticas das religiões na Áustria em 2020». Consultado em 3 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2023
- ↑ Stefan Janits (18 de novembro de 2019). «Igrejas Evangélicas Reformadas na disputa do "crucifixo": Sem cruz ou crucifixo por 500 anos». Furche. Consultado em 24 de julho de 2022