Igreja Presbiteriana na Colômbia (Sínodo Reformado)
A Igreja Presbiteriana na Colômbia (Sínodo Reformado) (em espanhol Iglesia Presbiteriana en Colombia Sínodo Reformado ou IPCSR) - é uma denominação protestante reformada, fundada na Colômbia em 1993, por igrejas e pastores que se separaram da Igreja Presbiteriana da Colômbia, quando esta participou de eventos ecumênicos em prol do acordo de paz entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e tornou-se tolerante com a Teologia Liberal.[1][2][4]
Igreja Presbiteriana na Colômbia (Sínodo Reformado) | |
Classificação | Protestante |
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Orientação | Calvinista |
Associações | Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina |
Área geográfica | Colômbia |
Origem | 1993 (32 anos)[1][2] |
Separado de | Igreja Presbiteriana da Colômbia |
Congregações | 15 (2004)[3] |
Membros | 5.000 (2010)[2] |
É a segunda maior denominação presbiteriana e reformada do país,[2] conhecida pelo seu trabalho educacional.[5]
História
editarNa década de 1970, Augusto Libreros e Gonzalo Castillo, pastores da Igreja Presbiteriana da Colômbia (IPC), e Orlando Fals Borda, membro da IPC, fundaram a Linha de Pesquisa e Ação Social, do qual nasceu um movimento conhecido como “La Rosca”. Apoiados pela Igreja Presbiteriana Unida nos Estados Unidos da América, os membros do grupo manifestavam insatisfação com a teologia cristã tradicional, defendendo uma abordagem social do Cristianismo. Os ideia do movimento foram difundidos pela revista Cristianismo y Sociedad.[6]
Devido as proximidades teológicas com a Teologia da Libertação, os líderes do movimento se aproximaram da Igreja Católica Romana na Colômbia e promoveram o movimento ecumênico nacional.[7]
Sendo assim, na década de 1970, a liderança da IPC identificou o Movimento “La Rosca” como comunista e guerrilheiro, de forma que seus apoiadores, como Orlando Fals Borda e outros foram expulsos da igreja.[4]
Na década de 1980, foi organizado Seminário Teologia Presbiteriana. Desde então, o movimento ecumênico cresceu novamente na IPC.
Em 1988, as Comunidades Eclesiais de Base, juntamente com outros setores da Igreja Católica Romana e igrejas protestantes organizam o Encontro Ecumênico Nacional de Cristãos para a Vida. Presbiterianos de Barranquilla, Medellín e Bogotá participaram deste encontro liderado pelos pastores David Illidge, Uriel Ramírez e Milcíades Púa.
Essa participação em um movimento ecumênico foi muito questionada por setores conservadores da IPC, que acusavam pastores e líderes de participarem da política e de serem comunistas.
Consequentemente, no mesmo ano, durante a reunião do Presbitério Central da IPC, um grupo de pastores conservadores se opôs à participação dos pastores que participaram dos eventos ecumênicos. Eles se retiraram da reunião e constituíram outro presbitério, chamado Corporación Presbiterio Central (CPC).
A partir disso, as igrejas do Presbitério da Costa (Igrejas Tabita e Ebenezer) e Presbitério do Noroeste (Iglesias de Peque, Dabeiba, Jordán e Camparrusia) deixaram seus presbitérios e pediram para ingressar no CPC, por também se oporem ao ecumenismo.[1]
Em 1989, a IPC convocou um sínodo extraordinário e elegeu um novo moderador. Consequentemente, os líderes do CPC foram disciplinados.
Inconformados com a situação, em 1993, os Presbitérios do Sul e Noroeste convocaram uma Reunião Extraordinária de Unidade, na qual uma nova denominação, a Igreja Presbiteriana na Colômbia (Sínodo Reformado) (Iglesia Presbiteriana en Colombia Sínodo Reformado), foi organizada, por estes presbitérios e o CPC.[8]
Enquanto isso, os Presbitérios de Urabá, Antioquia e Costa permaneceram na IPC. Em 12 de setembro de 1996, o IPCSR foi oficialmente registrado no Governo da Colômbia.[2][9]
Desde então, a denominação cresceu e se espalhou por todo o país, sobretudo no Sul e Noroeste. Em 2020 tinha cerca de 5.000 membros[2] e 15 igrejas.[3]
Doutrina
editarA denominação subrescreve a Confissão de Fé de Westminster, Catecismo Maior de Westminster e Breve Catecismo de Westminster. Além disso, permite a ordenação de mulheres.[1][2][3][10]
Relações intereclesiásticas
editarA denominação participa da Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina.
Referências
- ↑ a b c d Luis Eduardo Ramírez Suárez. «Una Historia de la Iglesia Presbiteriana de Colombia» (PDF). Acontecimientos en el Presbiterio Central y en el Sínodo. pp. 236–252. Consultado em 19 de agosto de 2022
- ↑ a b c d e f g «Protestantismo histórico y neopentecostalismo en Bogotá: un análisis comparado entre la Iglesia Presbiteriana de Colombia y la Misión Carismática Internacional» (PDF). Universidad del Rosario. 2010. pp. 31–34. Consultado em 17 de agosto de 2022
- ↑ a b c «Iglesia Presbiteriana de Colombia (Sinodo Reformado)». 17 de fevereiro de 2006. Consultado em 19 de agosto de 2022
- ↑ a b Mejía Milton (2020). «Educação e Trabalho Social da Igreja Presbiteriana que Criou Tensão e Divisão» (PDF). Ediciones Corporación Universitaria Reformada. pp. 23–29. ISBN 978-958-56184-9-7. Consultado em 19 de agosto de 2022
- ↑ «Colégio Presbiteriano de Ibagué, vinculado à Igreja Presbiteriana na Colômbia (Sínodo Reformado)». Secretaria de Educação do Município de Ibagué. Consultado em 19 de agosto de 2022
- ↑ «Os presbiterianos na Colômbia (1856-1993): Um olhar histórico através de seu culto, liturgia e templos». Revista de História da Universidade Nacional da Costa Rica. 2021. p. 396. ISSN 1012-9790. Consultado em 19 de agosto de 2022
- ↑ «El talante de los líderes presbiterianos en Colombia». Los presbiterianos y la Teología de la Liberación. Medellín: Universidad Nacional de Colombia. 2022. p. 16-22. Consultado em 17 de agosto de 2022
- ↑ «Una historia de la Iglesia Presbiteriana en Colombia, 1993-2013» (PDF). 2013. Consultado em 17 de agosto de 2022
- ↑ «Registro da Igreja Presbiteriana na Colômbia» (PDF). 2020. Consultado em 19 de agosto de 2022
- ↑ «Estatuto Igreja Presbiteriana na Colômbia». p. 2. Consultado em 19 de agosto de 2022