Indocuche
Foram assinalados vários problemas nesta página ou se(c)ção: |
O Indocuche,[1][2] Hinducuxe,[3][4] Hindu Kush, Hindū Kūsh ou Hindukush (em persa: هندوکش; em hindi: हिन्दु कुश; "Assassina de Hindus") é uma cordilheira no Afeganistão e Paquistão Ocidental. Consiste na extensão para sudeste da cordilheira de Pamir e para oeste do Caracórum e dos Himalaias. O Indocuche é geologicamente uma cordilheira nova, e está sempre em crescimento.[5] De leste até oeste tem 1 200 km e de norte a sul cerca de 240 km.
Indocuche Hindu Kush | |
---|---|
Montanhas do Indocuche na fronteira Afeganistão–Paquistão | |
Localização | |
Coordenadas | |
Continente | Ásia |
Países | Afeganistão, Paquistão e Tajiquistão |
Características | |
Altitude máxima | 7 708 m |
Cumes mais altos | Tirich Mir |
Comprimento | 1 000 km |
Segundo ibne Batuta o nome de "assassina de hindus" teve origem no facto de, durante as invasões muçulmanas, muitos dos escravos indianos terem morrido ali pelo frio e pela neve.[6][7][8]
Nomenclatura
editarO nome Indocuche é habitualmente aplicado a toda a cordilheira que separa as bacias do rio Cabul e do rio Helmande da bacia do Amu Dária (o antigo Oxo). Alexandre, o Grande designou o Indocuche como o Cáucaso das Índias. É também referida pelos antigos gregos como "Paropâmiso".
-
Indocuche afegão
-
Vale Kuran wa Munjan
Cumes mais altos
editarAs suas maiores montanhas vão além dos 7 000 m de altitude, como por exemplo:
- Tirich Mir (7 690 m)
- Noshaq (7 492 m)
- Istor-o-Nal (7 403 m)
- Saraghrar (7 349 m)
História
editarA grande altitude das montanhas tem grande importância histórica no sul e centro da Ásia. O Indocuche foi um importante centro do budismo com sítios como os Budas de Bamiã.[9] Também foi lugar de passagem durante as invasões do subcontinente indiano,[10][11] uma região onde cresceram os talibãs e a al-Qaeda,[12][13] e cenário da guerra da era moderna afegã.[14] No vale de Kowkcheh há antigas minas que produzem lápis-lazúli, e a norte de Cabul, no vale do rio Panjsher e alguns dos seus afluentes, há esmeraldas de alta qualidade. Segundo Walter Schumann, as montanhas do Indocuche ocidental são a origem do lápis-lazúli desde há milhares de anos.[15]
Referências
- ↑ Dicionário enciclopédico brasileiro, Editora Globo, 1965, p. 1274
- ↑ Grande enciclopédia portuguesa e brasileira, 10, Editorial Enciclopédia, 424
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ Correia, Paulo (Primavera de 2022). «Indomalásia e Wallaceia — regiões e sub-regiões biogeográficas» (PDF). a folha – Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. Consultado em 27 de julho de 2022
- ↑ Scott-Macnab, David (1994), "On the roof of the world", Londres: Reader's Digest Assiciation Ldt., p. 22
- ↑ «02tartary». www.columbia.edu. Consultado em 21 de agosto de 2020
- ↑ Elst, Koenraad (14 de outubro de 2010). «The meaning of Hindu Kush»
- ↑ Weston, Christine (1962), Afghanistan, Charles Scribner's Sons, p. 11
- ↑ Margottini, Claudio (2013), Después de la destrucción de las estatuas gigantes de Buda en Bamiyán (Afganistán) en 2001: una actividad de emergencia de la UNESCO para la recuperación y rehabilitación de acantilados y nichos, ISBN 978-3-642-30051-6, Springer, pp. 5-6
- ↑ Konrad H. Kinzl (2010), A Companion to the Classical Greek World, ISBN 978-1-4443-3412-8, John Wiley & Sons, p. 577
- ↑ André Wink (2002), Al-Hind: The Slavic Kings and the Islamic Conquest, 11th–13th Centuries, ISBN 978-0-391-04174-5, BRILL Academic, pp. 52–53
- ↑ Michael Ryan (2013), Decoding Al-Qaeda's Strategy: The Deep Battle Against America, ISBN 978-0-231-16384-2, Columbia University Press, pp. 54–55
- ↑ Magnus, Ralph H. (1998). «Afganistán en 1997: La guerra avanza hacia el norte». University of California Press. Asian Survey. 38 (2): 109-115. JSTOR 2645667. doi:10.2307/2645667
- ↑ Frank Clements (2003), Conflict in Afghanistan: A Historical Encyclopedia, ISBN 978-1-85109-402-8, ABC-CLIO, pp. 109–110
- ↑ Walter Schumann (2009), Gemstones of the World, ISBN 978-1-4027-6829-3, Sterling, p. 188