Inglês vernáculo afro-americano

Inglês vernáculo afro-americano (IVAA), também conhecido como inglês afro-americano, ou menos precisamente como inglês de negro, vernáculo de negro, inglês vernáculo de negro, Ebonics, inglês negro, é uma variedade afro-americana (dialeto, etnoleto, socioleto) do inglês estadunidense. Sua pronúncia, sob alguns pontos de vista, é similar ao inglês estadunidense sulista, que é falado por muitos afro-americanos e muitos não afro-americanos nos Estados Unidos. Existe pouca variação entre os que falam IVAA.[1] Diversos estudiosos das línguas crioulas, incluindo William Stewart, John Dillard e John Rickford, debatem que IVAA tem muitas características em comum com as línguas crioulas faladas pelas pessoas negras em grande parte do mundo e que o próprio IVAA é uma língua crioula.[2] Já foi sugerido que IVAA possui estruturas gramaticais em comum com línguas africanas do oeste da África ou até que IVAA é melhor descrita como uma língua baseada nos idiomas africanos, mas com palavras da língua inglesa.[3] Quem fala inglês vernáculo afro-americano é geralmente bidialetal. Assim como todas as formas linguísticas, o seu uso é influenciado pela idade, pela posição social, pelo assunto e pelo ambiente. Existem muitos usos literários dessa variedade de inglês, especialmente em literatura afro-americana.

Referências

  1. Labov, William (2001), p506-508, escrito em Oxford, Principles of Linguistic Change, II: Social factors, Blackwell, ISBN 0-631-17915-1 (em inglês)
  2. Wardhaugh, Ronald (2002), p.341. An Introduction to Sociolinguistics, Blackwell
  3. Smith, Ernie & Karen Crozier (1998), p.113-114. Ebonics Is Not Black English, "The Western Journal of Black Studies" 22: 109-116