Irineu Joffily (jornalista)
Irineu Joffily (Pocinhos, 15 de dezembro de 1843 — Campina Grande, 7 de fevereiro de 1902) foi um jornalista brasileiro.
Irineu Joffily | |
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Nome completo | Irineu Ceciliano Pereira da Costa[nota 1] |
Nascimento | 15 de dezembro de 1843[2] Pocinhos,[3] Paraíba |
Morte | 7 de fevereiro de 1902 (58 anos) Campina Grande, Paraíba |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Jornalista, político e escritor |
Exerceu ainda as funções de advogado, juiz de direito, deputado provincial e também enveredou, como historiador, pelos estudos da geografia, história e etnografia, publicando em 1892 o livro Notas sobre a Parahyba e, em 1893, Synopsis das Sesmarias da Capitania da Parahyba comprehendendo o territorio de todo o Estado do mesmo nome e parte do Rio Grande do Norte.[4][5] Como empreendedor fundou o jornal «Gazeta do Sertão».
Filho do pecuarista José Luís Pereira da Costa e Isabel Americana de Barros, Joffily nasceu na fazenda Lagedo, em Pocinhos, sendo descendente direto pela linha paterna dos primeiros povoadores dos sertões paraibanos, os Oliveira Ledo.[3] Iniciou seus estudos, aos 12 anos, no Colégio do Padre Rolim, em Cajazeiras.[4][nota 2]
Irineu foi nomeado promotor público de São João do Cariri em 1867 e, no ano seguinte, juiz municipal de Campina Grande. Ainda em 1868, se elegeu deputado provincial pelo Partido Liberal, no qual militaria até o final do Império. Foi eleito deputado geral em 1889, o que lhe daria o direito de tomar posse na Câmara dos Deputados, em 20 de novembro daquele ano, no Rio de Janeiro, a posse foi impedida pela Proclamação da República, que ensejou a volta de Joffily a sua terra natal.[6][7]
Joffily foi enterrado após seu falecimento no cemitério do Monte Santo, em Campina Grande. Em sua homenagem, foi dado seu a nome a uma rua da referida cidade.
Dentre os seus descendentes estão: Irineu Joffily (político), João Irineu Joffily (arcebispo), José Joffily Bezerra de Mello (político), José Joffily Filho (cineasta), Felipe Joffily (cineasta), Bernardo Joffily (jornalista).
Notas
- ↑ O sobrenome Joffily foi adotado em março de 1864, antes de concluir os estudos em direito, e é uma adaptação para o latim das palavras «filho de José», ou seja, Josephus Fillii.[1]
- ↑ Um dos nomes mais emblemáticos da família foi o do capitão-mor e administrador colonial Teodósio de Oliveira Ledo.[3]
Referências
- ↑ VIEIRA, Fernando Gil Portela (2011). «A História se Escreve com Documentos» (PDF). Universidade de São Paulo. Consultado em 11 de janeiro de 2015
- ↑ ABREU, João Capistrano de (1975). Ensaios e estudos: crítica e história, Volume 1. [S.l.]: Civilização Brasileira
- ↑ a b c GALLIZA, Diana Soares de (2000). Vida e obra de Irineu Joffily. [S.l.]: Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP). 19 páginas
- ↑ a b PIRES, Heliodoro; et al. (1991). Padre Mestre Inácio Rolim: um trecho da colonização do Norte brasileiro e o Padre Inácio Rolim. [S.l.]: Gráfica Estado do Piauí. 122 páginas
- ↑ Joffily, Irineu (1893). «Synopsis das Sesmarias da capitania da Parahyba comprehendendo o territorio de todo o estado do mesmo nome e parte do Rio Grande do Norte» (PDF). acervo.bndigital.bn.br. Parahyba: Typ. e Lith. a vapor - M. Henriques. Consultado em 23 de agosto de 2019
- ↑ JOFFILY, José. Entre a Monarquia e a República: idéias e lutas de Irenêo Joffily. Rio de Janeiro: Livraria Kosmos Editora, 1982.
- ↑ VIEIRA, Fernando Gil Portela (2019). «A História se escreve com documentos: A busca de Irineu Joffly pela verdade sobre a História de Branca Dias na Paraíba» (PDF). ANPUH. Anais do Simpósio. Consultado em 1 de junho de 2023