Isolacionismo
O Isolacionismo é uma linha política que um determinado país toma visando isolar-se[1] geograficamente, culturalmente e diplomaticamente das nações externas, a fim de assegurar sua integridade Nacional e recursos naturais.[2] Vários países aplicaram políticas isolacionistas em diferentes momentos da história. No mundo globalizado de hoje em dia, os únicos países que continuam adotando este tipo de política externa, são apenas a Coreia do Norte e o Butão.
Exemplos
editarEstados Unidos
editarUm exemplo clássico é o período da política externa dos Estados Unidos no século XIX e início do século XX, especialmente antes da Primeira Guerra Mundial. Durante esse tempo, os EUA evitavam alianças permanentes e intervenções em conflitos europeus, conforme ilustrado pela Doutrina Monroe de 1823, que advertia as potências europeias contra a intervenção nas Américas, enquanto prometia não interferir nos assuntos europeus.
Após a Primeira Guerra Mundial, os EUA retornaram a uma postura isolacionista, recusando-se a entrar na Liga das Nações e limitando sua participação em conflitos europeus até o ataque a Pearl Harbor em 1941, que os levou à Segunda Guerra Mundial.
Japão
editarPeríodo Edo (1603-1868): Durante o Xogunato Tokugawa, o Japão adotou uma política de isolacionismo estrito conhecida como sakoku, fechando suas fronteiras ao comércio e à influência estrangeira por mais de dois séculos, até a chegada do Comodoro Matthew Perry dos Estados Unidos em 1853.[3][4]
China
editarDurante certos períodos das dinastias Ming (1368-1644) e Qing (1644-1912), a China implementou políticas restritivas ao comércio exterior, visando proteger-se da influência estrangeira e manter o controle sobre o comércio marítimo[5]. O exemplo mais famoso é o fechamento dos portos ao comércio exterior durante o século XV e a restrição ao comércio europeu através de Cantão (atual Guangzhou) durante o século XVIII.
Coreia
editarDurante grande parte do período Joseon, a Coreia adotou uma postura isolacionista rigorosa, restringindo o contato com o exterior e limitando o comércio e a diplomacia a poucos parceiros, como a China e o Japão. Esse isolamento durou até o final do século XIX, quando pressões externas, especialmente do Japão, forçaram a abertura do país.[6]
Tibete
editarO Tibete, sob o governo do Dalai Lama e dos regentes budistas, manteve uma política de isolamento rigoroso, limitando o contato com o exterior e focando na preservação de sua cultura e religião. Essa política terminou com a invasão britânica em 1904 e a subsequente anexação pelo Império Qing da China.[7]
Albânia
editarIsolamento comunista: Sob o regime de Enver Hoxha, a Albânia adotou uma política de isolamento rigoroso do resto do mundo, especialmente após romper com a União Soviética e a China. Hoxha implementou uma política de autossuficiência extrema e construiu milhares de bunkers por todo o país em antecipação a uma invasão estrangeira.
Ver também
editar- ↑ Isolacionismo político não deve ser confundido com neutralismo
- ↑ file:///C:/Users/claud/Downloads/Dicionario_de_Politica_BOBBIO_Norberto.pdf
- ↑ https://coisasdojapao.com/2017/02/periodo-edo-a-idade-dourada-da-cultura-japonesa-cdj/
- ↑ https://history-maps.com/pt/story/Edo-Period
- ↑ https://aulazen.com/historia/a-dinastia-ming-origens-historia-economia-politica-resumo/
- ↑ https://www.academia.edu/36802600/A_Montanha_e_o_Urso_Uma_Hist%C3%B3ria_da_Coreia
- ↑ https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/costumes-exterminados-como-o-tibete-vivia-isolado-e-sob-sistema-feudal-ate-ser-invadido-pela-china.phtml