Jacquiniella

Jacquiniella
	; Jacquiniella globosa
Classificação científica
Domínio:	Eukaryota;
Reino:	Plantae;
Divisão:	Magnoliophyta;
Classe:	Liliopsida;
Ordem:	Asparagales;
Família:	Orchidaceae;
Género:	Iacquiniella;
Espécies
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Jacquiniella, ou melhor ainda Iacquiniella, é um género botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae). Foi proposto por Schlechter em Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis, Beihefte 7: 123-124, em 1920, sua espécie tipo é a Jacquiniella globosa antes descrita por Jacquin como Epidendrum globosum. O nome do gênero é uma homenagem ao autor da descrição da espécie tipo, Nikolaus Joseph von Jacquin, botânico austríaco do século XVIII.^[1]

Dispersão

Este gênero, com cerca de seis espécies epífitas de crescimento cespitoso e desordenado, geralmente pendente, ocorre do México ao sul do Brasil, em diferentes tipos de matas. Duas espécies registradas para o Brasil.

Descrição

As Iacquiniellæ são plantas com pseudobulbos caulinos redondos, de textura áspera, atingindo um palmo de comprimento, mas geralmente menores, com muitas curtas folhas bastante carnosas roliças ou levemente planas, dísticas, arqueadas, também de superfície áspera. inflorescência apical curta, uniflora ou fasciculada, com flores pequenas, que quase não se abrem, sucedendo-se uma após a outra.

As flores são pálidas amareladas ou esverdeadas, com sépalas na base concrescidas entre si; pétalas um pouco menores e mais estreitas que as sépalas, de forma lanceolada. Todos os segmentos posicionam-se voltados para a frente, abrindo muito pouco. O labelo é trilobado, com ápice agudo e lobos laterais um pouco erguidos, levemente translúcido, unido à coluna e de cor mais clara que os outros segmentos. Apresentam quatro polínias.

Notas taxonômicas

Em 1980, Senghas porpôs o gênero Briegeria em Die Orchideen 31(1): 29. com nome homenagem a Brieger, botânico alemão que foi professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz durante os anos 60 e 70. Este gênero vinha em substituição ao gênero Dressleriella invalidamente publicado por Brieger em 1977. Este gênero é agora considerado parte de Jacquiniella.

Este gênero, que agrupava cerca de seis espécies epífitas de crescimento cespitoso e desordenado, geralmente pendente, que ocorrem do México ao sul do Brasil, em diferentes tipos de matas, com duas espécies registradas para o Brasil, foi proposto para abrigar as espécies de Jacquiniella que em regra apresentam folhas muito lateralmente comprimidas formando uma espécie de leque como em Ornithocephalus, ou cujas flores abrem-se mais que em Jacquiniella por não apresentarem as sépalas concrescidas na base.

As Briegeria são plantas formadas por leques de folhas e Baínhas foliares carnosas planas, dísticas, gumiformes, pouco arqueadas, acuminadas, que na base escondem um pequeno pseudobulbo muito comprimido lateralmente, ou eventualmente teretiformes em pseudobulbos caulinos. A inflorescência brota no último terço antes da extremidade da folha central, é muito curta, uniflora ou fasciculada, com flores pequenas, sucedendo-se uma após a outra.

As flores são pálidas, esbranquiçadas, amareladas ou esverdeadas com pétalas bem menores que as sépalas, de forma lanceolada. As sépalas abrem-se bem mais que em Jacquiniella e as pétalas permanecem algo coniventes com a coluna. O labelo é trilobado, com ápice agudo e lobos laterais um pouco erguidos, unido à coluna. Apresentam quatro polínias.

Filogenia

Segundo a filogenia de Laeliinae publicada no ano 2000 em Lindleyana por Cássio van den Berg et al., Iacquiniella com Acrorchis e Briegeria, formam um pequeno clado inserido no clado maior de Scaphyglottis, e este grande clado entre os de Epidendrum e de Euchile e Meiracyllium. O trabalho de Van den Berg ainda é um estudo preliminar as conclusões finais poem ser outras, mas conforme seus resultados, resolveu-se propor a unificação de Briegeria e Iacquiniella.

Na realidade a maioria dos gêneros aliados a Scaphyglottis é confusa. Seus limites nunca foram bem estabelecidos e as espécies hora são atribuídas a um hora gênero, hora a outro. Mesmo as espécies são confusas e variáveis, algumas classificando-se melhor em complexos de espécies, com muitas intermediárias, que espécies claramente reconhecíveis.