James W. Horne
James Wesley Horne (San Francisco, 14 de dezembro de 1881 — Los Angeles, 29 de junho de 1942) foi um diretor, roteirista e ator de cinema estadunidense. Sua carreira teve início em 1913, como ator para a Kalem Company, sob a direção de Sidney Olcott, e após alguns anos dirigiu seu primeiro filme para a companhia. Dirigiu cerca de 214 filmes, atuou em 18, escreveu o roteiro de 46 e foi o produtor de 1 filme, Stingaree.[1]
James W. Horne | |
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“Who's Who in the Film World”, 1914 | |
Nome completo | James Wesley Horne |
Nascimento | 14 de dezembro de 1881 San Francisco, California |
Nacionalidade | Norte-americana |
Morte | 29 de junho de 1942 Los Angeles, Califórnia, EUA |
Ocupação | diretor de cinema |
Atividade | 1915-1942 |
Cônjuge | Cleo Ridgely (1916 - 29 de junho de 1942) (sua morte) |
Era muda
editarIniciando como ator, seu primeiro filmes foi The Cheyenne Massacre, em 1913.[2] Durante a era do cinema mudo, Horne especializou-se em cenas para filmes e seriados. Trabalhou inicialmente para a Kalem Company, a partir de 1915, e seu primeiro filme foi The Girl Detective,[3] em 1915, ficando na Kalem até 1917. The Social Pirates, em 1916, para a Kalem Company, foi o primeiro seriado que dirigiu. Antes dirigira (e também produzira) outra série, Stingaree[4], em 1915, porém eram doze episódios com histórias independentes, e não pode ser considerado, classicamente, um seriado.
Devido ao seu trabalho em The Cruise of the Jasper B, Buster Keaton o contratou para dirigir sua comédia de 1927, College. De lá, Horne se mudou para o estúdio de Hal Roach, onde trabalhou com Roach dirigindo Laurel and Hardy, Charley Chase e Our Gang.
Juntou-se ao Hal Roach Studios em 1928, dirigindo no ano seguinte o filme mudo com Laurel and Hardy, Big Business, que é considerado um clássico e foi um dos primeiros 100 filmes selecionados pela National Film Registry para a Library of Congress. Em 1931, incapaz de encontrar um ator apropriado para interpretar um chefe árabe em Beau Hunks, ao lado de Laurel e Hardy, fez ele próprio o personagem.[5] Deixou a Hal Roach em 1932, retornando em 1935, dirigindo em 1937 outro clássico, Way Out West.[1]
Horne também exibido uma aptidão para dirigir as versões de Roach em línguas estrangeiras. Deixou o Hal Roach Studios em 1932, durante uma recessão econômica que eliminou muitos postos de trabalho, e foi contratado pela Universal Pictures, onde, nos próximos anos, dirigiu algumas comédias obscuras e alguns seriados. Na Universal, dirigiu os seriados Bull's Eye, em 1917, e The Midnight Man, em 1919. Quando a Universal suspendeu a produção, Horne trabalhou brevemente na Columbia Pictures e voltou para Hal Roach Studios em 1935.
Seriados
editarEm 1937, a Columbia Pictures, observando a popularidade crescente dos seriados, decidiu investir neles. No início, a Columbia simplesmente pegou as produções independentes da “Adventure Serials”, dos Weiss Brothers, mas em 1938, a Columbia resolveu produzir seriados com seus próprios atores, técnicos e instalações. Especialista em seriados, Horne co-dirigiu (com Ray Taylor) o primeiro seriado da Columbia, The Spider's Web, estrelando Warren Hull, e que foi o seriado mais popular de 1938, superando os bem-recebidos Buck Rogers e Dick Tracy Returns por uma larga margem, de acordo com um registro publicado na The Motion Picture Herald.
O sucesso do seriado consolidou a posição de Horne no estilo serial, e dirigiu cliffhangers exclusivamente (sem assistência) para o resto de sua vida. Essa segurança de emprego parece ter incitado Horne a saciar o seu senso de humor, porque a maioria de seus seriados na Columbia são “irônicos”. Horne levava seus atores a desempenhar seus papéis para os três primeiros capítulos – estes seriam os episódios de amostra usados para vender o seriado para expositores. Em seguida, a partir do capítulo 4, Horne desviava do caminho melodramático, incentivando seus atores à encenações ridículas (o herói, por exemplo, iria lutar simultaneamente com seis bandidos e vencer). Horne manteve a ação séria o suficiente para satisfazer os fãs de ação e, na verdade, muitos dos seus perigos cliffhanging são eficazmente encenados. Mas o tom geral dos seriados de Horne é a narração urgente e a ação (a série de TV dos anos 1960, Batman, copiou o estilo de Horne). The Green Archer, que Horne co-escreveu e dirigiu, é provavelmente o mais irônico dos seus seriados.
O último seriado, na Columbia Pictures, foi Perils of the Royal Mounted, lançado em maio de 1942, um mês antes de seu falecimento.
Morte
editarJames W. Horne morreu em 29 de junho de 1942, de um Acidente vascular cerebral, e foi sepultado no Forest Lawn Memorial Park Cemetery em Glendale, Califórnia.
Em 1955, foi lançado como série de televisão “The Little Rascals”, um pacote de curta-metragens da série “Our Gang”, entre eles When the Wind Blows, de 1930, dirigido por James W. Horne.[6] Um dos atores, Jackie Cooper, casou com a filha de Horne, June Horne, em 1944.
História familiar
editarCom a atriz Cleo Ridgely[7], com quem casou em 1916, teve dois filhos gêmeos, June Horne[8] e James Wesley Horne Jr., também atores (nascidos em 28 de março de 1917). June faleceu em 1993 e James Jr. em 2009.[1].
James é sobrinho da atriz Georgia Woodthorpe [9], e tio do diretor George Stevens[10] e do cameraman Jack Stevens[11].
Filmografia
editarDiretor
editarRoteirista
editarAtor
editar- 1913 : Perils of the Sea
- 1913 : The Cheyenne Massacre
- 1913 : The Poet and the Soldier
- 1913 : On the Brink of Ruin
- 1913 : The Invaders
- 1914 : The Imp Abroad
- 1914 : The Invisible Power: Pianista
- 1914 : The Smugglers of Lone Isle
- 1915 : The Girl Detective : (Episódio #1)
- 1915 : The Affair of the Deserted House: Blaney
- 1915 : The False Clue
- 1915 : The Pitfall
- 1915 : Stingaree: Oswald
- 1931 : Beau Hunks: Chefe Riff Raff