Jeanne Mette
Jeanne Primitive Mette (Paris, 16 de março de 1867 — Paris, 9 de junho de 1955), mais conhecida pelo nome de casada Jane Catulle-Mendès, foi uma poetisa francesa. De setembro a dezembro de 1911, então viúva do escritor e poeta Catulle Mendès, visitou o Rio de Janeiro, encontrando uma cidade recém-emergida da reforma urbanística de Pereira Passos. Encantada com a cidade, sobretudo pela flora e belezas naturais, escreveu uma série de poemas de Amor ao Rio publicados em Paris em 1913 num volume intitulado La Ville Merveilleuse.[1]
Jeanne Mette | |
---|---|
Jane Catulle-Mendès en 1909. | |
Nascimento | 16 de março de 1867 6.º arrondissement de Paris |
Morte | 9 de junho de 1955 (88 anos) Paris |
Cidadania | França |
Cônjuge | Catulle Mendès |
Ocupação | poeta, escritora |
Distinções |
|
Assinatura | |
![]() | |

Biografia
editarJeanne Mette foi casada pela primeira vez com o industrial Louis Alexandre Boussac, com quem teve dois filhos, um dos quais o industrial Marcel Boussac. Divorciou-se ao fim de nove anos, em 1895, e do seu novo casamento, dois anos mais tarde, com o escritor Catulle Mendès, teve um filho, Jean Primice Catulle-Mendès, nascido a 10 de julho de 1896 no 16º arrondissement de Paris, que se alistou como voluntário em dezembro de 1914, para a duração da guerra, no 43.º Regimento de Artilharia. Morreu pela França em 23 de abril de 1917, no Chemin-des-Dames (Aisne) com o uniforme do 103.º Regimento de Artilharia Pesada.[2] Decidiu recuperar o corpo e escreveu La prière sur l'enfant mort (A oração sobre o menino morto).[3][4]
Fundou o Prémio Primice Catulle Mendès em 1922,[5] bem como o prémio em homenagem a Émile Verhaeren (Prémio Verhaeren). [6][7]
No Salon des artistes français de 1905, o escultor Émile Oscar Guillaume (1867-1954), amigo da poetisa, apresentou uma estatueta de bronze e marfim intitulada Portrait de Mme Jane Catulle-Mendès.[8] · [9]
Foi condecorada com o grau de cavaleiro da Legião de Honra a 14 de janeiro de 1925,[10] depois elevado ao grau de oficial a 21 de janeiro de 1936.[10] Era também cavaleiro da Ordem de Leopoldo (Ordre de Léopold).
Obras
editarEntre outras, é autora das seguintes obras:
- Les Charmes, E. Fasquelle, Paris, 1904
- Le livre de Cynthia : sonnets, Mercure de France, 1912[11]
- Le Cœur magnifique, Paris, A. Lemerre, 1909
- Les Petites confidences chez soi, Paris, E. Sansot, 1911 (I. L'attente au jardin. II. Le cœur promis. III. Le rêve alarmé)
- Les Sept Filleuls de Janou, intermède héroïque en vers, avec Léon Guillot de Saix, Paris, Sarah-Bernhardt, 21 de dezembro de 1915.
- Poèmes des temps heureux, Paris, E. Flammarion, 1924
- France, ma bien aimée, Amiens, E. Malfère, 1925
- Ton amour n'est pas à toi, Paris, A. Michel, 1927
- L'Amant et l'Amour (roman), Paris, Baudinière, 1932
- Sampiero Corso : 1498-1567, Paris, Robeur, 1938
- Poésie et patrie : le Chef et les siens, Paris, A. Michel, 1945
- La Bataille de Moscou, poème dramatique en un acte avec chœurs, Paris, Salle Pleyel, 25 de fevereiro de 1945.
- La Ville merveilleuse, Rio de Janeiro, poèmes, Paris, E. Sansot, s. d.
Referências
editar- ↑ Acte de décès (avec date et lieu de naissance) à Paris 8.º arrondissement, n.° 372, vue 8/31.
- ↑ «43e Artillerie, recrues en formation, 1915». verney-grandeguerre.com. 9 novembro 2022. Consultado em 27 agosto 2023.
- ↑ Corps perdus: corps retrouvés: Le corps de Primice.
- ↑ Prières sur l'enfant mort (extraits).
- ↑ Autographes – Livres - Gravures & Photographies JUIN 2013 N° 42 : Ladislas Kijno. LIBRAIRIE WILLIAM THÉRY 1 bis, place du Donjon 28800 - ALLUYES Tél. 02 37 47 35 63 E.mail : williamthery@wanadoo.fr : § 16.
- ↑ Les Poètes du Prix Verhaeren. Brux., Vigie, 1930
- ↑ Le livre à la mode
- ↑ Catalogue officiel de l'exposition : Explication des ouvrages de peinture et dessin, sculpture, architecture, gravure et lithographie des artistes vivants exposés au Palais des Champs-Elysées le 1.er mai 1905. Paris: Imprimerie Paul Dupont. 1 maio 1905. p. 274. 468 páginas
- ↑ Roland Biguenet (1 outubro 2020). Émile Guillaume, le sculpteur de la III République. Orthez: Publishroom Factory. p. 56. 211 páginas. ISBN 979-1023616309
- ↑ a b Base Léonore
- ↑ Lire en ligne sur Gallica