Pinheiro (futebolista)
João Carlos Batista Pinheiro, mais conhecido como Pinheiro (Campos dos Goytacazes, 13 de janeiro de 1932 – Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2011) foi um futebolista e treinador de futebol brasileiro, que atuou como zagueiro.[2][3]
Informações pessoais | |||||||||||||||||
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Nome completo | João Carlos Batista Pinheiro | ||||||||||||||||
Data de nasc. | 13 de janeiro de 1932 | ||||||||||||||||
Local de nasc. | Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil | ||||||||||||||||
Nacionalidade | brasileiro | ||||||||||||||||
Morto em | 30 de agosto de 2011 (79 anos) | ||||||||||||||||
Local da morte | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil | ||||||||||||||||
Altura | 1,87 m | ||||||||||||||||
Pé | destro | ||||||||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||||||||
Posição | treinador zagueiro | ||||||||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||||||||
Anos | Clubes | Jogos (golos) | |||||||||||||||
1947 1948–1963 1963 1964 |
Americano Fluminense Bonsucesso Bahia |
605 (51) | |||||||||||||||
Seleção nacional | |||||||||||||||||
1952–1955 | Brasil | [1] | 17 (1)|||||||||||||||
Times/clubes que treinou | |||||||||||||||||
1971–1972 1977 – 1985 1985 1987 1988 – 1993 1994 |
Fluminense Fluminense Americano Goytacaz Bangu America Botafogo América Mineiro Cruzeiro Fluminense |
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Carreira
editarComo jogador
editarZagueiro viril, de ótimo porte físico com seu 1,87 m de altura, sendo ainda bastante forte, se impôs como o xerife da zaga do Fluminense em 605 jogos (o segundo jogador que mais defendeu o Tricolor e que, durante doze anos, foi titular absoluto). Considerando além de sua participação como jogador a sua participação como técnico, Pinheiro foi aquele que mais defendeu as cores do Fluminense, com 722 jogos, o que não inclui nos números a sua ainda maior participação como técnico, das equipes inferiores, durante nove anos.[4][5]
A estreia de Pinheiro pelo time principal do Fluminense se deu na vitória por 2 a 1 sobre o Nacional do Uruguai, em 11 de agosto de 1949, no Estádio de Laranjeiras.[6]
Pelo Fluminense, como jogador, Pinheiro foi campeão carioca em 1951 e 1959, da Copa Rio de 1952, do Torneio Rio-São Paulo de 1957 e 1960, da Zona Sul da Taça Brasil de 1960, além de vários outros títulos de menor expressão.[7][5]
Antes de defender o Fluminense, Pinheiro atuou pelo Americano de sua cidade natal, tendo jogado neste clube como goleiro, zagueiro, meia e centroavante, saindo do Tricolor para o Bonsucesso em 1963.[8] Defendeu também a Seleção Brasileira principal em 17 jogos (11 vitórias, 3 empates, 3 derrotas e 1 gol marcado), sendo campeão dos Jogos Pan-Americanos de 1952 e da Taça Bernardo O'Higgins em 1955, como titular da seleção canarinho na Copa do Mundo FIFA de 1954, ostentando também o título de campeão sul-americano juvenil de 1949.[4][5][8]
Como treinador
editarAo terminar a sua carreira como jogador, Pinheiro trabalhou nas categorias de base do Fluminense como técnico em 1969, substituindo seu amigo Telê Santana, que foi promovido para os profissionais, ganhando diversos títulos a partir daí e revelando muitos jogadores para o Tricolor até o fim dos anos 1970, pelo menos. Conquistou três campeonatos cariocas da antiga categoria de juvenis, atuais juniores, em 1970, 1975 e 1976, além da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 1971, 1973 e 1977 e do Torneio de Nice de 1977.[9]
Pinheiro revelou vários jogadores relevantes para o clube e para a Seleção Brasileira de Futebol, notadamente na década de 1970, como o ex-zagueiro e técnico tricolor Abel Braga, Carlos Alberto Pintinho, Deley, Edevaldo, Edinho, Gilson Gênio, Kléber, Marquinhos, Mário, Nielsen, Robertinho, Rubens Galaxe e Zezé, entre outros.[4]
Como treinador no time principal do Fluminense, Pinheiro atuou em 119 jogos.[4]
Chegou a ser técnico profissional e dirigiu vários times com sucesso, como America do Rio, América Mineiro, Americano de Campos, Bangu, Botafogo, Cruzeiro e Goytacaz.[4]
Morte
editarPinheiro estava internado no Hospital Panamericano, na Tijuca, Zona Norte carioca, desde o dia 4 de julho, até que, no dia 30 de agosto de 2011, o ídolo tricolor veio a falecer por causa de um câncer de próstata que já o incomodava há alguns anos. Por este motivo, o Fluminense entrou em campo diante do São Paulo, no dia seguinte, com uma tarja preta na camisa, em cima do escudo, como demonstração de luto e pesar. O corpo de Pinheiro foi velado no Fluminense, que decretou luto oficial de sete dias.[10]
Títulos
editarComo jogador
editar- Fluminense
- Copa Rio: 1952
- Taça Brasil - Zona Sul: 1960
- Torneio Rio-São Paulo: 1957 e 1960
- Campeonato Carioca: 1951 e 1959
- Torneio Início do Campeonato Carioca: 1954 e 1956
- Taça Embajada de Brasil (Peru): 1950 (Sucre versus Fluminense)
- Taça Comite Nacional de Deportes (Peru): 1950 (Club Alianza Lima versus Fluminense)
- Taça General Manuel A. Odria (Peru): 1950 (Seleção de Arequipa versus Fluminense)
- Taça Adriano Ramos Pinto: 1952 (Copa Rio - Fluminense versus Corinthians)
- Taça Cinquentenário do Fluminense: 1952 (Copa Rio - Fluminense versus Corinthians)
- Taça Milone: 1952 (Copa Rio - Fluminense versus Corinthians)
- Taça Ramon Cool J (Costa Rica): 1960 (Deportivo Saprissa versus Fluminense)
- Taça Canal Collor (México): 1960) (Club Atlético San Lorenzo de Almagro-ARG versus Fluminense)
- Taça Embotelladora de Tampico SA (México): 1960 (Deportivo Tampico versus Fluminense)
- Taça Dínamo Moscou versus Fluminense: 1963
- Torneio José de Paula Júnior: 1952
- Copa das Municipalidades do Paraná: 1953
- Taça Folha da Tarde: 1949 (Internacional-RS versus Flu)
- Taça Casa Nemo: 1949
- Troféu Prefeito Acrisio Moreira da Rocha: 1949 (Fla-Flu)
- Taça Secretário da Viação de Obras Públicas da Bahia: 1951 (Esporte Clube Bahia versus Fluminense)
- Taça Madalena Copello: 1951 (Fla-Flu)
- Taça Desafio: 1954 (Fluminense versus Uberaba)
- Taça Presidente Afonsio Dorázio : 1956 (Seleção de Araguari-MG versus Fluminense)
- Taça Vice-Presidente Adolfo Ribeiro Marques: 1957 (Combinado de Barra Mansa versus Fluminense)
- Taça Cidade do Rio de Janeiro: 1957 (Fluminense versus Vasco)
- Taça Movelaria Avenida: 1959 (Ceará Sporting Club versus Fluminense)
- Taça CSA versus Fluminense: 1959
- Seleção Brasileira
Como treinador
editar- Fluminense (Base)
- Torneio de Nice: 1977
- Copa São Paulo de Futebol Júnior: 1971, 1973 e 1977
- Campeonato Carioca de Futebol Sub-20: 1970, 1975 e 1976
- Fluminense
- Taça Guanabara: 1971
- Copa Vale do Paraíba: 1977
- Troféu Teresa Herrera: 1977
- Torneio de Maceió de 1994: 1994
- Cruzeiro
- Bangu
- Taça Rio: 1987
Campanhas de destaque
editarComo treinador
editar- Goytacaz
- Fluminense
- Campeonato Carioca: 1972 (vice-campeão)
- América
Referências
- ↑ «Todos os brasileiros 1954». Folha de S.Paulo. 9 de dezembro de 2015. Consultado em 7 de maio de 2020
- ↑ «Que fim levou? PINHEIRO... Ex-zagueiro do Fluminense e Seleção Brasileira». Terceiro Tempo. Consultado em 17 de abril de 2024
- ↑ Museu dos Esportes. «Álbum do Futebol - Pinheiro». Arquivado do original em 27 de setembro de 2007
- ↑ a b c d e Jose Carlos Luck (11 de janeiro de 2018). «PINHEIRO: uma vida dedicada ao Fluminense». Memória do Esporte. Consultado em 7 de maio de 2020
- ↑ a b c «Pinheiro... madeira dura na batalha de Berna». Tardes de Pacaembu. 26 de dezembro de 2012. Consultado em 7 de maio de 2020
- ↑ Jornal LANCE!, página editada em 29 de outubro de 2018 e disponível em 2 de março de 2019.
- ↑ «Morre Pinheiro, ex-técnico e ex-zagueiro do Flu e da seleção brasileira». UOL Esporte. 30 de agosto de 2011. Consultado em 7 de maio de 2020
- ↑ a b Livro Vai dar zebra página 73, por José Rezende e Raymundo Quadros (2010).
- ↑ Revista Placar nº 383, de 26 de agosto de 1977, página 39, reportagem "Pinheiro é madeira de lei".
- ↑ Luana Trindade (3 de setembro de 2011). «Fluminense presta homenagem ao ídolo Pinheiro; ex-jogador faleceu na última terça-feira». UOL Esporte. Consultado em 7 de maio de 2020
Ligações externas
editar- Torneio Rio-São Paulo de 1957 - Site oficial do Fluminense, página disponível em 27 de julho de 2016.
- O Fluminense em 1956 (da Redação) - e 1957, página editada em 7 de junho de 2016 e disponível em 27 de novembro de 2016.
- Revista Placar nº 298, de 12 de dezembro de 1975, página 24 (seção: Garoto do placar) - O velho Flu invicto: já uma máquina em 57.
Precedido por Carlos Alberto Silva |
Técnico do Cruzeiro 1993 |
Sucedido por Ênio Andrade |