Joannes Cieremans

arquiteto português
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Joannes Cieremans, também referido em Portugal como João Pascácio Cosmander ou simplesmente Cosmander ('s-Hertogenbosch, 7 de abril de 1602Olivença, 18 de junho[1] de 1648), foi um matemático, engenheiro-militar e arquitecto neerlandês, membro da Companhia de Jesus.

Joannes Cieremans
Joannes Cieremans
Nascimento 7 de abril de 1602
's-Hertogenbosch
Morte 20 de junho de 1648 (46 anos)
Olivença
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação arquiteto, matemático
Retrato de Joannes Cieremans presente no Museu Militar do Forte de Santa Luzia em Elvas

Biografia

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No contexto da Restauração da independência portuguesa, a partir de 1640, ante a iminência de uma invasão espanhola, impôs-se a completa reestruturação das fortificações fronteiriças de Portugal, adaptando-se as estruturas ainda medievais às exigências da artilharia da época.

Neste contexto, Cosmander foi convidado por João IV de Portugal a trabalhar no país, tendo aceitado o cargo com a patente de Coronel de Engenheiros do Exército Português. Por essa altura também terá sido professor na “Aula da Esfera”, no Colégio de Santo Antão[2].

Após o início das hostilidades com a Espanha, estando os melhores fortificadores do país em serviço no Ultramar, Cosmander era o melhor especialista no reino, tendo sido encarregado, pelo Conselho de Guerra, de inspecionar o estado das fortificações de Lisboa e Setúbal.

São provavelmente de sua autoria a traça de duas das principais fortificações iniciadas para a defesa de Lisboa - o Forte de São João das Maias, o Forte de São Pedro de Paço de Arcos e o Forte de Santiago de Sesimbra, tendo trabalhado ainda nas obras do Forte de Santiago do Outão.[3]

Em 1643 encontrava-se já no Alentejo para onde fora enviado com Philipe Guitau e Rui Correia Lucas, na qualidade de engenheiro da província do Alentejo, constituindo uma Junta para disporem do que fosse necessário para a fortificação daquela província. A sua obra-prima é a Praça-forte de Elvas, que desenhou e construiu, tendo-se também distinguido na sua defesa, após o que foi nomeado Superintendente das Fortificações, o que lhe deu ascendência sobre os demais engenheiros, nomeadamente o Engenheiro-mor do Reino, Charles Lassard, que era considerado menos competente que Cosmander.[4]

No Alentejo trabalhou nas seguintes fortificações:

Entretanto, como era bastante criticado pelos seus pares religiosos pelos seus serviços militares, em 1646 deixa de ser padre e sai da Companhia de Jesus[5].

Depois, em 1647, quando trabalhando nas obras da Praça-forte de Olivença, foi surpreendido pelos espanhóis quando se deslocava de Estremoz para Elvas, para o lado dos quais se passou, em ato de traição à Coroa portuguesa. Dirigindo em seguida ataque contra os portugueses em Olivença, então governada por D. João Telo de Meneses, foi atingido mortalmente por um tiro, ao tentar forçar uma porta que sabia mais fácil de entrar, a 18 ou 20 de Junho de 1648[6][7].

Referências

Bibliografia

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  • NUNES, António Lopes Pires. Dicionário de Arquitetura Militar. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2005. 264p. il. ISBN 972-8801-94-7

Ligações externas

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