João de Coimbra, Príncipe de Antioquia

Príncipe de Antioquia

O Infante D. João de Coimbra (1431 ou 1437[1]-1457), também conhecido simplesmente por João de Coimbra ou João de Portugal, era o segundo filho varão do infante D. Pedro, Duque de Coimbra, e de Isabel de Urgel.

João de Coimbra

Príncipe de Antioquia.
João de Coimbra, Príncipe de Antioquia
João de Coimbra, Príncipe de Antioquia

Príncipe de Antioquia
 
Nascimento 1431
  , Reino de Portugal
Morte 1457 (26 anos)
  Nicósia, Reino de Chipre
Pai Pedro de Portugal
Mãe Isabel de Urgel
Religião Catolicismo romano
Brasão de D. João de Coimbra, combinado as armas dos seus avós paternos (Portugal e Inglaterra) com as da herança de sua mulher (Jerusalém, Chipre, Armênia, Lusignan).


Biografia

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Embora possa não ter tomado parte na batalha de Alfarrobeira, onde o exército de seu pai foi derrotado pelo exército real português, pois era muito novo, foi feito prisioneiro, estando destinado a ser executado. Contudo, devido à intervenção da sua mãe e o irmão mais velho, fugiu primeiramente para Castela[2]. Depois ficou exilado, juntamente com sua irmã Beatriz de Coimbra, para o Ducado de Borgonha onde a sua tia, Isabel de Portugal, casada com o duque Filipe III, o Bom, os recebeu e protegeu[3].

Em pouco tempo o seu tio duque se afeiçoou a ele, pela sua inteligência, carácter e bravura, que o queria sempre ao seu lado.

Participou no cerco de Audenarde, a 15 de Abril de 1452; na peleja que se feriu entre Vasselle e Rupplemonde, a 9 de Junho do mesmo ano; na conquista de Gâvres e no cerco de Gand onde dias depois[4]. Em 22 de Junho de 1453, foi armado cavaleiro pelo tio. Tomando parte no dia seguinte na batalha de Gavere, já nessa qualidade e comandando oito homens à sua guarda[2].

Igualmente entrou no torneio e histórico banquete do «Voeu du Faisan», que se realizou em Lille a 27 de Fevereiro de 1454[4].

Como homem de confiança do duque, integrou o Grande Conselho que Filipe III instituíra para apoiar o seu filho Carlos, durante a regência, para que o duque pudesse participar em Ratisbona na reunião convocada pelo Imperador Frederico III, onde se debateu uma nova cruzada contra os Turcos[5].

Tendo-se dado uma vaga na Ordem do Tosão de Ouro, com a morte de Hue de Lannoy, no capitulo de 2 de Maio de 1456, em Haia, é designado para a ocupar[4].

Com o desejo de dar início de novas cruzadas, por situação estratégica, com o consentimento do primo D. Afonso V de Portugal e do tio borgonhês, casou em 21 de dezembro de 1456 com Carlota de Lusignan (1444-1487), Princesa de Chipre e da Cilícia[6], estando seu pai prisioneiro dos turcos, tornando-se então Príncipe (titular) de Antioquia, sendo regente do Reino de Chipre e do Reino Arménio da Cilícia.

Instaurou o rito latino na Igreja[1] e acabou por morrer sem descendência depois que foi envenenado pela madrasta de sua mulher.

Foi sepultado em Nicósia tendo o túmulo o seu Brasão de Armas[3].

Apesar de ser conhecido como João de Coimbra, isso não significa que ele tenha herdado o ducado do seu pai. De facto, o título de 2º Duque de Coimbra foi, mais tarde, atribuído a seu sobrinho-neto, o Infante D. Jorge de Lencastre.

Um dos seus retratos foi pintado por Rogier Van Der Weyden, que está num museu real da Bélgica e está representado com o colar do Tosão de Ouro ao pescoço[4].

Referências

Bibliografia

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  • Nobreza de Portugal e Brasil, Vol. I, pág. 270/271. Publicado por Zairol Lda., Lisboa, 1989

Ligações externas

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