Joana Gama
Joana Gama (Braga, 1983) é uma pianista portuguesa.[1][2] Tem-se distinguido pelo trabalho em torno da obra do compositor francês Erik Satie.
Joana Gama | |
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Nascimento | 1983 (41 anos) Braga |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | pianista, bailarina |
Instrumento | piano |
Página oficial | |
https://www.joanagama.com/ | |
Percurso
editarIngressou no Conservatório de Música de Braga com apenas 5 anos. Por volta da mesma altura, iniciou também os estudos de ballet, algo que considerou fundamental na sua abordagem mais física e corporal ao instrumento musical.[3]
De 2005 a 2009, trabalhou frequentemente com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.[3]
Em 2010, sob a orientação de António Rosado, concluiu o Mestrado em Interpretação na Universidade de Évora.[1][4] Em 2017, na mesma instituição, defendeu a tese de doutoramento “Estudos Interpretativos sobre música portuguesa contemporânea para piano: o caso particular da música evocativa de elementos culturais portugueses”.[1][4]
Obra
editarJoana Gama e a Obra de Satie
editarA primeira vez que a pianista interpretou a obra de Erik Satie foi em 2010, nos Dias da Música, do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.[5] Em 2016, esteve envolvida no projecto "SATIE.150 – Uma celebração em forma de guarda-chuva", que assinalou o 150º aniversário do nascimento do compositor francês e contou com o apoio da Antena 2. A iniciativa incluiu mais de uma dezena de recitais em várias localidades portuguesas e europeias, bem como uma palestra de contexto escolar sobre o compositor, de modo a divulgar a sua vida e obra. No ano seguinte, o concerto que deu no CCB no âmbito da iniciativa é editado no álbum "SATIE.150", contando com o apoio da GDA.[4][6]
Em 2019, a pianista regressou à obra de Satie com o disco "Arcueil".[2][5] Inspirado pelo subúrbio onde Satie viveu durante os últimos 27 anos da sua vida, o álbum contou, ainda, com composições de Marco Franco, Federico Mompou, John Cage, Morton Feldman e do Vítor Rua. O álbum, que também se materializou sob a forma de um livro, incluiu textos e desenhos de vários convidados.[2][5]
Gama desenvolveu, ainda, um recital comentado dirigido ao público infantil intitulado "Eu gosto muito do Senhor Satie".[2]
Joana Gama e a Dança
editarA pianista esteve envolvida em vários espectáculos de dança, como "Danza Ricercata" e "27 Ossos", de Tânia Carvalho; "Trovoada", de Luís Guerra; "Pele" da companhia Útero; e "Nocturno", uma cocriação com Victor Hugo Pontes.[1] Em 2019, a sua performance "Home Sweet Home", com a composição de Vítor Rua, foi elogiada pelo jornal Público pela sua interpretação física.[7]
Reconhecimentos e Prémios
editarReferências
editar- ↑ a b c d «Biografia Joana Gama». Fundação Calouste Gulbenkian. Consultado em 21 de maio de 2020
- ↑ a b c d «Pianista Joana Gama fecha capítulo em torno de Erik Satie com álbum "Arcueil"». RTP. 1 de dezembro de 2019. Consultado em 21 de maio de 2020
- ↑ a b «Joana Gama. A pianista fala dos seus projetos em entrevista.». Xmusic. 9 de novembro de 2016. Consultado em 22 de maio de 2020
- ↑ a b c «Biografia de Joana Gama». Casa da Música. Consultado em 21 de maio de 2020
- ↑ a b c Costa, Maria João (23 de dezembro de 2019). «Pianista Joana Gama lança disco, que é também um livro, em diálogo com Erik Satie». Rádio Renascença. Consultado em 21 de maio de 2020
- ↑ «SATIE.150 | Joana Gama». Bandcamp. Consultado em 23 de maio de 2020
- ↑ Vieira, André Borges (28 de setembro de 2019). «Joana Gama leva para o palco uma casa de som desenhada por Vítor Rua». Público. Consultado em 22 de maio de 2020
- ↑ «Pianista Joana Gama atua no festival Fringe na Escócia». Notícias ao Minuto (Lusa). 1 de agosto de 2019. Consultado em 29 de maio de 2020
- ↑ «Concerto de laureados do Prémio Jovens Músico transmitido pela RTP2 no dia de Natal». RTP Notícias. 17 de dezembro de 2008. Consultado em 28 de maio de 2020