Joaquim Cardeira da Silva
Joaquim Francisco Rijo Cardeira da Silva ComA (Lagos, 4 de Dezembro de 1920 — Lagos, 21 de Janeiro de 1999), foi um militar português.
Joaquim Cardeira da Silva | |
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Dados pessoais | |
Nome completo | Joaquim Francisco Rijo Cardeira da Silva |
Nascimento | 4 de dezembro de 1920 Lagos |
Morte | 21 de janeiro de 1999 (78 anos) Lagos |
Vida militar | |
País | Portugal |
Força | Exército |
Hierarquia | Coronel |
Honrarias | Comendador da Ordem Militar de Avis |
Biografia
editarPrimeiros anos e família
editarNasceu na anhtiga Freguesia de Santa Maria, na cidade de Lagos, em 4 de Dezembro de 1920, sendo filho de Ana da Glória Rijo Cardeira da Silva e de Elias Cardeira da Silva.[1]
Carreira militar
editarSeguiu a tradição militar da sua família, tendo-se inscrito no Colégio Militar, onde concluiu o curso com a patente de sargento-cadete, em 1939.[1] Em seguida, frequentou a Faculdade de Ciências de Lisboa, como aluno da Escola do Exército.[1] Quando terminou o curso, possuía a categoria de aspirante a oficial, tendo sido destacado para Lagos.[1] Durante a Segunda Guerra Mundial, foi transferido para os Açores, e em 1944 foi colocado em Faro, cidade onde serviu durante cerca de catorze anos, inicialmente no Regimento de Infantaria, e depois como comandante da Guarda Fiscal do Algarve.[1] Em seguida, ocupou a posição de 2.º comandante da Região Sul da Guarda Fiscal, em Évora, sendo em 1960 colocado numa comissão de serviço no Estado Português da Índia.[1]
Em Goa, serviu no Comando do Agrupamento de Alparqueiros, junto à cidade de Vasco da Gama, tendo acompanhado, até à rendição, o governador Vassalo e Silva.[1] Foi prisioneiro durante seis meses no quartel no qual tinha comandado, tendo regressado a Portugal em 1962.[1] Realizou uma comissão de serviço em Angola, na fronteira Norte de Cabinda, e posteriormente comandou o Regimento de Infantaria de Abrantes e o Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria, em Tavira.[1] Voltou depois a Angola, onde serviu junto a São Salvador do Zaire.[1]
Em seguida regressou à metrópole, onde exerceu como comandante do Corpo de Alunos do Colégio Militar entre 1967 e 1968.[1] Terminou a sua carreira militar em 1976, como presidente do conselho administrativo da Academia Militar,[1] com o posto de coronel. Em Lagos, foi presidente do núcleo local da Liga dos Combatentes e dedicou-se à realização de actividades culturais e históricas, como a Comissão dos Descobrimentos, Associação do Grupo Coral, Festival Internacional de Música do Algarve, e a Escola de Música de Lagos.[1] Também foi sócio da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.[1]
Família e morte
editarFaleceu na cidade de Lagos, em 21 de Janeiro de 1999.[1] Estava casado com Liliette dos Anjos Pisa Carracha Correia Maltez Cardeira da Silva, com quem teve cinco filhos.[1]
Prémios e homenagens
editarEm 19 de Julho de 1962, foi homenageado com a patente de Comendador na Ordem Militar de Avis.[1][2] O nome de Coronel Cardeira da Silva foi colocado numa rua da cidade de Lagos.[1][3]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r FERRO, 2007:406-408
- ↑ «Entidades Nacionais agraciadas com Ordens Nacionais». Presidência da República Portuguesa. Consultado em 30 de Dezembro de 2018
- ↑ «Freguesia de São Sebastião» (PDF). Câmara Municipal de Lagos. Consultado em 29 de Março de 2019. Arquivado do original (PDF) em 23 de Setembro de 2015
Bibliografia
editar- FERRO, Silvestre Marchão (2007). Vultos na Toponímia de Lagos 2.ª ed. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN 972-8773-00-5