Joaquim Abranches
Joaquim José de Andrade e Silva Abranches GCC • ComA • GOMAI (Viseu, 23 de Fevereiro de 1888 - 20 de Abril de 1939) foi um militar, engenheiro militar e político português.
Joaquim José de Andrade e Silva Abranches | |
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Ministro(a) de Obras Públicas e Comunicações | |
Período | 1936 até 1938 |
Antecessor(a) | Duarte Pacheco |
Sucessor(a) | Manuel Rodrigues |
Ministro da Guerra (interino) | |
Período | 1936 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 23 de fevereiro de 1888 Viseu |
Morte | 20 de abril de 1939 (51 anos) |
Nacionalidade | Portugal |
Serviço militar | |
Graduação | Tenente-coronel |
Condecorações | Ordem Nacional da Legião de Honra Medalha da Cruz de Guerra Ordem Militar de São Bento de Avis Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito |
Biografia
editarNascimento e formação
editarNasceu em Viseu, no dia 23 de Fevereiro de 1888.[1][2]
Frequentou a Universidade de Coimbra e a Escola Militar, onde tirou o curso de engenharia em 1912.[1][2]
Carreira militar
editarEntrou no exército em 10 de Agosto de 1904, tendo sido promovido a alferes da arma de engenharia em 1912, e a tenente no ano seguinte.[2]
Em 1917, estava integrado no Corpo Expedicionário Português, tendo exercido como tenente do Batalhão de Sapadores de Caminhos de Ferro; e entrado na Batalha de La Lys, em 1918.[1] Nesse ano, é promovido a capitão, e regressa a Portugal.[2] Em 1923, passa a major, e, em 1938, atinge o posto de tenente-coronel.[2][1]
Carreira política e profissional
editarExerceu como Ministro das Obras Públicas e Comunicações entre 1936 e 1938, e como Ministro interino no Ministério da Guerra[1][2]
Também ocupou as posições de adjunto na Direcção-Geral da divisão de Sul e Sueste dos Caminhos de Ferro do Estado, e de inspector-geral e director da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta; destacou-se, nesta última posição, pela sua conduta durante uma greve dos maquinistas, tendo chegado a conduzir uma locomotiva.[1]
Foi, igualmente, sócio efectivo da Associação de Engenheiros Civis Portugueses, membro da 2.ª Direcção-Geral do Ministério da Guerra, delegado aos Congressos Internacionais de Caminhos de Ferro de Madrid e do Cairo, e delegado às Conferências Internacionais do Tráfego Ferroviário.[2]
Entre 1924 e 1925, foi nomeado para a direcção da empresa da Revista Militar, e, entre 1934 e 1935, trabalhou como secretário da mesa da Assembleia geral.[2] Em 1938, inscreve-se na Ordem dos Engenheiros.[2]
Apresentou, igualmente, uma comunicação sobre caminhos de ferro, no I Congresso da União Nacional.[2]
Morte
editarJoaquim Abranches morreu na sua residência, em 20 de Abril de 1939.[1][2]
Condecorações e homenagens
editarApós a sua morte, foi homenageado na imprensa lisboeta.[1]
Foi condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra, e com os graus de Comendador da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e de Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra pela sua conduta durante a Primeira Guerra Mundial.[2][1][3] Foi, igualmente, agraciado, sendo na altura ainda Major, com os graus de Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis a 21 de Dezembro de 1929, de Grande-Oficial da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial a 5 de Outubro de 1932 e de Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo a 18 de Junho de 1937.[4]
Família
editarO Tenente-coronel Eng.º Joaquim José Andrade e Silva Abranches era irmão do Dr. Luís Carlos de Andrade e Silva Abranches (1882-1935), advogado; de Maria Emília Carlos de Andrade e Silva Abranches, casada com o Dr. Herculano Jorge Ferreira, advogado, coronel do Exército, governador Civil do Distrito do Porto; e de Isabel de Andrade e Silva Abranches, casada com o Dr. Pedro José da Cunha, secretário das Finanças de Viseu.
Eram todos filhos do Dr. Joaquim José de Andrade e Silva, advogado, 1.º presidente dos Bombeiros Voluntários de Viseu, e de sua mulher Claudina de Abranches de Lemos e Menezes (1853-1939), irmã do General Eng.º Silvério de Abranches de Lemos e Menezes.[5]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i «Os nossos mortos: Tenente-Coronel Joaquim Abranches» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1234). 158 páginas. 16 de Maio de 1939. Consultado em 21 de Janeiro de 2013
- ↑ a b c d e f g h i j k l «Joaquim José de Andrade e Silva Abranches» (PDF). Assembleia da República. Consultado em 21 de Janeiro de 2013
- ↑ «Cidadãos Nacionais com Ordens Estrangeiras». Ordens Honoríficas Portuguesas. Consultado em 21 de Janeiro de 2013
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Joaquim José de Andrade e Silva Abranches". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 1 de agosto de 2015
- ↑ SOVERAL, Manuel Abranches de – “Sangue Real”, Porto 1998, ISBN 972-97430-1-0
Precedido por Duarte Pacheco |
Ministro das Obras Públicas e Comunicações 1936 - 1938 |
Sucedido por Manuel Rodrigues Júnior |