Joaquim Timóteo de Oliveira Penteado
Nascido em 1879, na cidade paulista de Descalvado[1], Joaquim Timóteo de Oliveira Penteado dirigiu, a partir de 1920, as obras do trecho entre Caieiras e Campinas, da Estrada Velha de Campinas, atual Rodovia Tancredo de Almeida Neves (SP-332), durante o governo estadual de Washington Luís, em São Paulo, [2]. À frente da Inspetoria de Estradas de Rodagem, foi o primeiro a empregar o revestimento de concreto em uma rodovia, no caso, o novo traçado do Caminho do Mar (SP-148)[3].
Em 18 de janeiro de 1927, foi convidado para atuar como engenheiro-chefe da comissão para construção da antiga estrada Rio-São Paulo. Em 25 de março, a comissão foi fundida ao grupo responsável pela construção da Rio-Petrópolis, dando origem à Comissão Construtora de Estradas de Rodagem Federais (CERF), subordinada ao Ministério da Viação e Obras Públicas[4]. Em 1929, o ministro Victor Konder designa Penteado para participar da delegação brasileira no 2º Congresso Panamericano de Estradas de Rodagem, em 16 de agosto, no qual apresentou a tese "O sistema rodoviário brasileiro e a rodovia Pan-Americana"[5][6].
Em 28 de janeiro de 1930, há o registro de que um de seus irmãos, Afonso Maria de Oliveira Penteado, junto a Bento Lucas Cardoso, ofereceu uma ação (participação societária) da Companhia Paulista de Estradas de Ferro ao Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito de São Paulo[7].
Após a extinção da CERF em 06 de janeiro de 1931, pelo governo provisório fruto da insurreição de dois meses antes, o nome de Timóteo volta a aparecer, mediante sua efetivação como Diretor-Geral do Departamento de Estradas de Rodagem, em 11 de março de 1939[8].
Percorreu a Estrada Velha de Itu/Estrada dos Romeiros junto a Afonso d'Escragnolle Taunay, João Batista da Costa (pintor) e Oliveira Vianna[9].
Falecido em 19 de outubro de 1950, foi homenageado com a denominação póstuma de uma praça, no bairro do Butantã, em São Paulo/SP[10][11][12]. É o patrono da cadeira nº 118 da Academia Nacional de Engenharia[13].
Referências
editar- ↑ http://www2.camara.sp.gov.br/projetos/1952/00/00/0A/5T/00000A5TF.PDF
- ↑ https://www.obrasraras.usp.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/3100/Revista_FD_vol29_1933.pdf
- ↑ Silva, Barone (terça-feira, 22 de fevereiro de 2011). «A Maravilhosa Aventura Humana na Face da Terra: 9376 - HISDTÓRIA DO TRANSPORTE DE TRAÇÃO ANIMAL NO BRASIL». A Maravilhosa Aventura Humana na Face da Terra. Consultado em 18 de janeiro de 2025 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «Relatorio do Ministerio da Viação e Obras Publicas (RJ) - 1910 a 1927 - DocReader Web». memoria.bn.gov.br. Consultado em 18 de janeiro de 2025
- ↑ «:::[ DocPro ]:::». memoria.bn.gov.br. Consultado em 18 de janeiro de 2025
- ↑ Moacir M. F. Silva (1949). Geografia dos transportes no Brasil. Biblioteca do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro. [S.l.]: Serviço Geográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Rio de Janeiro
- ↑ «Correio Paulistano». memoria.bn.gov.br. 28 de janeiro de 1930. Consultado em 18 de janeiro de 2025
- ↑ «:::[ DocPro ]:::». memoria.bn.gov.br. Consultado em 18 de janeiro de 2025
- ↑ Afonso d'Escragnolle Taunay. «Antiqualhas de São Paulo, 3ª parte. De São Paulo a Itu.» (PDF). Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. XLVIII: p. 48. Consultado em 18 de janeiro de 2025
- ↑ «Exposição de motivos» (PDF). Consultado em 18 de janeiro de 2025
- ↑ «Projeto de Lei nº 444/52» (PDF). Projeto de Lei (444). 1952. Consultado em 18 de janeiro de 2025
- ↑ «Lei Municipal 4.390/53» (PDF). Câmara Municipal de São Paulo. 17 de junho de 1953. Consultado em 18 de janeiro de 2025
- ↑ BRASIL, ANE. «Patronos». Academia Nacional de Engenharia. Consultado em 18 de janeiro de 2025