Jogos incrementais
Jogos incrementais (também conhecidos como o jogos ociosos ou jogos de clicar) são jogos eletrônicos, cuja jogabilidade consiste na execução de ações simples, como clicar na tela repetidamente ("grinding") para ganhar a moeda corrente do jogo.[1] Em alguns desses jogos clicar se torna desnecessário depois de algum tempo, e o jogo começa a "se jogar sozinho"[2] daí o apelido de "jogos ociosos".
Um jogo incremental (melhor conhecido como um idle game) é um jogo eletrônico que foca-se no jogador realizar uma ação simples e repetitiva para ganhar uma forma de moeda[1] que pode então ser usada para comprar ou fazer upgrades nos personagens e habilidades dentro do jogo.[3][4] Um tema comum é ter fontes baseadas em tempo de renda exibidas como "construções", como fábricas ou fazendas. Alguns jogos incrementais requerem que os jogadores coletem múltiplas moedas para progredir no jogo.
O jogos incrementais ganharam popularidade em 2013 depois do sucesso do Cookie Clicker,[3] apesar de que jogos como Cow Clicker e Candy Box já tinham sido criados anteriormente baseados nos mesmos princípios.
Jogabilidade
editarEm um incremental game, o jogador executa ações muito simples – normalmente, apertar um botão – o que, por sua vez, recompensa o jogador com recursos. O jogador, então, pode gastar esses recursos, para comprar itens ou habilidades que permitam ao jogador ganhar recursos mais rapidamente, ou automaticamente, sem precisar mais realizar a ação inicial.[3][4] Um tema recorrente é dar para o jogador fontes de recurso baseadas em tempo, chamadas de "construções", como fábricas ou fazendas. Essas fontes aumentam a frequência da produção de recursos, mas fontes de níveis mais altos normalmente tem um custo exponencialmente maior, então evoluir de um nível para o outro normalmente custa a mesma quantidade de tempo, ou até um tempo maior.
Alguns jogos possuem um sistema de recomeçar, onde o jogador recomeça o progresso no jogo, e ganha alguma outra forma de moeda. Essa nova moeda é comumente usada para se ganhar bônus globais que não desaparecem após o reinicio, permitindo o jogador alcançar partes mais custosas do jogo. Incremental games variam no quesito de condições de vitória. Incremental games variam sobre ter ou não uma condição de vitória. Jogos como Cookie Clicker permitem ao jogador interagir indefinidamente, enquanto jogos como Candy Box! ou Universal Paperclips contém finais que são alcançados quando os jogadores chegam a um certo patamar nos jogos, alguns tem objetivo de serem agradáveis como The King Cat Clicker onde o objetivo é coletar visuais interessantes para gatos.
História
editarOs Incremental games ganharam popularidade em 2013 após o sucesso do Cookie Clicker, embora jogos anteriores como o Cow Clicker e o Candy Box! foram baseados nos mesmos princípios. Em 2015, a imprensa de games observou que esses jogos se espalhavam na plataforma de distribuição de jogos Steam, com títulos como Clicker Heroes.[2]
Recepção
editarNathan Grayson, do site Kotaku, atribuiu a popularidade dos idle games à sua capacidade de fornecer distrações pouco desafiadoras, que se encaixam facilmente na rotina diária das pessoas, enquanto usam temas e estética de jogos mais sofisticados, com a intenção de atrair um público "core gamer". Grayson também notou que o gênero permitia uma grande variedade de mecânicas e temas de jogos, como fantasia, ficção científica e literatura erótica, para fornecer profundidade suficiente sem entediar os jogadores[5]
Justin Davis, da IGN, descreve o gênero como sendo focado numa sensação infindável de escalada, à medida que melhorias e itens caros se tornam rapidamente disponíveis, apenas para se tornarem desnecessários e serem substituídos novamente. Isso leva jogador a se sentir poderoso e fraco ao mesmo tempo na busca de progresso exponencial.[6]
Julien "Orteil" Thiennot (criador de jogos como Cookie Clicker ) descreveu suas próprias obras como "não-jogos".[7] No início de 2014, a Orteil lançou uma versão inicial do Idle Game Maker , uma ferramenta que permite que jogos ociosos personalizados sejam feitos sem o conhecimento de codificação.[8]
Historicamente, alguns programas de PC chamados Mouse Auto Clickers são usados para enganar a taxa de cliques humanos em videogames, por exemplo, jogos de cookies. Os aplicativos típicos de clique automático são RPG AutoClicker Professional e The Fastest Mouse Clicker for Windows.
Referências
- ↑ a b «Candy Box game needs a stupid app». Phones Review. 8 de maio de 2013. Consultado em 27 de maio de 2015
- ↑ a b Grayson, Nathan (18 de maio de 2015). «Clicker Heroes Is Super Popular On Steam... For Some Reason». Kotaku. Consultado em 31 de julho de 2015. Arquivado do original em 12 de setembro de 2017.
You can also “ascend” to essentially start over, but you’ll unlock more special powers in the process.
- ↑ a b c Sankin, Aaron (12 de fevereiro de 2014). «The most addictive new game on the Internet is actually a joke». The Daily Dot. Consultado em 17 de junho de 2014
- ↑ a b King, Alexander (22 de maio de 2015). «Numbers Getting Bigger: What Are Incremental Games, and Why Are They Fun». tuts+. Consultado em 8 de junho de 2015
- ↑ Grayson, Nathan (30 de julho de 2015). «Clicker Games Are Suddenly Everywhere On Steam». Kotaku. Consultado em 31 de julho de 2015. Arquivado do original em 31 de julho de 2015
- ↑ Davis, Justin (10 de outubro de 2013). «Inside Cookie Clicker and the Idle Game Move». IGN. Consultado em 2 de abril de 2014
- ↑ Crecente, Brian (30 de setembro de 2013). «The cult of the cookie clicker: When is a game not a game?». Polygon. Consultado em 1 de novembro de 2013
- ↑ «Idle Game Maker Documentation». Idle Game Maker Handbook. Consultado em 10 de julho de 2014
Bibliografia
editar- «Playing to Wait: A Taxonomy of Idle Games» (PDF). Proceedings of the 2018 CHI Conference on Human Factors in Computing Systems. doi:10.1145/3173574.3174195. Arquivado do original (PDF) em 28 de outubro de 2018
- Alharthi, Sultan A.; et al. (janeiro de 2018). The Pleasure of Playing Less: A Study of Incremental Games through the Lens of Kittens. [S.l.: s.n.] doi:10.1184/R1/6686957.v1. Arquivado do original em 19 de fevereiro de 2018