Jorge Moll
Jorge Moll é um neurocientista brasileiro e diretor-presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, que tem como sua principal mantenedora a Rede D'Or São Luiz. Em 2009, foi eleito membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências.[1][2][3][4]
Jorge “Gito” Moll | |
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Nascimento | 14 de janeiro de 1971 Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasil |
Ocupação | Neurocientista Diretor-presidente do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino |
Biografia
editarMoll é fundador e coordenador da Unidade de Neurociência Cognitiva e Comportamental do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, instituição sem fins lucrativos que tem como linhas de pesquisa neurociência, medicina intensiva, medicina interna, oncologia e pediatria.[5][6]
Em 1994, Moll formou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, especializando-se em neurologia três anos depois. Em 2003, terminou o doutorado em Ciências (Fisiologia Humana) pela Universidade de São Paulo e, em 2007, concluiu o pós-doutorado nos National Institutes of Health, em Maryland, nos Estados Unidos, onde se especializou na área de neurociência cognitiva.[7]
A partir de estudos clínicos em pacientes com distúrbios neuropsiquiátricos e experimentos de ressonância magnética funcional, Moll desenvolve pesquisas em suas principais áreas de estudo: bases neurais do comportamento e da cognição moral, neurociência & psicologia social, emoções morais e comportamento anti-social.
No meio acadêmico, Moll é conhecido por suas pesquisas que abordam o julgamento e emoções morais e as respostas do cérebro humano às ações de generosidade.[8] Em 2006, concebeu e conduziu um inovador estudo que analisou como o cérebro humano se comporta ao realizar atos de generosidade. O estudo, financiado pelo Instituto Nacional de Desordens Neurológicas e Doenças Cerebrovasculares, nos Estados Unidos, foi o primeiro a examinar as bases biológicas de atos de doação e altruísmo no cérebro humano.[9][10][11][12]
Entre 2012 e 2018, juntamente com outros cientistas brasileiros, conduziu uma série de estudos que desvendaram as bases neurais de sentimentos de apego e ternura, do pertencimento a grupos sociais, assim como sua modulação utilizando interfaces cérebro-máquina. Além disso, demonstrou como decisões altruístas podem ser alteradas por lesões cerebrais focais em veteranos da guerra do Vietnam. Tais estudos foram publicados em periódicos científicos como o Journal of Neuroscience, Nature Reviews Neuroscience, Human Brain Mapping e Brain, entre outros. Tais estudos também contribuíram para o entendimento de distúrbios psiquiátricos como a depressão e a psicopatia.[13][14][15]
Referências
editar- ↑ «Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino». Catraca Livre
- ↑ «Para neurociência, motivação não é fator principal em mudança de hábitos». Folha de S. Paulo
- ↑ «Trabalhos voluntários estão associados a longevidade e menor risco de doenças». Extra
- ↑ «Neuroimaging of soccer fans' brain reveals neural basis of ingroup altruistic motivation» (em inglês). ScienceDaily
- ↑ «Após ser arrematada em leilão judicial, Beneficência Portuguesa se tornará complexo médico e de ensino». O Globo
- ↑ «Pesquisadores brasileiros descobrem área cerebral responsável pelo sentimento de apego à família». Veja
- ↑ «JORGE NEVAL MOLL NETO». Escavador
- ↑ «O poder da generosidade». Isto É
- ↑ «Mente sem segredos». Isto É
- ↑ «Neurocientistas brasileiros desvendam como o cérebro processa valores como o altruísmo». O Globo
- ↑ «If It Feels Good to Be Good, It Might Be Only Natural» (em inglês). Washington Post
- ↑ «Our Basic Human Pleasures: Food, Sex and Giving» (em inglês). The New York Times
- ↑ «Pesquisa liga área do cérebro à sensação de apego». Estadão
- ↑ «Neural fingerprints of altruism» (em inglês). ScienceDaily
- ↑ «Altruistic decisions following penetrating traumatic brain injury» (em inglês). Brain