Jorge Pinto
Jorge Pinto (Porto, 1952) é um ator e encenador português, com carreira no teatro, televisão e cinema.[1]
História
editarNasceu na cidade do Porto, em 1952.[1] Foi aluno no Teatro Universitário do Porto, onde estudou com Óscar Cruz, Correia Alves e David Armité, e no Teatro Experimental do Porto com Júlio Castronuovo, M. Shelly e Augusto Boal.[1]
Em 1970 iniciou a sua carreira como actor, na Rádio Televisão Portuguesa.[1] Entre 1974 e 1985 fez parte da companhia do Teatro Experimental do Porto, tendo igualmente trabalhado com os teatros e as companhias TEAR, Os Comediantes, Seiva Trupe, Teatro Nacional de São João e a Casa da Música.[1] Colaborou com grandes figuras da encenação nacional, como Moncho Rodriguez, Julio Castronuovo, Roberto Merino, Rogério de Carvalho, Fernanda Lapa, Toni Servillo, Jorge Silva Melo, Ricardo Pais, João Grosso, Nuno Carinhas e Carlos Pimenta.[1] Destaca-se pela sua carreira abrangendo várias facetas do teatro, sendo, além de actor, também formador, autor, cenógrafo, encenador e tradutor de peças de teatro.[1] Em 1977 começou a exercer como professor de teatro no ensino oficial, tendo igualmente ensinado na Academia Contemporânea do Espectáculo, no Balleteatro e noutras instituições no Norte do país, e sido responsável pelo Curso Superior de Teatro da Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto.[1] Em 1996 foi um dos fundadores da Sociedade de Actores Ensemble,[2] onde exerce como director, em conjunto com a actriz Emília Silvestre.[1] Nesta companhia também exerceu como intérpetre, por exemplo na produção Meio Corpo no Teatro Viriato em 2015,[2] e no espectáculo Próspero em 2021,[3] e como encenador, por exemplo na peça A Passagem.[2] Um dos seus papéis mais destacados foi o do rei Lear numa adaptação da peça de William Shakespeare, que foi apresentada no Teatro Nacional de São João, em 2016, com encenação de Rogério de Carvalho.[4] Foi considerado pelo crítico teatral Jorge Louraço Figueira como «o actor ideal para interpretar a personagem do Rei Lear em modo simultaneamente cómico e trágico», uma vez que era «capaz de aliar a vaidade do Lear inicial à exposição ao ridículo dos passos seguintes».[5]
Também fez trabalhos para a televisão, incluindo a participação em várias peças de teatro e séries, além de dobragens e traduções.[1] Fez igualmente carreira no cinema, tendo estado junto de realizadores de renome, como Joaquim Leitão, Daniel Schmidt, Margarida Cardoso, José Ávila e Margarida Gil.[1]
Carreira
editar- O Ser Sepulto - (1976) - Homem do Jornal
- Um Táxi na Cidade - (1981) - Rapaz (Episódio: A Passagem do Testemunho)
- Relação Fiel e Verdadeira - (1987) - Aires
- Zwischensaison - (1992) - Cozinheiro do Restaurante
- A Viúva do Enforcado - (1993)
- Os Andrades - (1994) - "Idalino Baptista"
- Clube Paraíso - (1994)
- Uma Vida Normal - (1994) - Queirós
- Adão e Eva - (1994) - Deputado
- Tentação - (1997) - Promotor
- Major Alvega - (1999) - Stalin/Schroder
- O Meu, O Teu e o Nosso - (1999) - Mário Carneiro
- Almeida Garrett - (2000) - Mousinho da Silveira
- Elsa, Uma Mulher Assim - (2001) - Vladimir
- A Costa dos Murmúrios - (2004) - General
- Até Amanhã, Camaradas - (2005) - Gaspar
- Triângulo Jota - (2006) - Pai de Nuno (Episódio: Guardado no Coração)
- A Esperança Está Onde Menos Se Espera - (2009) - presidente do clube na Damaia
- Sol de Inverno - (2013)
- Santa Bárbara - (2015) - Venâncio - episódio 5
- O Rei Lear (peça de teatro, TNSJ) (2016) - Rei Lear
- Bad Investigate (2018) - Diretor geral Adjunto
- Verão M (2018) - Óscar Pinto Lopes
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k «Jorge Pinto / Actor». Ensemble. Consultado em 5 de Outubro de 2022
- ↑ a b c Dossiê de Imprensa (PDF). Viseu: Teatro Viriato. Setembro de 2015. p. 28, 33. Consultado em 5 de Outubro de 2022
- ↑ SILVA, Ana Patrícia (20 de Abril de 2021). «Obras de reabilitação do Coliseu do Porto arrancam em 2022». Time Out. Consultado em 4 de Outubro de 2022
- ↑ ANDRADE, Sérgio C. (30 de Junho de 2016). «Rei Lear, uma tragédia dos nossos dias». Público. Consultado em 11 de Outubro de 2022
- ↑ FIGUEIRA, Jorge Louraço (12 de Julho de 2016). «O grande ritual da transmissão». Público. Consultado em 11 de Outubro de 2022