Jornal Nacional – A Notícia Faz História
Jornal Nacional – A Notícia Faz História é um livro produzido pelo Memória Globo, escrito por Ana Paula Goulart Ribeiro[1] e publicado em 2004 pela Editora Zahar em comemoração aos 35 anos do Jornal Nacional.[2] Trata-se do segundo livro dentre quatro sobre o telejornal: o primeiro de Cláudio Mello e Souza "15 Anos de História" (1984), o terceiro de William Bonner "Jornal Nacional – Modo de Fazer" (2009) e o quarto novamente da TV Globo "JN – 50 anos de Telejornalismo" (2019).[3]
Conteúdo
editarPor cinco anos, o Memória Globo realizou uma pesquisa com mais de 2.000 fitas. O livro traz as reportagens mais significativas, entrevistas com mais de 200 apresentadores e editores, fotos em preto-e-branco e informações sobre os bastidores técnicos do principal telejornal da TV Globo.[2]
Recepção crítica
editarEm avaliação pela Folha de S.Paulo, a jornalista Bia Abramo considerou que a "pesquisa rigorosa não esconde o tom oficialista". Por um lado, Abramo considera que o trabalho produziu "material valioso para a pesquisa em televisão". No entanto, haveria um "movimento de reescrever a história sob a égide da pureza da verdade", exemplificado pela justificativa em "injunções históricas" para a pouca cobertura das Diretas Já e pela "tática de desorientação" sobre a edição do debate entre Fernando Collor e Lula na eleição presidencial no Brasil em 1989.[2]
Recepção acadêmica
editarDesde a sua publicação, Jornal Nacional – A Notícia Faz História é utilizado como referência para estudos acadêmicos a respeito da comunicação televisiva e do impacto do Jornal Nacional sobre a sociedade brasileira, tanto monografias[1][4] quanto artigos científicos.[5][6][7][8][9]
Referências
- ↑ a b Mendes, Conrado M. (2006). O falar do Jornal Nacional: produção e recepção de um sotaque de natureza ideológica (PDF) (Monografia). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais. 104 páginas
- ↑ a b c Abramo, Bia (18 de setembro de 2004). «"Jornal Nacional: A Notícia Faz História": Livro reescreve a história dos 35 anos». Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de julho de 2023
- ↑ Stycer, Mauricio (1 de setembro de 2019). «Documento inédito apresenta nova versão sobre a criação do Jornal Nacional». UOL. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ Batista, Ana P. R. (2009). Atrás da bancada: trajetória dos apresentadores e modo de endereçamento do Jornal Nacional (PDF) (Monografia). Salvador: Universidade Federal da Bahia. 64 páginas
- ↑ Siqueira, Fabiana; Freire, Débora F. da S.; Souza, Vagner C. (30 de dezembro de 2021). «O lugar da dramaticidade no Jornal Nacional: um estudo sobre técnicas e ferramentas utilizadas na cobertura da pandemia de Covid-19». Universidade Federal de Juiz de Fora. Lumina. 15 (3): 94-111. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ Alves, Pedro E. R.; Carvalho, Larissa A. (9 de junho de 2018). «A cobertura do telejornal "Jornal Nacional", uma análise dos casos Teori e Alcaçuz / The coverage of the telejornal "Jornal Nacional", an analysis of the cases Teori and Alcaçuz». Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora. Brazilian Applied Science Review. 1 (2): 24-34. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ Silva, Kimberly; Boaventura, Luís (5 de julho de 2018). Quão nacional é o Jornal Nacional? Uma análise sobre o primeiro telejornal em rede do Brasil (PDF). XX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ Sousa, Li-Chang S. C. S. (2015). «O mapa cultural do Brasil pelas lentes do Jornal Nacional: recortes da brasilidade». Universidade Católica de Brasília. Esferas (5): 61-69
- ↑ Redü, Natália S.; Negrini, Michele (8 de agosto de 2016). «A morte no Jornal Nacional: o olhar de jornalistas sobre a apresentação do Caso Bernardo». UFPB. temática (8): 199-214