José Augusto Seabra
José Augusto Baptista Lopes e Seabra GCM (São João da Pesqueira, Vilarouco, 24 de fevereiro de 1937 — Paris,[1][2][3] 27 de maio de 2004) foi um poeta, ensaísta, professor, diplomata e político português.
José Augusto Seabra | |
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José Augusto Seabra | |
Ministro(a) de Portugal | |
Período | IX Governo Constitucional
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Antecessor(a) | João José Fraústo da Silva |
Sucessor(a) | João de Deus Pinheiro |
Dados pessoais | |
Nascimento | 24 de fevereiro de 1937 Vilarouco, São João da Pesqueira |
Morte | 27 de maio de 2004 (67 anos) Paris, França |
Biografia
editarLicenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1961. Combateu o Salazarismo e exilou-se em França, de onde saiu depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo sido um destacado militante do PSD. Iniciado maçon, pertenceu à Loja União, do Porto, do Grande Oriente Lusitano. Em Paris foi funcionário da UNESCO e desenvolveu estudos de Literatura, na École Pratique des Hautes Études. Sob a orientação de Roland Barthes doutorou-se na Universidade de Paris III, apresentando a tese Fernando Pessoa: do poemodrama ao poetodrama, depois publicada em Portugal e no Brasil.
De 1974 a 1985 foi professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República, pelo Partido Social Democrata[4], viria a ocupar o cargo de Ministro da Educação no IX Governo Constitucional, do chamado Bloco Central (1983-1985)
A partir de 1985 foi embaixador na UNESCO e, depois disso, diplomata nas Embaixadas de Portugal em Nova Delhi, em Bucareste e Buenos Aires.[1][2][5]
O seu nome encontra-se na lista de colaboradores da publicação académica Quadrante [6] (1958-1962).
A 23 de dezembro de 1992, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito.[7]
Funções governamentais exercidas
editar- IX Governo Constitucional
- Ministro da Educação[2]
Principais obras publicadas
editarPoesia
editar- 1961 - A Vida Toda
- 1967 - Os Sinais e a Origem
- 1972 - Tempo Táctil
- 1977 - Desmemória
- 1980 - O Anjo
- 1985 - Gramática Grega
- 1990 - Fragmentos do Delírio
- 1990 - Do Nome de Deus
- 1993 - Enlace, em colaboração com Norma Tasca
- 1996 - Sombras de Nada
- 1997 - Amar a Sul
- 1999 - Conspiração da Neve
- 2001 - Oximoros
- 2002 - Tangos Mentais[2]
Ensaio
editar- 1974 - Fernando Pessoa ou o Poetodrama
- 1980 - Poética de Barthes
- 1985 - O Heterotexto Pessoano
- 1986 - Cultura e Política ou a Cidade e os Labirintos
- 1994 - Poligrafias Poéticas
- 1993 - Edição crítica de Mensagem e Poemas Esotéricos, de Fernando Pessoa
- 1996 - O Coração do Texto / Le Coeur du Texte
- 1998 - Tradução de Poemas de Mallarmé lidos por Fernando Pessoa[2]
- - A Identidade Cultural Portuguesa, Um Personalismo Universalista[8]
Autobiográfica
editar- De Exílio em Exílio, vol. I : Resistências e Errâncias (1953-1963). Porto : Fólio Edições, 2004. ISBN 978-972-8700-22-5
Referências
- ↑ a b PINHO, Arnaldo de. José Augusto Seabra na página do Camões : Instituto da Cooperação e da Língua. Consultado em 12 de fevereiro de 2019.
- ↑ a b c d e AA. VV. Quatro décadas de educação : 1962>2005. Lisboa : Secretaria Geral do Ministério da Educação, 2008. ISBN 978-972-729-062-8 pp. 199-204.
- ↑ «Faleceu José Augusto Seabra». PÚBLICO. Consultado em 12 de dezembro de 2015
- ↑ José Augusto Seabra na página da Assembleia da República. Consultado em 12 de fevereiro de 2019.
- ↑ SOARES, Mário. «Prefácio», 14 de julho de 2004. Consultado em 12 de fevereiro de 2019.
- ↑ Ana Cabrera. «Ficha histórica:Quadrante – a revolta de uma elite perante a crise da universidade» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de março de 2015
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Augusto Seabra". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 17 de julho de 2019
- ↑ A Identidade Cultural Portuguesa - Um Personalismo Universalista, José Augusto Seabra (Embaixador de ·Porlugal na UNESCO)
Precedido por João José Fraústo da Silva (como ministro da Educação e das Universidades) |
Ministro da Educação IX Governo Constitucional 1983 – 1985 |
Sucedido por João de Deus Pinheiro |