José Augusto da Silva Ramos
José Augusto da Silva Ramos (Garanhuns, 15 de Dezembro de 1946) é um médico e político brasileiro.[1]
José Augusto da Silva Ramos | |
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Secretário da Saúde de Diadema | |
Período | 1983 até1988 |
Prefeito de Diadema | |
Período | 1 de janeiro de 1989 até 31 de dezembro de 1992 |
Antecessor(a) | Gilson Luiz Correia de Menezes |
Sucessor(a) | José de Filippi Júnior |
Deputado Federal por São Paulo | |
Período | 1 de fevereiro de 1995 até 31 de janeiro de 1998 |
Deputado Estadual de São Paulo | |
Período | 15 de março de 1999 até 14 de março de 2011 |
Vereador de Diadema | |
Período | 1 de janeiro de 2013 até 31 de dezembro de 2016 |
Dados pessoais | |
Nome completo | José Augusto da Silva Ramos |
Nascimento | 15 de dezembro de 1946 (78 anos) Garanhuns, PE, Brasil |
Alma mater | Universidade Federal de Pernambuco |
Cônjuge | Maridite Cristóvão Gomes de Oliveira |
Partido | PT (1983–1997) PPS (1997–2002) PSDB (2002–presente) |
Profissão | Médico |
É formado em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-graduado em medicina preventiva na Universidade de São Paulo (USP). Foi secretário da Saúde de Diadema entre 1983 e 1998, posteriormente eleito prefeito entre 1989 e 1992. Também foi deputado federal por São Paulo entre 1995 e 1998 e deputado estadual por três mandatos: de 1999 a 2011.[2] Em 2012, foi candidato a vereador de Diadema, sendo o mais votado daquela eleição. [3]
Primeira gestão (1989-1992)
editarEm seu primeiro mandato sofreu crises na área da habitação, provocadas por membros radicais de seu próprio partido. No início de agosto, o diretor de planejamento urbano da prefeitura de Diadema, Lício Lobo Junior, incentivou a invasão de áreas privadas. Em 3 de agosto de 1989, cem pessoas lideradas pelo vice-prefeito Antônio Geraldo Justino (PT)- "Tonhão" e pelos vereadores Manoel Boni e Romildo Raposo (ambos do PT) invadiram uma área pública íngreme de 150 mil m2 logo batizada como "Buraco do Cazuza". Ao saber da invasão, Ramos pediu a reintegração de posse da área (pois a mesma já estava reservada para projetos habitação visando atender aos moradores sem teto da cidade previamente cadastrados). No dia 9 de agosto, o vice Tonhão e os vereadores Boni e Raposo lideraram uma invasão do paço municipal com dezenas de manifestantes (moradores da área invadida), exigindo a revogação do pedido de reintegração. O prefeito Ramos negou e foi quase linchado, sofrendo diversas agressões.[4]
Por conta das agressões ao prefeito, a direção do PT decidiu expulsar o vice-prefeito Tonhão (que anos mais tarde acabou demitido do estado após participar de agressões ao então governador Mário Covas e à presidente da Apeoesp, Professora Bebel, durante a greve dos professores de 2000[5]) e os vereadores Raposo e Boni.[6] Posteriormente Manuel Boni (sem partido) se envolveu em um novo conflito. Durante a reintegração de posse de uma área no Jardim Inamar em 11 de dezembro de 1990, Boni e os sem-teto enfrentaram a polícia militar, resultando na morte de 2 sem-teto enquanto Boni teve uma das mãos decepadas por uma bomba de gás lacrimogênio lançada pela polícia.[7]
Vida pessoal
editarÉ casado com a médica Maridite Cristóvão Gomes de Oliveira, ex-diretora do Departamento de Saúde de Diadema, com quem teve 5 filhos. [1]
Referências
- ↑ a b «José Augusto da Silva Ramos». FGV CPDOC. Consultado em 12 de junho de 2019
- ↑ «Dep. José Augusto». Consultado em 19 de junho de 2019
- ↑ «Folha de S.Paulo - Poder - Especial - 2012 - Eleições - Apuração 1° Turno». eleicoes.folha.uol.com.br. Consultado em 2 de julho de 2021
- ↑ «Prefeito do PT apanha de invasores de terra». Folha de S.Paulo, Ano 69, edição 22044, Caderno Cidades, página C1. 10 de agosto de 1989. Consultado em 17 de outubro de 2019
- ↑ Alencar Izidóro (3 de junho de 2000). «Tonhão ataca os partidos». Folha de S.Paulo, ano 80, edição 25994, Caderno Cotidiano, página C4. Consultado em 17 de outubro de 2019
- ↑ «PT expulsa três filiados em Diadema por invasão». Folha de S.Paulo, Ano 69, edição 22059, página 6. 25 de agosto de 1989. Consultado em 17 de outubro de 2019
- ↑ Adriana Bruno (21 de maio de 1997). «Diadema teve dois mortos em 1990». Folha Online-Banco de Dados/Cotidiano