JE (jornalista)
José Eduardo Macedo Soares (1882-1967), também conhecido por JE, foi um jornalista brasileiro que militou dos anos 1920 aos anos 1950 na imprensa e, sendo tratado como "o príncipe dos jornalistas brasileiros".[1] Não há ainda biografia publicada sobre José Eduardo, apesar dos dois livros[2] já existentes sobre o Diário Carioca, jornal de que foi fundador e proprietário, mas em matéria publicada no Jornal Folha de S.Paulo em 25 de dezembro de 2005 por Luís Nassif, intitulada O Príncipe dos Jornalistas Brasileiros, podemos saber mais a seu respeito.
José Eduardo Macedo Soares | |
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Busto de Macedo Soares localizado na Praça da República, na cidade de São Paulo | |
Nome completo | José Eduardo Macedo Soares |
Nascimento | 1882 |
Morte | 1967 (85 anos) |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Jornalista |
Luís Nassif recorda, por exemplo, a origem de José Eduardo: a família Macedo Soares, da aristocracia fluminense, sendo ele sobrinho de Antônio Joaquim de Macedo Soares, o Conselheiro Macedo Soares, a quem tinha como modelo, conforme também nos conta Cecília Costa no livro Diário Carioca: o jornal que mudou a imprensa brasileira. O pai de José Eduardo, também José Eduardo, segundo Cecília Costa, era formado em farmácia e teve uma vida mais parcimoniosa do que o filho e do que seu irmão, o Conselheiro, bem como seus demais irmãos mais velhos: foi professor e pedagogo, criando seu próprio colégio, o Colégio Macedo Soares, em São Paulo, por onde passariam crianças e jovens de tradicionais famílias deste Estado, que lhe renderam obituários nos jornais paulistas e cariocas quando de sua morte, em 1918.
Ainda segundo Luís Nassif, JE demitiu-se da Marinha para fundar O Imparcial, jornal que criou antes do Diário Carioca, o DC. Atacado O Imparcial, com o valor da indenização, e o apoio de seu grande amigo Horácio Carvalho, JE criou o Diário Carioca. Nassif revela ainda aspectos íntimos de JE: sua suposta homossexualidade, sua fina ironia no jornalismo que praticou, a frugalidade do apartamento em que vivia, não obstante estivesse rodeado por obras de arte, sua intuição para o jornalismo, tendo tido como chefe de redação Pompeu de Souza e como chefe de reportagem Luiz Paulistano em seu jornal, além de nomes como Prudente Moraes Neto (como Pedro Dantas), Paulo Mendes Campos, Sérgio Porto e Armando Nogueira entre seus colaboradores.
José Eduardo era irmão de José Carlos de Macedo Soares, primo de Edmundo de Macedo Soares e Silva e pai de Lota de Macedo Soares.
Referências
- ↑ Folha: O "príncipe" dos jornalistas
- ↑ COSTA, Cecília. Diário Carioca: o jornal que mudou a imprensa brasileira. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2011 <Disponível em http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_obrasgerais/bndigital0001.pdf > PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Diário Carioca: o máximo de jornal no mínimo de espaço. Rio de Janeiro: Cadernos da Comunicação-Série Memória, 2003 <Disponível em http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4204434/4101418/memoria9.pdf>