José Emílio Lopes
José Emílio dos Santos Pinto Lopes (Faro, 14 de Outubro de 1915 — Lisboa, 20 de Fevereiro de 1981), foi um botânico e professor português.
José Emílio Lopes | |
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Nascimento | 14 de Outubro de 1915 Faro |
Morte | 20 de Fevereiro de 1981 Lisboa |
Nacionalidade | português |
Ocupação | Botânico e professor |
Biografia
editarNasceu na cidade de Faro, em 14 de Outubro de 1915.[1] Fez os estudos preparatórios no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, e em 1940 licenciou-se em Lisboa, no curso de ciências biológicas.[1] Em 1946 concluiu o doutoramento.[1]
Foi nomeado como assistente extraordinário na Faculdade de Ciências de Lisboa, e em 1942 passou a segundo assistente do grupo de botânica, ascendendo a primeiro assistente em 1946.[1] No ano seguinte tornou-se bolseiro para estudar fora de Portugal, período durante o qual trabalhou na Sorbonne, em Paris.[1] Passou igualmente pelo laboratório de fitopatologia da Estação Agronómica Nacional, e pelo laboratório de Patologia Vegetal e Microbiologia do Instituto Superior de Agronomia, além de diversas instituições no estrangeiro.[1] Em 1952 publicou o artigo Alterações micológicas em obras de arte executadas em madeira no Boletim do Museu Nacional de Arte Antiga, estando então integrado no Departamento de Micologia do Instituto Botânico de Lisboa.[2]
Em 1952 tornou-se professor agregado, sendo promovido a professor extraordinário em Agosto de 1955, e posteriormente a professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.[1] Durante alguns anos foi director do Instituto de Investigações Científicas de Moçambique.[1] Participou em vários congressos científicos, tanto em Portugal como no estrangeiro, nomeadamente em Estocolmo, Copenhaga, Lyon e Belfast.[1] Fez parte de diversas instituições científicas nacionais e internacionais, e publicou um grande número de trabalhos científicos.[1]
Faleceu em 20 de Fevereiro de 1981, aos 65 anos de idade, na cidade de Lisboa.[1] O funeral realizou-se na Basílica da Estrela, tendo o corpo sido depositado no Cemitério dos Prazeres.[1]
Obras publicadas
editar- Cariological studies on the Aloinae Chromosomic set and chromatic agglutination of the species of the section Coarctatae of the genus Haworthia (Faculdade de Ciências de Lisboa, 1946)
- Variation on the antibiotic power of the Hymenomycetes with the different stages of their life cycle (Faculdade de Ciências de Lisboa, 1946)
- An attempt to explain the differences of antibiotic power in the different isolations of the same species of the Hymenomycetes (Faculdade de Ciências de Lisboa, 1948)
- On the Polyporaceae of Portugal (Faculdade de Ciências de Lisboa, 1949)
- The presence or absence of clamp connections in the species of Polyporaceae (com Manuela Farinha) (Faculdade de Ciências de Lisboa, 1950)
- Memórias do Instituto de Investigação Científica de Moçambique (Instituto de Investigação Científica de Moçambique, 1960)
- Fotossíntese Aspectos Biofísicos e Bioquímicos (Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, 1964)
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l «Necrologia» (PDF). Correio do Sul. Ano LXII (3080). Faro. 12 de Março de 1981. p. 2. Consultado em 12 de Dezembro de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve
- ↑ «Alterações micológicas em obras de arte executadas em madeira». Boletim do Museu Nacional de Arte Antiga. Ano II (3). Lisboa. 1952. p. 52-53. Consultado em 12 de Dezembro de 2024 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa