José Marques da Cruz
José Maria Marques da Cruz (Famalicão, Cortes, 15 de novembro de 1888 — São Paulo, 23 de dezembro de 1958) foi um professor, historiador da literatura e escritor luso-brasileiro, professor da Universidade de São Paulo.
José Marques da Cruz | |
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Nascimento | 15 de novembro de 1888 Cortes |
Morte | 23 de dezembro de 1958 (70 anos) São Paulo |
Residência | Brasil |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | professor universitário, escritor, historiador |
Distinções | |
Empregador(a) | Universidade de São Paulo |
Como escritor adotou os pseudônimos de Zoroastro e Fulgêncio Claro.
Biografia
editarEra filho de Francisco Marques da Cruz e Maria Joaquina Marques da Cruz; realizou os estudos fundamentais em Leiria Leiria e secundário em Castelo Branco; em 1908 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.[1]
Quando na faculdade, para auxiliar as despesas, dava aulas num liceu; pouco após sua vinda ao Brasil participa de um sarau em casa de Alfredo Loureiro da Cruz, amigo de seu primo Alves Pinto e filho do Visconde de Rio Tinto (e que não lhe tinha parentesco, apesar do mesmo sobrenome), onde conhece sua filha Laura por quem se fascina, casando-se com ela pouco tempo depois a 17 de abril de 1913 (ela então aos dezesseis anos e ele com vinte e quatro).[2]
Na capital paulista começou a carreira no magistério no Ginásio Macedo Soares e a seguir também no Colégio Stafford (de 1914 a 1948), no Instituto Mackenzie (1915 a 1918), Instituto Ciências e Letras entre outros como o Ginásio Oswaldo Cruz onde foi fundador e diretor em 1915, chegando mesmo a ser proprietário do Externato Marques da Cruz, entre 1921 a 1926 dentre muitas instituições em que lecionou.[2]
Havendo chegado ao Brasil em 1912, na capital paulista onde se radicou foi membro da Academia Paulista de Ciências e Letras e do Instituto Histórico e Geográfico; em 1943 tomou parte da Reforma Ortográfica e em 1957, já aposentado da Universidade de São Paulo, saudou a visita do presidente português Francisco Higino Craveiro Lopes ao Brasil com a publicação de versos laudatórios à pátria em que nasceu, ao país e ao estado onde vivia.[3] Foi examinador da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a convite do governo brasileiro que também o agraciou com a Ordem do Cruzeiro do Sul como oficial, e professor na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da mesma instituição.[1]
Homenagens
editarNa capital paulista dá nome à Escola Estadual Prof. José Marques da Cruz, situada no bairro de Vila Formosa.[4] Dá nome a rua nesta cidade, no bairro do Brooklin (Rua Professor Doutor José Marques da Cruz).
Bibliografia do autor
editarPublicou o professor Marques da Cruz mais de trinta livros, dos quais se destacam as seguintes obras:
- Toda a Musa, 1965.
- Português Prático: Gramática (sete edições entre 1952-1966)
- O soneto: origem e finalidade (a estética do soneto; o soneto, poema poliglótico; o soneto em Portugal; o soneto brasileiro; variações em torno do soneto), 1961
- Eça de Queirós, a sua psique, 1949
- Siglas do lirismo português : (ensaio), 1945
- Português prático, 1922 a 1941 (6 ed.)
- A mesa com Luís Vaz de Camões : ou O romance da cozinha no Portugal das descobertas, 1998
- A virgem de Fátima, 1932
- Liz e Lena, 1911
- Oração a Portugal, 1929
- História da Literatura, várias edições.
Referências
- ↑ a b Adélio Amaro. «José Marques da Cruz». Vila Santa Isabel. Consultado em 15 de julho de 2019. Cópia arquivada em 15 de julho de 2019
- ↑ a b António Marques da Cruz; Basílio Artur Pereira. «José Marques da Cruz». Poetas de Leiria. Consultado em 13 de julho de 2019. Cópia arquivada em 13 de julho de 2019
- ↑ «Contribuição de Filologos de Alem Mar Para a Formação da Lingua Portuguesa». Correio Paulistano (31044): p. 9 (caderno 3). 15 de junho de 1957. Consultado em 13 de julho de 2019.
Página arquivada na Biblioteca Nacional do Brasil
- ↑ Institucional. «Escolas». Secretaria da Educação do estado de S. Paulo. Consultado em 13 de julho de 2019
Leitura adicional
editar- José Marques da Cruz - o Meu Pai, Sérgio Marques da Cruz; 1988, 229 pág., Editora: Ver Curiosidades