José de Sá Brito
José de Sá Brito (Porto Alegre, 18 de novembro de 1844 — Montenegro, 10 de outubro de 1890) foi um intelectual, dramaturgo, jornalista e escritor brasileiro.
Biografia
editarNascido em Porto Alegre, era filho de José de Sá e Brito (1814-?) e de Maria Henriqueta Duarte (1820-?). Era sobrinho paterno de Francisco de Sá Brito.
Desenvolveu intensa atividade cultural em Porto Alegre. Foi um dos fundadores da Sociedade Polímnia e membro da Sociedade Ensaios Literários e do lendário Partenon Literário, sendo colaborador das revistas dessas agremiações. Foi presidente interino do Partenon. Publicou romances, novelas, poesias, crítica literária e teatral,[1][2] colaborou em vários jornais,[3] mas destacou-se como dramaturgo, muito apreciado em sua época,[4][5] merecendo lembrança os dramas A grupiara (1875), A descrida (1876, sua obra mais conhecida), Acácia e Roma (1976), Amor e ódio (1876), Segredos do coração (1877), a comédia dramática Mateus (1875), e a comédia Olho vivo: companhia de seguros (1874).[1][2] Guilhermino César destacou a sátira File-o (1875) como "realmente graciosa, em que satiriza a ignorância e filáucia das autoridades policiais. O delegado que ele nos apresenta em File-o é uma criação admirável, cheia de vida e espontaneidade", mas depois abandonaria esse caminho, publicando peças de propaganda da maçonaria e combate à Igreja Católica.[2]
Em Montenegro foi secretário interino da Junta de Governo, falecendo em exercício.[6] É um dos patronos da Academia Montenegrina de Letras.[7]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b Baumgarten, Carlos Alexandre. A crítica literária no Rio Grande do Sul: do romantismo ao modernismo. p. 100
- ↑ a b c César, Guilhermino. História da literatura do Rio Grande do Sul, 1737-1902. Globo, 1971, p. 264
- ↑ Flores, Moacyr. O negro na dramaturgia brasileira: 1838-1888. EDIPUCRS, 1995, p. 97
- ↑ Saldanha, Benedito. A mocidade do Parthenon Litterário. Alcance, 2003, p. 52
- ↑ Ferreira, Athos Damasceno. Palco, salão e picadeiro em Porto Alegre no seculo XIX: contribuição para o estudo do processo cultural do Rio Grande do Sul. Globo, 1956, p. 154
- ↑ Kautzmann, Maria Eunice. Montenegro de ontem e de hoje, Volumes 1-2. Rotermund, 1979, p. 187
- ↑ Academia Montenegrina de Letras. Patronos.