Juliana de Hesse-Darmstadt

Juliana de Hesse-Darmstadt (em alemão: Juliane; 14 de abril de 1606 - 15 de janeiro de 1659) foi a esposa de Ulrique II da Frísia Oriental e regente do seu filho Eno Luís entre 1648 e 1651.

Juliana de Hesse-Darmstadt
Condessa da Frísia Oriental
Condessa de Hesse-Darmstadt

Juliana
Consorte Ulrique II da Frísia Oriental
Nascimento 14 de abril de 1606
  Darmstadt, Alemanha
Morte 15 de janeiro de 1659 (52 anos)
  Osterode am Harz, Alemanha
Nome de nascimento Juliane von Hessen-Darmstadt
Pai Luís V de Hesse-Darmstadt
Mãe Madalena de Brandemburgo
Filho(s) Eno Luís da Frísia Oriental
Jorge Cristiano da Frísia Oriental
Edgar Fernando da Frísia Oriental

Família

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Juliana era a quinta filha do conde Luís V de Hesse-Darmstadt e da condessa Madalena de Brandemburgo. Os seus avós paternos eram o conde Jorge I de Hesse-Darmstadt e a condessa Madalena de Lippe. Os seus avós maternos eram o príncipe-eleitor João Jorge de Brandemburgo e a princesa Isabel de Anhalt-Zerbst.

Casamento

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Juliana chegou à Frísia Oriental no dia 5 de março de 1631 e casou-se com Ulrique II da Frísia Oriental no mesmo dia. O casal teve três filhos: Enno Luís, Jorge cristiano e Edzar Fernando. Durante o tumulto da Guerra dos Trinta Anos, Ulrique mandou construir o palácio de lazer de Sandhorst para sua esposa. A obra foi concluída pouco antes de sua morte, em 1648. Durante esse período, a Frísia Oriental atravessou grandes dificuldades nas mãos de ocupantes estrangeiros, tendo sofrido perdas territoriais.

Regência

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Após a morte do marido, Juliana assumiu nominalmente a tutela de seus filhos, ainda menores de idade, e os assuntos do governo. Contudo, acabou por despachar os filhos incomodativos para o estrangeiro a fim de viver tranquilamente, deixando a administração do condado, já bastante atrapalhada, nas mãos dos seus favoritos, que pioraram ainda mais a situação, agravando os problemas com as propriedades da Frísia Oriental.

Entre esses favoritos, os mais notáveis eram o conselheiro secreto Johann von Marenholz e sua esposa, Elisabeth von Ungnad zu Sonneck, que havia sido dama-de-companhia da Juliana. A duquesa supostamente teve um caso amoroso com Marenholz, o que mais tarde viria a ser a causa da desgraça desse homem. Ele foi executado em Wittmund, a 21 de julho de 1651, após um julgamento de fachada. Nesse meio tempo, Juliana havia transferido a corte de Aurich para Sandhorst, a fim de continuar sua vida sem perturbações. Muitos frísios orientais consideravam que, sob o comando de Marenholz e sua esposa, os problemas do condado haviam saído do controle e pediam que o jovem conde Enno Louis, um dos filhos exilados de Juliana, retornasse ao seu condado.

O imperador Fernando III interveio, declarando Eno Luís maior de idade em 1651, e, em maio daquele ano, o novo conde expulsou a sua mãe do governo, exilando-a no Castelo de Berum. Em 1654, a antiga regente foi levada a uma quinta em Osterode am Harz, onde viria a morrer no dia 15 de janeiro de 1659.

Descendência

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Bibliografia

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  • Tielke, Martin (ed.): Biographisches Lexikon für Ostfriesland, Ostfriesisches Landschaftliche Verlag- u. Vertriebsgeschäft, Aurich, vol. 1 ISBN 3-925365-75-3 (1993), vol. 2 ISBN 3-932206-00-2 (1997), vol. 3 ISBN 3-932206-22-3 (2001)
  • Franz Kurowski: Das Volk am Meer – Die dramatische Geschichte der Friesen, Türmer-Verlag 1984, ISBN 3-87829-082-9.
  • Mathilde Raven: Elisabeth von Ungnad - Biographischer Roman aus der Geschichte Oldenburg - Ostfrieslands Lohse-Eissing Verlag, ISBN 3-92060-223-4.