Junta Constitucional de 1915

A Junta Constitucional de 1915, também conhecida como Junta Revolucionária foi um órgão provisório formado após o golpe militar de 14 de Maio de 1915, que destituiu o governo do general Joaquim Pimenta de Castro. Um dos objectivos do golpe era forçar a participação de Portugal na Grande Guerra, o que foi conseguido. Governou apenas três dias, até 17 de Maio, já que cessou funções com a tomada de posse do ministério presidido interinamente por José de Castro (o presidente do Ministério nomeado era João Chagas, que foi impedido de tomar posse após sofrer um atentado), que mais tarde viria a ocupar efetivamente o cargo. Neste curto período, a Junta foi encarregada de supervisionar todos os departamentos governamentais, até à tomada de posse dos respetivos ministros do 10.º governo republicano.

O Major Sá Cardoso proclama a Junta Revolucionária à varanda dos Paços do Concelho de Lisboa.
Governos da Primeira República Portuguesa

A Junta Constitucional era composta por:

Os membros da Junta Constitucional estavam ligados ao agrupamento Jovem Turquia, que coorganizou o movimento de 14 de Maio de 1915.

Membros da Junta Constitucional
José Norton de Matos
José Norton de Matos.
António Maria da Silva
António Maria da Silva.
José de Freitas Ribeiro
José de Freitas Ribeiro.
Alfredo de Sá Cardoso
Alfredo de Sá Cardoso.
Álvaro de Castro
Álvaro de Castro.

Precedido por
Joaquim Pimenta de Castro
Chefe de governo de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
João Chagas
(não empossado)
José de Castro
(de facto; inicialmente interino)
Precedido por
Pedro Gomes Teixeira
Ministro do Interior de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
João Chagas
(não empossado)
José de Castro
(de facto; inicialmente interino)
Precedido por
Guilherme Alves Moreira
Ministro da Justiça de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
Paulo José Falcão
Precedido por
José Jerónimo Rodrigues Monteiro
Ministro das Finanças de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
Tomé de Barros Queirós
Precedido por
Joaquim Pimenta de Castro
Ministro da Guerra de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
Basílio Teles
(não empossado)
José de Castro
(de facto; inicialmente interino)
Precedido por
José Xavier de Brito
Ministro da Marinha de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
Francisco Fernandes Costa
Precedido por
Teófilo da Trindade
Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
Augusto Alves da Veiga
(não empossado)
Francisco Teixeira de Queirós
(de facto)
Precedido por
José Nunes da Ponte
Ministro do Fomento de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
Sebastião Magalhães Lima
(não empossado)
Manuel Monteiro
(de facto)
Precedido por
José Maria Teixeira Guimarães
Ministro das Colónias de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
José Jorge Pereira
Precedido por
Manuel Goulart de Medeiros
Ministro da Instrução Pública de Portugal
(interina)
1915
Sucedido por
José de Castro
(não empossado)
Sebastião Magalhães Lima
(de facto)