Juramento de fidelidade à bandeira

O juramento de fidelidade à bandeira - hoje em dia referido abreviadamente como juramento à bandeira ou juramento de bandeira - constitui um ato cerimonial no qual, perante uma determinada bandeira, se realiza um juramento de lealdade e compromisso para com o soberano, a pátria ou eventualmente outra entidade simbolizada e representada por aquela bandeira.

Estudantes fazem o juramento à bandeira dos Estados Unidos em 1941.

Em quase todos os países, o juramento de fidelidade à bandeira é realizado essencialmente em contexto militar ou paramilitar, constituindo, em regra, o evento solene que marca a incorporação formal de um militar, policial ou bombeiro nas respetivas instituições. Contudo, em diversos países é também realizado em contexto civil, tal como nos âmbitos escolar, governamental e político.

Brasil

editar

O ato de jurar a bandeira nacional faz parte do cerimonial das Forças armadas do Brasil, com a seguinte:[1]

“Incorporando-me (à Marinha do Brasil; ao Exército Brasileiro; ou à Força Aérea Brasileira), prometo cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado, respeitar os superiores hierárquicos, tratar com afeição os irmãos de armas, e com bondade os subordinados, e dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja Honra, Integridade, e Instituições, defenderei com o sacrifício da própria vida.”

-Art.33 do estatuto dos militares das forças armadas do Brasil.[2]

Estados Unidos

editar
 
Saudação à bandeira em escola dos Estados Unidos (1899)

O juramento à bandeira (em inglês Pledge of Allegiance) é um compromisso com a bandeira federal dos Estados Unidos e deve ser dito, em uníssono, em lugares públicos e principalmente nas classes de todas as escolas públicas, onde é considerado um ritual matutino diário.

As sessões Congressionais assim como muitas reuniões de governantes locais abrem com a recitação do juramento de bandeira. A composição foi criada em 1892 por Francis Bellamy e adotada pelo Congresso dos Estados Unidos em 1942.[3]

Portugal

editar

Em Portugal, o ato de jurar o pavilhão nacional está presente somente em cerimónias militares, quando os soldados prestam o compromisso de defender a pátria, simbolizada pela bandeira nacional, e cumprir os deveres militares, mesmo que isso implique o sacrifício da própria vida. Geralmente marca a conclusão com êxito da primeira parte da instrução militar:[4]

Juro, como português e como militar, guardar e fazer guardar a Constituição e as leis da República, servir as Forças Armadas e cumprir os deveres militares. Juro defender a minha Pátria e estar sempre pronto a lutar pela sua liberdade e independência, mesmo com o sacrifício da própria vida

— Artigo 7º do Estatuto dos Militares das Forças Armadas portuguesas

Referências

  1. «Juramento a Bandeira Nacional». www.asaartigosmilitares.com.br. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  2. «Request Rejected». www.eb.mil.br. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  3. «Society & Community. Faith in America: The Legal Dilemma». NOW with Bill Moyers (em inglês). PBS. Junho 29, 2002 
  4. Andrade Nunes, João. «Breves considerações histórico-jurídicas sobre a institucionalização do Juramento de Bandeira nas Forças Armadas». Revista Militar 

Ligações externas

editar