Juriti (opereta)
Juriti (na grafia original, Jurití) é uma opereta em três atos de 1919, com música de Chiquinha Gonzaga e libreto de Viriato Corrêa.[1]
A obra estreou em 16 de julho de 1919 no Teatro São Pedro de Alcântara (hoje, Teatro João Caetano,[2] no Rio de Janeiro), encenada pela Grande Companhia de Operetas e Melodramas e sob direção de Eduardo Vieira. Vicente Celestino e Abigail Maia interpretaram os papeis principais, e o elenco incluía ainda Procópio Ferreira. O regente foi o maestro Luiz Moreira.
Naquele ano, foram mais de 200 apresentações da peça, com um público total superior a 2.800 pessoas.
Recepção crítica
editar- “Agora, para que nós sentíssemos toda a empolgante e arrebatadora necessidade da magnífica peça de Viriato Corrêa, certo muito concorreu a maneira inspirada por que a festejada maestrina Chiquinha Gonzaga a musicou, compondo essa partitura repassada de dengue, da meiguice, dessa sensualidade acariciante, envolvente, ultimamente dominadora que vivem nas melodias genuinamente nossas”. (A Tribuna, 17 de julho de 1919)
- “A música da Srª. Francisca Gonzaga é excelente. A conhecida compositora patrícia compartilhou, com justiça, das glórias obtidas. Os números de música da Juriti são inspirados, graciosos e leves. Eles têm, sobretudo, um delicioso sabor sertanejo”. (Jornal do Commercio, 17 de julho de 1919).
Gravações
editarA cantora Helena de Carvalho gravou para a RCA Victor, em 1930, duas músicas retiradas da opereta: o samba-canção Fogo foguinho e a canção Sou morena.[3]
Em 2010, o álbum Chiquinha em Revista, lançado pelo selo SESC, incluiu regravações das duas músicas: Sou Morena foi interpretada por Vange Milliet, e Fogo Foguinho, por Rita Maria.[4]
Adaptações
editarEm abril de 2012, a opereta "Juriti" foi adaptada e apresentada na cidade de Piracicaba-SP, no Teatro Erotides de Campos, em uma produção da Escola de Música de Piracicaba "Ernest Mahle" (EMPEM) e da Secretaria de Ação Cultural. A mini-temporada contou com 4 dias de apresentações, com aproximadamente 2 horas e meia de duração.
Referências
- ↑ DINIZ, Edinha. CONTRIBUIÇÃO DE CHIQUINHA GONZAGA AO TEATRO MUSICADO: relação de peças (1883-1936)[ligação inativa]. Relação das peças teatrais musicadas integral ou parcialmente pela maestrina, elaborada por Edinha Diniz para a primeira edição do livro Chiquinha Gonzaga, uma história de vida
- ↑ Vicente Celestino Arquivado em 18 de setembro de 2011, no Wayback Machine.. História da Música Popular Brasileira
- ↑ Helena de Carvalho. Dicionário Cravo ALbin da Música Popular Brasileira
- ↑ Álbum traz obras raras de Chiquinha Gonzaga. O Estado de S. Paulo, 3 de fevereiro de 2010
Ligações externas
editar- Juriti. Edição da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, 1962.