Justino, o Gnóstico
Justino, o Gnóstico ou Justino, o Gnóstico de Monoimo[1] (século II) foi provavelmente um judeu cristão que desenvolveu um sistema gnóstico distinto.[2] Foi descrito pelo teólogo Hipólito de Roma em sua obra Refutação de Todas as Heresias (V. 23-17 e X. 15).[3]
Justino, o Gnóstico | |
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Ocupação | teólogo |
Ensinamentos
editarSegundo Hipólito, Justino propagou sua doutrina secretamente vinculando seus discípulos por juramentos solenes. Ele escreveu um número de livros, um deles chamado Baruch, do qual Hipólito providencia um resumo.[3]
Sua gnosis é largamente baseada em uma interpretação mística do Gênesis. Hipólito o classifica juntamente com os Naassenos, porém Justino contraria a visão de que a serpente foi a origem de todo o mal, ele faz uso da Mitologia grega, especialmente a tradição dos Doze trabalhos de Hércules.[3]
Justino ensina que havia três entidades originais, uma transcendente que é chamada de Bem, uma figura intermediária do homem chamada Elohim (o Deus de Israel na Bíblia Hebraica, ou Antigo Testamento) e uma figura terra-mãe chamada Eden ou Israel.[4]
Referências
- ↑ G. R. S. Mead (2012). Gnostic John the Baptizer - (Vollständige Ausgabe). Jazzybee Verlag. p. 21. ISBN 978-3-8496-2177-3.
- ↑ Roelof van den Broek (2013). Gnostic Religion in Antiquity. Cambridge University Press. p. 157 - 158. ISBN 978-1-107-03137-1.
- ↑ a b c Philip, Schaff (2015). The Christian Church from the 1st to the 20th Century. Delmarva Publications, Inc. p. 1058.
- ↑ «Justin» (em inglês). Encyclopædia Britannica. Consultado em 7 de novembro de 2015[ligação inativa]