Língua campa

língua
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Campas[1] ou Achanincas[2][3] (etnônimo brasílico: Ashaninca) é uma língua aruaque falada pelo indígenas campas, que vivem no Peru - ao longo dos rios Apurímac, Ene, Perené e Tambo e seus tributários - e no Brasil - nas Terras Indígenas Campa do Rio Amônia, Campa do Rio Envira, Caxinauá do Rio Humaitá, Caxinauá/Achaninca do rio Breu e Igarapé Primavera, todas no sudoeste do estado do Acre.

Campa
Falado(a) em: Peru e Brasil
Total de falantes: 26 mil (2000), 50 mil (2002)
Família: Aruaques
 Southern
  Campa
   Campa
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: cni

Variantes

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Glottolog distingue cinco variantes dialetais da língua: Perené, Pichis, Apurucayali, Pajonal, Ucayali-Yurúa. Essa tipologia foi proposta por David Payne, que, em sua “Apurucayali Axininca gramar”,[4] concluiu tratar-se de variantes da mesma língua.[4]No entanto, no estado atual das pesquisas não se sabe ainda a real extensão da inteligibilidade mútua dessas variantes entre si e com a língua dos campas.[5][6][7]

Generalidades

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A linguagem também foi chamada tanto Achaninca como campa- sendo que esta última denominação é considerada ofensiva, uma vez que deriva da palavra thampa, que, nas línguas quíchuas significa raivoso ou sujo. Como todas as línguas que têm predominância em qualquer região do Peru, campa é uma língua oficial na área em que é falada, como prevê a Constituição Peruana.

As taxas de alfabetização variam de 10% a 30%, em comparação com 15% a 25% de alfabetização para a segunda língua, Espanhol.

Dialetos

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O grupo Kampa (pré-andino) da família linguística Aruaque (ou Mairipuana) inclui também o que se chama achaninca, Gran Pajonal Campa, Ashéninka, Achaninca, Machiguenga e Nomatsiguenga. Como são todos sistemas linguísticos intimamente relacionados, a decisão de chamá-los dialetos de uma única língua ou de línguas diferentes baseia-se em considerações sociais e políticas e não nas semelhanças ou diferenças linguísticas, como em outros lugares do mundo. As tentativas de unificar as variantes com a adoção de uma única norma escrita não foram bem sucedidos. Heitzman[5] afirma que Pajonal e Ucayali são mutuamente inteligíveis, e Payne[6]:14 diz que os falantes de Axninka se comunicam bem com os falantes do Ashéninka Perené, mas não com falantes de Ashéninka Apurucayali.

Escrita

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A língua usa uma forma própria do alfabeto latino, que contém as vogais A, E, I, O simples e duplas (longas) mas não tem as consoantes B, D, F, G, H (isolada), L, Q (isolada), X, Z. Usam-se as formas consoantes Č/Ch, C/S/K, Qu/K, Sh/X, V/W/Hu

Referências

  1. «Campa». Michaelis 
  2. Dicionário Houaiss: verbete Campa
  3. Academia Brasileira de Letras. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa: "achaninca"
  4. a b Payne, David L. (1981). The Phonology and Morphology of Axininca Campa. Dallas: Summer Institute of Linguistics 
  5. a b Heitzman, Allene. 1973. Reflexes of some proto-Campa consonants in modern Campan languages and dialects. University of Kansas. MA thesis. p. 1
  6. a b Payne, Judith K. (1989). Lecciones para el aprendizaje del idioma ashéninca (em espanhol). Yarinacocha: Ministerio de Educación & Instituto Lingüístico de Verano. p. 14 
  7. Mihas, Elena (2015). A Grammar of Alto Perené (Arawak). Berlin: Mouton 

Referências

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  • Cushimariano Romano, Rubén and Richer C. Sebastián Q. (2009). Diccionario asháninka–castellano (versión preliminar). [1]
  • Kindberg, Lee D. (1980). Diccionario asháninca. Peru: Instituto lingüístico de Verano. Documento de Trabajo 19.

Ligações externas

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