A língua Cofán (também Kofan ou Kofane; endônimo A'ingae) é a língua do povo Cofán, uma etnia indígena das províncias de Sucumbíos e Napo, nordeste do Equador, e do departamento do Putumayo suloeste da Colômbia, entre o Rio Guamés, afluente do rio Putumayo (chamado en Brasil rio Içá), e o rio Aguarico, afluente do rio Napo.

Cofán

A'ingae

Falado(a) em: Equador, Colômbia
Região: Oriente (Equador) ou Bacia Amazônica no Equador
Total de falantes: 1.000 a 1.600
Família: Não classificada
 Cofán
Estatuto oficial
Língua oficial de: Equador e Colômbia: Línguas indígenas – nos seus territórios
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: mis
ISO 639-3: con

Classificação

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Embora não haja uma classificação bem definida para língua, alguns estudiosos a classificam como uma das Línguas chibchanas, em função de muitas palavras comuns. No entanto, a evidência da influência lexical de chibcha no cofán não demonstra qualquer relação genética entre as duas línguas, e Cofán deveria considerar-se como una língua não-classificada.[1] Jolkesky aponta que existem semelhanças lexicais entre as línguas cofán, paez, andaquí e tingida.[2]

Falantes

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Cerca de 60% dos falantes de Cofán são analfabetos em sua língua, sendo que muitos são bilingues com o espanhol em ambos lados da fronteira. Os casamentos cruzados como os povos Siona e Secoya também promove o bilingualismo.

Escrita

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A lingua tem sua escrita no Alfabeto latino, apresentado tem dez vogais (5 nasais e 5 não nasais) e 28 consoantes (aí incluídos também grupos de consoantes). Não existem nessa versão as letras Latinas h, k, l, r, w, x.

Amostra de texto

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Pûi a'i tsû va andenga ji'fa fae'ngae upatshe kanse'faye. Tsa'kamba tsû injenge pûiyi'khu asi'thaemba injengepa ñu'tshe faengasûma da'ñumbe kanse'faye.

Português

Todos seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São providos de razão e consciência e devem agir uns em relação aos outros num espírito de fraternidade. (Artigo 1 – Declaração Universal dos Direitos Humanos)

Comparação lexical

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Alguns paralelos lexicais entre o Cofán e o Páez (Jolkesky 2016):[2]

Português Cofán Páez
agulha nohaʔkʰo nʲuhnʣ
caminho ʣi ‘caminhar’ ndʲiʔh
carne na nʲa
casa etʰi jet
escuro sĩʦʰe ʧʰiʔndʲ
mama ʧo ʧuʔʧ
morcego kiʦa kʰĩʦe
não meʔi mee
noite kose kus
olho ʦoʔɸe jaɸʲ
osso ʣɨʔtʰa ndʲiʔtʰ
pai jaja eje
prato apiʃoʔtʰo biʧ
qual? maha maa
quantos? maɲi manʣ

Referências

  1. Klein, Harriet E. Manelis; Louisa R. Stark (20 de julho de 2011). South American Indian Languages: Retrospect and Prospect (em inglês). [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-292-73732-7 
  2. a b Jolkesky, Marcelo Pinho de Valhery. 2016. Estudo arqueo-ecolinguístico das terras tropicais sul-americanas. Doutorado em Linguística. Universidade de Brasília.

Ligações externas

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