Língua siquimesa
A língua Siquimesa, língua Suquimesa Tibetana, ou Língua Bhutia, também chamada Dranjongke (འབྲས་ལྗོངས་སྐད་ - jongs-skad}}), Dranjoke, Denjongka, Denzongpe Ke, Denzong Ke; é uma língua da família Sul Tibetana. É falada pela nacionalidade tibetana Bhutia no Siquim. Os siquimeses chama sua própria língua de Dranjongke (འབྲས་ལྗོངས་སྐད་'bras-ljongs-skad) e seu país de Denzong (འབྲས་ལྗོངས་'bras-ljongs}}; Vale do arroz). O Siquimês é escrito com a escrita tibetana.
Siquimês Dranjongke | ||
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Falado(a) em: | Siquim, Butão | |
Total de falantes: | 28.600 (1996). | |
Família: | Sino-tibetana Tibeto-birmanesa Tibeto-Kanauri Bodo Tibetana Tibetana Central Southern Siquimês | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
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ISO 639-2: | --- | |
ISO 639-3: | sip
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Geografia
editarOs falantes do siquimês são em geral agricultores e pastores de religião budista. Vivem majoritariamente em Sikkim, Darjeeling, Bengala Ocidental e talvez haja alguns no Tibete.
Outros nomes
editarA língua é conhecida também como Dandzongka, Danjongka, Danyouka, Denjong, Denjongkha, Denjongpa, Denjonka, Denjonke, Lachengpa, Lachungpa, Sikami, Sikkim Bhotia, Sikkim Bhutia.
Características
editarOs falantes de Siquimês podem entender razoavelmente o a língua dzongkha, havendo simetria de 65% entre os léxicos das duas línguas, enquanto que a similaridade com a língua tibetana é de somente 42%. O língua tem sofrido influências de línguas vizinhas tais como Yolmo e Tamang.[1]
Devido à longa convivência com nepaleses e com tibetanos, muitos dos siquimeses usam as línguas dessa etnias.
Escrita
editarA língua siquimesa usa o alfabeto tibetano, herdado do tibetano clássico, do qual, porém a fonologia e o léxico suimeses diferem muito. Conforme SIL International, a escrita siquimesa é chamada de "Estilo Bodhi" e 68% dos siquimeses étnicos eram alfabetizados em tibetano em 2001.
Fonologia
editarConsoantes
editarTabela das consoantes siquimesas, conforme os especialistas Yliniemi (2005) e van Driem (1992).[2]
Labial | Dental/ Alveolar |
Retroflex | Alveolo-palatal/ Palatal |
Velar | Glotal | ||
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Nasal oclusiva | surda | n̥ ན /n/ | ŋ̥ ང /ng/ | ||||
sonora | m མ /m/ | n ན /n/ | n~ŋ ཉ /ny/ | ŋ ང /ng/ | |||
Plosiva | surda unaspirated |
p པ /p/ | t ཏ /t/ | ʈ ཏྲ /tr/ | k ཀ /k/ | ʔ འ /ʔ/ | |
surda aspirada |
pʰ ཕ /ph/ | tʰ ཐ /th/ | ʈʰ ཐྲ /thr/ | kʰ ཁ /kh/ | |||
sonora | b བ /b/ | d ད /d/ | ɖ དྲ /dr/ | ɡ ག /g/ | |||
surda | p̀ʱ བ /p'/ | t̀ʱ ད /t'/ | ʈ̀ʱ དྲ /tr'/ | k̀ʱ ག /k'/ | |||
Africada | surda unaspirated |
ts ཙ /ts/ | tɕ ཅ /c/ | ||||
surda aspirada |
tsʰ ཚ /tsh/ | tɕʰ ཆ /ch/ | |||||
sonora | dz ཛ /dz/ | dʑ ཇ /j/ | |||||
não sonora | tɕ̀ʱ ཇ /c'/ | ||||||
Fricativa | surda | s ས /s/ | ɕ ཤ /sh/ | h ཧ /h/ | |||
sonora | z ཟ /z/ | ʑ ཞ /zh/ | |||||
Líquida | surda | l̥ ལ /l/ | r̥ ར /r/ | ||||
sonora | l ལ /l/ | r~ɹ~ɾ ར /r/ | |||||
Aproximante | w ཝ /w/ | j ཡ /y/ | w ཝ /w/ |
Consoantes não sonoras são pronunciadas com voz ligeiramente gutural, aspirada e baixa tonicidade. São remanecentes de consoantes sonoras da língua tibetana clássica que perderam sua força fonética. Assim, o histórico fonema tibetano /ny/ é percebido como um alofone de /n/ e /ng/, os quais praticamente perderam seu contraste entre os falantes.
Vogais
editarTabela fonética das vogais “Sikkims”, conforme Yliniemi (2005).
Anterior | Central | Posterior | ||
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não-arredondada | arredondada | não arredondada | arredondada | |
Close | i ི /i/ | y ུ /u/ | u ུ /u/ | |
Mid | e ེ /e/ | ø ོ /o/ | o ོ /o/ | |
Open | ɛ ེ /e/ | ɐ /a/ |
No alfabeto tibetano, um abugida, a vogal inerente é /a/, não marcada.d. Na tabela acima, o [ɛ] /e/ representado em itálico é um alofone de [e] /e/, que só aparece depois de [dʑ] /j/ em sílabas fechadas.
Notas
editar- ↑ conf. SIL [http://himalaya.socanth.cam.ac.uk/collections/journals/bot/pdf/bot_1995_01_25.pdf - Norboo “The Sikkimese Bhutia” - Bulletin of Tibetology - Namgyal Institute of Tibetology (Gangtok - 1995
- ↑ Masters, General Linguistics "Preliminary Phonological Analysis of Denjongka of Sikkim" Yliniemi, Juha (2005) (University of Helsinki)
Bibliografia
editar- “The grammar of Dzongkha” - George van Driem - Dzongkha Development Commission, Butão, 1992